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ORIGENS DA VIDA

Uma carta para Alfred Wallace. 4

Alfred Russel Wallace – Vida E Sua Primeira Teoria da Evolução. 8

Entre Wallace e Darwin – A Evolução. 18

‘Wallace E A Amazônia’. 21

O Arquipélago Malaio. 23

Darwin e o arquipélago de Galápagos. 26

Wallace e as variedades de Mariposas– e a prova cientifica da

seleção natural. 32

Darwin e a classificação das cracas. 34

Wallace e o seu Ensaio sobre a tendência das variedades de se

afastarem indefinidamente do tipo original. 37

Mais mistérios inexplicados – as cartas de Wallace e Darwin. 37

Alfred Russel Wallace e suas bases cientificas para a teoria da

evolução. Biografia. 41

 

Homenagem: ALFRED RUSSEL WALLACE. 50

 

Reunião da Sociedade Lineana em 1858, para apresentação dos trabalhos sobre evolução natural desenvolvidos por Wallace e Darwin. 52

Separando o que Hooker e Lyell juntaram entre as teorias da

evolução e da seleção natural de Wallace e as de Darwin. 

Divergência Evolutiva -  Síntese moderna – Deriva Genética - Evo Devo  -  Epigenética  -

Evolução paralela =  Seleção natural de Wallace. 63

Epigenética – e a seleção natural de Wallace. 67

‘A seleção natural é uma lei Universal’. 69

Origem Da Evolução Biométrica. 74

Evolução  – Biométrica – Humana. 76

Mito Da Imagem Famosa Da Evolução Humana, Baseada

No Gradualismo Darwiniano. 83

ERRO DO GRADUALISMO DARWINIANO. 85

BASES BIOMÉTRICAS. 90

Biométrica Sexual. 109

  

Seleção Biométrica Espaço-Terra. 111

Processos físicos interferem na Biométrica da Terra. 116

DNA – BIOMÉTRICO. 116

‘Cada’ organismo é um bioma, são biomas dentro de Biomas... 122

Epigenética – Biométrica. 129

Não paramos de evoluir – Biométrica alimentícia. 143

Biométrica Espacial. 145

 

ESTUDO BRASILEIRO PODE MUDAR TUDO O QUE SABEMOS SOBRE A EVOLUÇÃO HUMANA. LIDERADO PELO O GRANDE PROFESSOR WALTER NEVES.. 164.

Dinossauros e mamíferos da Biométrica - Mamíferos eram

notívagos até extinção dos dinossauros, diz estudo.

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma carta para Alfred Wallace

 

 

 

 

Cariríssimo Alfred Wallace, 

 

 

foi com grande jubilo, que recebi sua

carta sobre sua teoria da evolução e seleção natural, em meu peito nasceu um Sol, ao tormar conhecimento que  iniciares aqui vossas teorias, em nossos majestosos rios Negro e Solimões, em nossa emblemática Floresta Amazônica.

 

Sua carta demorou a chegar a minhas

mãos cento e sessenta e um anos, mas como dizem ‘mais antes tarde do que nunca’, porem, às vezes é preciso

entender que, algumas coisas tem seu próprio tempo, e não tem jeito que der jeito.

Suas cartas saíram da Amazônia, para a

Inglaterra, da Inglaterra para o Arquipélago Malaio (Indonésia), retornando para sua amada Inglaterra, e agora voltam para a sua e minha, amada Amazônia. 

Apesar de não merece-las, esse homem

simples, um homem do povo, lutará com afinco e destreza para justificar tamanho mérito,

responsabilidade. Poderíamos chamar isso de ‘ironia do

destino’, porém, chamo de ‘glória do destino’, seu valioso trabalho cientifico saiu da Amazônia e voltou para as mãos de um Amazono, que quando garoto brincou e

pescou nos fabulosos rios em que criastes tuas teorias, que tu amastes, mas também que te deram grandes

dores, como a morte por febre amarela do teu estimado irmão em Belém, depois partistes da Cidade dos deuses (Manaus) para a Inglaterra.

 

Sem me delongar, pois és um homem

extremamente ocupado em desvendar os segredos ocultos pela a natureza. 

Li suas cartas em estado de êxtase, pela

tamanha clareza de pensamento, és um exímio

observador, daquele que sabe que, no óbvio pode está o maior dos erros, a maior das descobertas. Então, em

minha ínfima sabedoria, desenvolvi meu trabalho, que

havia iniciado em meu livro Ciensofia, dedicado mais as

questões da ciência física, mas que já havia aplicado o termo Biométrica nele, a base da minha evolução e seleção biométrica, já se encontra nesse livro, sua proposta básica é unificar a ciência biológica com a ciência física.

Suas expedições pelos os rios amazônicos,

e pelo o arquipélago Malaio, são inspiradoras, quanta

coragem, quanta paixão pelo o conhecimento, não tenho duvidas, teu nome está marcado para sempre na historia da ciência. 

Em minha carta parto da sua dinâmica

historia de vida, analiso suas ideias, e pesquisas em

relação a Charles Darwin, este que representa para vossa senhoria um grande símbolo da ciência, um mestre.  Comparo sua visão da evolução e seleção natural em relação à evolução e seleção natural

proposta por teu estimado Darwin, e como elas influenciam os mais variados ramos da ciência biológica moderna.

Se em minhas observações, concordares

pelo menos em cinco por cento delas, isso será para mim, algo de valor inestimável, pois cada pequeno avanço na

ciência, representa um marco para a humanidade. 

 

 

 

Aguardo com ânsia do tamanho dos rios amazônicos tua resposta.  

 

 

Edson Exs,  Manaus, Amazônia,

 

 

20032021

  

Dedicado a Alfred Russel Wallace

 

 

 

 

Alfred Russel Wallace – Vida E Sua Primeira              Teoria da Evolução.

 

 

 

 

 

O naturalista inglês Alfred Russel Wallace

nasceu em 8/1/1823 em Usk, Monmouthshire. Até morrer em Broadstone, em 7/11/1913, escreveu prolificamente sobre biologia, socialismo e vários outros assuntos. Ele foi o oitavo dos nove filhos de Thomas Wallace e Mary Greenell, um casal de posses modestas que, não obstante, durante a sua infância, editou uma revista literária e manteve uma das livrarias da cidade, atividades que se mostraram favoráveis à formação do menino. Entrementes, esse período foi marcado pelas limitações que as dificuldades financeiras de sua família trouxeram e pela morte, pois quatro das cinco irmãs mais velhas do infante Alfred faleceram antes de alcançar a idade adulta. Como sua saúde também não era exemplar, em torno dele houve uma perene atmosfera de medo; mas o pior não adveio e, embora a considerasse  tediosa, recebeu as primeiras letras na escola de gramática de Hertford. Sua tendência para o estudo e a presença de livros tanto na escola quanto em casa acabaram por fazer da leitura a atividade preferida do futuro cientista (cf. Smith, 2003a, p. 1; Tort, 1996, p. 4565).

 

Por volta de 1835, a família do adolescente

Alfred Wallace entrou numa crise econômica aguda e, no fim de

1836, aos treze anos, ele teve de deixar a escola e seguir rumo a Londres para trabalhar com o irmão John Wallace. No início de

1837, o jovem trabalhador conheceu alguns simpatizantes de Robert Owen, chegando a ouvir o próprio líder trabalhista discursar; desde então, tornou-se socialista, não-conformista e descrente das formas religiosas predominantes na Inglaterra. Em meados de 1837, partiu para Bedforshire, para aprender topografia com seu irmão William Wallace, que adquirira uma empresa do ramo; nos anos subsequentes, dentre outras ciências, procurou aprender geometria, cartografia, botânica, geologia e astronomia. Por volta de 1841, associou-se aos institutos de mecânica de Hereford e de Neath, passando a fazer conferências sobre tecnologia e história natural (cf. Smith, 2003a, p. 2; Smith, 2003b, p. 1).

 

Em 1842, Wallace teve contato com o tema que

haveria de empolgá-lo pelo restode sua vida, ao ler o Tratado sobre a geografia e a classificação dos animais, de William Swainson. Esta obra, publicada em 1835, didaticamente expunha as diversas doutrinas sobre os centros de criação, da crença bíblica de que Deus criou as espécies tal como agora existem no jardim do Éden até os múltiplos centros de criação do criacionismo modificado do século dezenove; contudo, para esse teólogo natural, os mecanismos da dispersão posterior à criação, qualquer que fosse

o seu modo correto, estariam fora das possibilidades do conhecimento humano, permanecendo assim um invencível mistério divino (cf. Tort, 1996, p. 4566). Alguns anos se passariam, até que a importância dessa primeira introdução a zoogeografia e sistemática se mostrasse por completo.

 

Nesse ínterim, no fim de 1843, a firma de William entrou em crise e, no início de1844, Wallace empregouse no Collegiate School de Leicester como mestre-escola de desenho, topografia, inglês e aritmética; a boa biblioteca do colégio forneceu ao novo professor do primário acesso a várias obras importantes de história natural. No final desse ano e nessa cidade, conheceu o jovem naturalista Henry Bates que, apesar de moço, era um entomologista com alguma experiência – a coleção de insetos e as atividades de coleta do novo amigo logo capturaram o interesse de Wallace (cf. Smith, 2003a, p. 2).

 

Trabalhar e viver em Leicester, ainda que por

pouco tempo, foi para Wallace de grande valia, pois nesse período pôde ler os relatos de viagem de Humboldt e Darwin; ademais, no plano teórico, a leitura dos Princípios de geologia mostrou-se decisiva para ele (cf. Tort, 1996, p. 4566) por duas razões: a) nessa obra, Charles Lyell desenvolveu uma teoria uniformitarista em geologia, sustentando que a superfície da Terra teria sempre se alterado fundamentalmente de forma gradual, tendo por agentes as forças naturais conhecidas, tais como a chuva, a neve, a erosão, a deposição, a sedimentação, o vento etc. 

 

Essa tese contrastava com a da escola

criacionista ortodoxa, então dominante, para a qual a face do mundo seria o resultado de catástrofes periódicas, revoluções geológicas similares ao dilúvio bíblico; b) em biologia, para refutar o transformismo de Lamarck, Lyell expôs criteriosamente a filosofia zoológica do escritor francês; em seu lugar, o problema da extinção das espécies foi respondido com a tese do retorno das variedades à forma original para recompor a população extinta. Wallace adotou sem restrições o gradualismo naturalista, transpondo-o para o seu pensamento biológico; não obstante, com o tempo, a resposta de Lyell

para o repovoamento da Terra veio a lhe parecer sumamente insatisfatória (cf. Horta, 2003, p. 241, n. 2).

 

Na páscoa de 1845, William Wallace morreu

inesperadamente, e Wallace retornou para Neath, no sul do País de Gales, para conduzir o negócio deixado pelo irmão (cf.Ferreira, 1990, p. 19); logo em seguida, irritado com os encargos das tarefas puramente administrativas, voltou a atuar como intelectual, tornando-se curador do Museu do Instituto de Filosofia e Literatura de Neath (cf. Smith, 2003a, p. 2). Sua formação teórica continuava em curso e, na carta para Bates de 9/11/1845, Wallace escreveu sobre outra influência marcante que recebeu: no outono desse ano, leu um livro publicado anonimamente em 1844 (apenas na última edição, a de 1884, é que Robert Chambers se apresentou como o autor), os Vestígios da criação (cf. Ferreira, 1990, p. 19; Tort, 1996,p. 4567)Sua posição central, que marcou profundamente o pensamento de Wallace, é a que segue:

 

a idéia que concebo do progresso da vida

orgânica sobre o globo ... é que o tipo mais simples e mais primitivo (sob uma lei à qual está subordinada a produção do semelhante) deu origem ao tipo seguinte acima dele e este produziu o próximo tipo mais elevado – assim sucessivamente, até o mais alto de todos; como os graus de avanço, em todos os casos, sempre foram pequenos (a saber, apenas de uma espécie a outra), o fenômeno sempre possuiu um caráter

simples e modesto (apud Papavero & Bousquets, 1994, p. 20).

 

 

Possivelmente por não ter sido educado na

biologia e teologia ortodoxas, Wallacemostrou-se aberto à tese advogada por Chambers, sobre a continuidade natural e progressivana história dos seres vivos. Entusiasmado, na carta para Bates de 28/12/45,Wallace escreveu que os Vestígios da criação sustentavam uma ―hipótese engenhosa fortementeapoiada sobre fatos e analogias impressionantes, mas que resta provar‖ e queo papel do naturalista era descobrir o que ―cada fato que se observa pode indicar seja afavor ou contra esta hipótese‖ (apud Tort, 1996, p. 4567). Nessa época, Wallace entendeu que o futuro imediato da ciência biológica de ponta consistia em evidenciar a evolução contínua, gradual e progressiva dos seres vivos, além de demonstrar como o seu mecanismo ou causa eficiente opera, originando as espécies de forma estritamente natural (cf. Horta, 2003, p. 219; Horta, 1998).

 

A inquietude existencial de Wallace manifesta

em sua insatisfação profissional, sugere que sua vocação para a história natural o

pressionava e, em 1847, quando da oportuna leitura de Uma viagem Amazonas acima, do americano Witt Edwards, uma forma alternativa de ganhar a vida se lhe apresentou: ele resolveu tornarse um profissional em história natural (cf. Ferreira, 1990, p. 23). 

 

Em 1848, Wallace convenceu Bates a

acompanhá-lo à bacia amazônica com um triplo intento: 1) remeter espécies zoológicas para museus e amadores ricos; 2) estudar a relação entre as espécies mais ou menos isoladas e os afluentes do Amazonas; 3) verificar se a transmutação resulta da modificação de uma espécie preexistente, por meio do processo natural de geração (cf.Tort, 1996, p. 4567). Nas palavras de Bates:

 

 

 

o plano consistia em fazermos uma coleção de

objetos, i.e., insetos, pássaros, peixes etc., vender as duplicatas em Londres para pagar as despesas, e assim obter dados com o objetivo, como o Sr. Wallace se expressou em uma das suas cartas, de resolver o problema da origem das espécies, um assunto sobre o qual tínhamos conversado muito e discutido na nossa correspondência (apud Ferreira, 1990, p. 22).

 

 

 

Em 24/04/1848, Wallace (com vintee cinco

anos) e Bates (com vinte e três) partiram para Belém rumo ao rio Amazonas e, em 28/05/1848, desembarcaram no Pará; no plano teórico, ambos estavam interessados, principalmente, na distribuição das borboletas e aves em função da presença ou da ausência de barreiras naturais, a chave que então dispunham para o problema da origem das espécies. Essa hipótese talvez seja devida à leitura de Buffon, para quem possivelmente: todos esses animais do novo mundo seriam, no fundo, os mesmos do antigo, dos quais outrora obtiveram sua origem: poder-se-ia dizer que, sendo em algum momento separados por mares imensos ou por terras impraticáveis, com o tempo eles receberam todas as impressões e sofreram todos os efeitos de um clima rigoroso (novo, mesmo), e que também mudaram de qualidade pelas mesmas causas que produziram a separação; que, em consequência, eles diminuíram com o tempo, se desnaturalizaram etc. (apud Papavero & Bousquets, 1994, p. 6).

 

 

Wallace e Bates trabalharam juntos até fins de 1848, quando fizeram uma expedição pelo Tocantins; então,

Wallace seguiu para o Rio Negro e Bates para o Solimões(em 1850, reencontraram-se brevemente). Bates permaneceu na região por onze anos, só retornando à Inglaterra em 1859 (cf. Ferreira, 1990, p. 25); em 1861, publicou um artigo sobre o mimetismo nas borboletas amazônicas que Darwin recebeu com entusiasmo, pois nele há praticamente a observação da formação natural de uma nova espécie de borboleta, através da união de um tipo de semelhança mimética (cf. Tort, 1996,p. 4567), a partir de então chamada ―batesiana‖, com a seleção natural. Por sua vez, Wallace subiu o Rio Negro para além do que qualquer outro europeu jamais houvera ido, desenhando um mapa da região suficientemente acurado para tornar-se padrão por muitos anos. Imbuído do uniformitarismo de Lyell e do evolucionismo de Chambers, ele buscava fatos que fornecessem não apenas uma gradual descendência.

 

A primeira teoria evolucionista de Wallace

natural, mas um princípio de divergência que permitisse apresentar a sistemática como uma árvore ramificada, como postulara Hugh Strickland (cf. Tort, 1996, p. 4153), para quem:

 

 

O sistema natural pode ser, talvez, melhor

comparado com uma árvore irregularmente ramificada, ou com um conjunto de árvores e arbustos separados, de vários tamanhos e modos de crescimento (apud Papavero & Bousquets, 1994, p.

22-3).

 

 

Apesar de ser a sua melhor hipótese, a

ramificação por separação geográfica da população das espécies devida a eventos geológicos daria tanto? No início de 1852, quatro anos após chegar à Amazônia, Wallace estava doente e sem condições de continuar; decidiu então retornar à Inglaterra, começando uma longa viagem de volta pelo Rio Negro e Amazonas até Belém. Quando finalmente alcançou essa cidade, em 2/7/1852, soube que seu irmão mais jovem, Herbert (que esteve trabalhando na região desde 1849), morrera de febre amarela tentando embarcar do Pará para a Inglaterra, em 1851(cf. Smith, 2003a, p. 3). Abalado emocionalmente e teoricamente insatisfeito, Wallace juntou suas coleções pessoais, os volumes de seu diário e partiu; surpreendentemente, em 6/8/1852, o barco em que velejava pegou fogo e afundou, levando tudo (com exceção de parte do diário e alguns desenhos de peixes do Rio Negro) – por dez dias Wallace e outros náufragos sobreviveram em botes precários, sendo salvos por um cargueiro que passava rumo à

Inglaterra, onde chegou em 1/10/1852 (cf. Smith, 2003a, p. 3; Ferreira, 1990, p. 33).

 

 

 

Em 1853, Wallace publicou Uma narrativa de

viagens no Amazonas e no Rio Negro, no qual sustentou que a dispersão das espécies e das variedades nas margens desse braço do Amazonas se relaciona a sua condição de obstáculo geográfico. Embora positiva, o livro teve uma repercussão muito pequena, e a velha dificuldade financeira voltou a se apresentar: com vinte e nove anos, Wallace era razoavelmente conhecido como naturalista viajante, mas precisava voltar ao trabalho. Provavelmente, a escolha de viajar para o Arquipélago Malaio ligava-se à sua convicção de que a hipótese da separação geográfica da população das espécies devida a eventos geológicos podia explicar satisfatoriamente a origem das espécies; assim, ele procurou um lugar em que a descontinuidade espacial é a regra.

 

 

Em meados do século XIX, a região do Arquipélago Malaio era pouco explorada e perigosa – entre 1821 e 1851, ao menos doze zoólogos ali morreram. Todavia, como evolucionista, Wallace deve tê-la avaliado como cientificamente estratégica, em razãoda presença de tribos ―não-civilizadas‖ e orangotangos (cf. Tort, 1996, p. 4567). 

 

Apesar de considerá-las uma chave para a

evolução, ao retornar da Amazônia para a Inglaterra, Wallace manifestava uma posição incomum para o século XIX, e não chamava as tribos selvagens de ―primitivas‖ e nem as considerava moral ou intelectualmente ―inferiores‖ aos europeus (cf. Smith, 2003b, p. 2). Quanto aos grandes macacos, desde Lamarck, a postulação da origem símia dos seres humanos era patrimônio do pensamento heterodoxo, e Wallace ―ficou fascinado com a possibilidade de estudá-los no seu habitat. Para ele, era perfeitamente aceitável que tivéssemos um ancestral comum com os orangotangos‖ (Ferreira, 1990, p. 47). Graças à sua pequena fama, a Royal Geographical  Society pagou sua passagem de ida, e ele alcançou Singapura em 20/04/1854, permanecendo na Oceania de 1854 a 1862. Visitou Bornéu, Java, Sumatra, Timor, Molucas, Nova Guiné, Málaca, Aru e dezenas de pequenas ilhas; fez por volta de setenta expedições, cobriu 14000 milhas e coletou 125660 espécies, sendo mais de mil anteriormente desconhecidas (cf. Smith, 2003a, p. 4; Tort, 1996, p. 4567).

 

 

Em fevereiro de 1855, em Sarawak, irritado

com um artigo publicado em 1854 por Edward Forbes, no qual este afirmou que os fósseis mostram que o número de gêneros extintos atinge dois máximos, um nas eras geológicas mais antigas e outro nas recentes, com um mínimo nas eras intermediárias, Wallace redigiu um manuscrito  intitulado Sobre a lei que regula a introdução de novas espécies, publicado em Londres em setembro de 1855 (Wallace, 2003a), traduzido e publicado a seguir. A interpretação.

 

A primeira teoria evolucionista de Wallace não-

progressiva dos registros fósseis de Forbes estava em franca oposição à de Wallace, que teve de agir; em 08/01/1858, escreveu para Bates: Foi a publicação da teoria de Forbes que me decidiu a escrever e publicar [o artigo], pois fiquei aborrecido de ver um tal absurdo formulado quando uma hipótese tão simples explica todos os fatos (apud Ferreira, 1990, p. 37). 

 

Maduro intelectualmente e disposto ao

confronto teórico, nesse artigo de 1855, Wallace refina a teoria da descendência de Chambers e apresenta-se francamente como evolucionista. Fornece também uma causa natural para a divergência, ou origem das espécies, sustentando que o mecanismo geológico de separação geográfica das populações de uma espécie que descreve, talvez inspirado em Buffon, abrange todos os fatos da biogeografia e permite apresentar o sistema natural estruturado na forma de uma árvore ramificada. Essa disposição marcou o fim da sistemática tal como Lineu a entendeu, pois seu criacionismo o fez conceber e classificar as espécies de modo descontínuo, pressupondo a inexistência de relações parentais reais nas categorias taxonômicas superiores; por conseguinte, Wallace (e também Darwin) substituiu o lineano centro de origem único das espécies pela ancestralidade comum entre elas. Não havia mais espaço para uma concepção tal como Lineu delineou em seu Sistema natural:

 

 

...os continentes, nas primeiras idades do

mundo, jaziam imersos embaixo do mar, exceto uma só ilha em meio ao imenso oceano, na qual todos os animais viviam comodamente e todos os vegetais foram produzidos na maior exuberância … devemos conceber o Paraíso situado sobre o equador (apud Espinosa & Bousquets, 1993, p. 29).

 

 

 

De autor que fortemente o influenciou, Lyell

tornou-se o principal adversário teórico de Wallace, quanto à sua pretensão de ter solucionado o problema das condições para o surgimento de uma nova espécie, tema que o veterano geólogo atacou em seus Princípios de geologia. Nessa obra, para criticar Lamarck, Lyell adotou a ideia de A. de Candolle, de que as espécies vegetais ou animais ocupam uma ―estação‖, ou seja, que cada uma delas está adaptada a um conjunto limitado de circunstâncias ambientais; ora, se uma mudança lenta ou seu arremate geológico drástico mudar as condições físicas do habitat, deve haver extinção de espécies. 

 

 

Contudo, firmemente em oposição ao

transformismo, Lyell sustentou que, tão logo surgissem, os espaços vazios deixados pela extinção seriam rapidamente ocupados pelas formas vivas já existentes e, consequentemente, não haveria tempo para a lenta transformação proposta por Lamarck (cf. Papavero & Bousquets, 1994, p. 3). Wallace, por sua vez, no artigo de 1855, observa que barreiras geológicas separam periodicamente a população de uma espécie e que os novos grupos assim formados passam a ter uma história distinta que, com o tempo, conduzi- los-ia à divergência de forma. Cada uma dessas populações apartadas não tem que ocupar uma região tornada vazia por extinções, no fim de um período de modificações geológicas, mas nela se desenvolve, moldando-se paulatinamente para sobreviver às lentas e graduais alterações de seu ambiente físico.

 

 

A nova solução impressionou Lyell que, apesar

de criacionista, percebeu um novo delineamento para o transformismo; para saber sua opinião, escreveu a Darwin. 

 

  

 

 

 

Entre Wallace e Darwin – A Evolução

 

 

 

Em 1858, Wallace sintetiza a teoria da seleção

natural, mas ao invés de publicar a descoberta, remete-a para Darwin que, pouco tempo depois, publica A Origem das Espécies. Este artigo visa discutir quais seriam as contribuições de Wallace para as teorias evolutivas.

O autor da carta era Alfred Russel Wallace

(1823-1913), um jovem naturalista galês de 35 anos que, da ilha

Ternate (atualmente Pulau Ternate, província das Molucas do Norte, Indonésia) enviou para Darwin um manuscrito intitulado Sobre a tendência de as variedades se afastarem indefinidamente do tipo original. Durante um ataque de malária, no delírio da febre, Wallace sonhara com a seleção natural. Ao invés de publicar a descoberta, mandou-a para Darwin.

Em carta escrita por Darwin a seu amigo, o

geólogo britânico Charles Lyell (1797-1875), confessava que o conteúdo de tal manuscrito deixou-o atônito:

A Charles Lyell, 18 [de junho de 1858]

 

Meu estimado Lyell

 

Cerca de um ano atrás, recomendaste-me a

leitura de um artigo de Wallace nos Annals [and Magazine of Natural History]; onde, em 1855, no vol. 16 da segunda série, Wallace havia publicado o trabalho "On the law which has regulated the introduction of new species", em que postula o monofiletismo de todas as espécies vivas, provindas de um único ancestral comum, que lhe havia interessado &, como eu estava escrevendo para ele [Wallace] e sabia que isso lhe daria muito prazer, contei-lhe esse fato. Hoje ele enviou-me o texto anexo & pediu-me que o encaminhasse para o senhor. Parece-me muito digno de ser lido. Suas palavras, quando o senhor disse que alguém se anteciparia a mim, confirmaram-se num grau incomum. Disse isso quando lhe expliquei aqui, muito sucintamente, minhas ideias sobre o fato de a "Seleção Natural" depender da luta pela vida. – Nunca vi coincidência mais impressionante. Se Wallace dispusesse do esboço do manuscrito que escrevi em 1842, não poderia ter feito dele um resumo melhor! Até seus termos figuram agora como títulos de meus capítulos.

Peço-lhe que devolva o MS, pois Wallace não

diz que deseja que eu o publique, mas é claro que escreverei de imediato e oferecer-me-ei a enviá-lo a qualquer periódico. Portanto, toda a minha originalidade, importe ela no que importar, estará arruinada, muito embora meu livro, se vier algum dia a ter algum valor, não venha a se deteriorar, uma vez que o trabalho inteiro consiste na aplicação da teoria.

Espero que o senhor aprove o esboço de Wallace, para que eu possa comunicar-lhe o que disse.

 

Meu estimado Lyell,| Do sinceramente seu,| C. Darwin (Darwin, 2000, p.274)

 

A carta e o manuscrito Sobre a tendência das

variedades de se afastarem indefinidamente do tipo original, remetidos por Wallace, desencadearam uma série de acontecimentos que hoje nos permitem questionar a primazia de Charles Darwin. Pretendemos, neste artigo, apresentar ao leitor alguns importantes pontos das obras de Alfred Russel Wallace e Charles Robert Darwin, tecendo, desta forma, uma leitura comparativa do trabalho de ambos, aquilatando suas respectivas contribuições à teoria da evolução das espécies.

 

         

 

 

 

 

 

 

‘Wallace E A Amazônia’

 

 

 

No outono de 1847, o Sr. A. R. Wallace ...

propôs-me uma expedição conjunta ao rio Amazonas, com o fim de explorar a História Natural de suas margens; o projeto permitir-nos-ia criar uma coleção de objetos para nós mesmos, dispor de duplicatas em Londres para pagar os gastos, e reunir dados, como bem expressa Wallace em uma de suas cartas, "para resolver o problema da origem das espécies", uma matéria sobre a qual havíamos conversado e mantido muita correspondência.

(grifo nosso)1

Estas são as primeiras linhas do prefácio do

livro de Henry Walter Bates (1825-1892), O naturalista no rio Amazonas (1863; 1962; 1984). A afirmação de Bates é muito importante, pois demonstra que ele e Wallace estavam buscando a evidência de como se originavam as espécies. A única forma pela qual tal empreitada poderia ser levada a cabo era mediante a análise das relações entre os padrões de afinidade e a distribuição entre as espécies estreitamente relacionadas, com base no estudo da morfologia.

Wallace observou que o rio Amazonas e seus

principais afluentes constituíam fronteiras para vários grupos de animais, em particular, os macacos. O parágrafo final de um artigo por ele publicado pela Sociedade Zoológica de Londres declara:

Durante a minha estada no distrito do Amazonas, determinei, cada vez que pude, os limites das espécies; pois que encontrei no Amazonas, no rio Negro e no Madeira a formação dos limites através dos quais certas espécies nunca passam. Os caçadores nativos conhecem perfeitamente este fato e sempre que querem obter um animal em particular, cruzam o rio, porque sabem que o encontrarão em um lado do rio e nunca ou por nenhum motivo no outro. À medida que se aproxima da nascente dos rios, estes deixam de ser uma fronteira, e muitas das espécies se encontram em ambas as margens. (Wallace, 1852, p.109-110)

Devemos observar neste artigo o quanto Wallace, em suas primeiras viagens, já havia percebido o significado dos rios como fronteiras faunísticas. Realmente ele não havia atentado para tal fato até começar a explorar o rio Negro. Desse modo, a questão das barreiras físicas começa a ser uma constante nos trabalhos publicados de Wallace. Em um artigo sobre a distribuição dos macacos, Wallace parece haver entendido o significado das barreiras físicas enquanto se pergunta:

Da determinação precisa das áreas de

distribuição dos animais dependem muitas perguntas interessantes. Estão relacionadas de maneira próxima as espécies mesmo quando estão amplamente separadas? Que características físicas determinam os limites das espécies e dos gêneros? As isotermas podem limitar com precisão a área de distribuição das espécies ou são totalmente independentes delas? (Wallace, 1852, p.110)

Wallace provavelmente concebeu os grandes

rios amazônicos como barreiras insuperáveis à dispersão das espécies, ainda que não como uma barreira que houvesse dividido uma população ou biota ancestral em dois descendentes, os quais, com o tempo, haveriam se convertido em espécies distintas. Todavia, esse assunto parece que nunca ficou fora de sua atenção, pois em um artigo sobre mariposas do vale amazônico, apresentado à Sociedade Entomológica de Londres em dezembro de 1853, Wallace argumentou que a diversidade desses insetos estaria diretamente relacionada a fronteiras físicas (Wallace, 1853a). Novas espécies poderiam originar-se quando uma espécie ancestral, vivendo originalmente em terras mais altas (como as que habitam planaltos e montanhas, por exemplo), se dispersasse por terras mais baixas (mais recentes do ponto de vista geológico); as populações das terras mais baixas seriam modificadas pela influência dos novos habitats, gerando variedades e, finalmente, novas espécies. Os dados obtidos sobre a distribuição das mariposas apontar nessa direção.

 

Em sua obra Viagens pelos rios Amazonas e Negro (1972), Wallace apresentou uma visão geral da geografia e geologia, vegetação, zoologia e antropologia da região amazônica. Uma das questões mais pertinentes desse livro encontra-se nos capítulos sobre as características gerais da história geológica da bacia amazônica e, consequentemente, dos padrões de distribuição de populações de espécies de terras altas que geraram as espécies das terras baixas, em certos grupos de animais (Wallace, 1853b, p.425-427; 1889, p.294-296).

 

O Arquipélago Malaio

 

Ao regressar da América do Sul, Wallace

começou a fazer preparativos para outra viagem que lhe compensasse o que a viagem à Amazônia, pelas tragédias ocorridas no seu retorno, não lhe propiciara em termos de material coletado. O navio onde viajava de volta para a Europa incendiouse e praticamente toda a sua coleção, e quase todas as suas anotações, se queimaram.

 

Suas indagações sobre lugares inexplorados nos

trópicos levaram-no à conclusão de ser o Arquipélago Malaio o lugar mais promissor para efetuar coletas científicas. Um ano e meio após seu regresso da Amazônia, Wallace e Charles Allen, seu assistente de campo durante três anos, partiram para o Arquipélago Malaio. Graças à intervenção de Sir Roderick

Murchison (1792-1871), presidente da Real Sociedade

Geográfica, Wallace conseguiu transporte para ele e seu ajudante em um barco do governo britânico. Chegou a Cingapura em 20 de abril de 1854, depois de 45 dias de viagem. O mesmo Wallace escreveria, em sua autobiografia (1905), muitos anos depois, que essa viagem foi o evento mais importante de sua vida.

 

Permaneceu oito anos no arquipélago, viajando

mais de 22 mil quilômetros; somente o tamanho dessa área é equivalente ao da América do Sul. Wallace mudou de residência pelo menos oitenta vezes, quase uma por mês. Durante esse período, coletou mais de 125 mil espécimes, muitos das quais estudou no seu regresso à Grã-Bretanha.

Aproveitando o tempo que acabou passando

recluso, por conta das condições climáticas ou pelas várias enfermidades que o atacaram, Wallace escreveu alguns de seus artigos mais importantes, especialmente os relacionados com a teoria da Evolução. O livro relativo a essa viagem, intitulado The Malay Archipelago (1962; 1986), surgiria 6 anos depois do regresso do naturalista, em 1869. O livro está ordenado geograficamente, o que gera alguma confusão em termos cronológicos. Os 31 capítulos estão escritos quase que com a mesma narrativa constante de seu diário de campo; em cada seção há um capítulo que resume a história natural de cada grupo de ilhas. O autor também preparou um capítulo introdutório com a descrição completa da geografia do arquipélago e um capítulo final em que resumiu suas observações antropológicas sobre as diferentes raças dos habitantes do arquipélago. Na introdução da obra, definiu os limites da distribuição da biota de Bornéu, Sumatra e Java (de afinidade asiática) e de Célebes [atual Sulawesi] e outras ilhas (de afinidade australiana). Essa linha imaginaria é denominada atualmente Linha de Wallace.

Pouco menos de um ano após sua chegada a Cingapura, Wallace escreveu sua primeira contribuição à teoria da evolução orgânica. Em sua autobiografia (Wallace, 1905, p.354355) recordava-se desse dado sucedido 50 anos antes:

Tendo sempre estado interessado na distribuição

geográfica de animais e plantas, tendo estudado Swainson e Humboldt e tendo agora uma impressão vívida das diferenças fundamentais entre os trópicos do Ocidente e Oriente; havendo também lido livros tais como o "Conspectus" de Bonaparte ... e vários catálogos de insetos e répteis do Museu Britânico (que quase conhecia de memória) que brindam um grande volume de dados sobre a distribuição dos animais em todo o mundo, ocorreu-me que tais dados nunca haviam sido utilizados propriamente como indicadores da maneira pela qual as espécies haviam chegado a existir. A grande obra de Lyell havia-me brindado com os principais aspectos da sucessão das espécies no tempo e, combinando as duas coisas, pensei que poderia chegar a alguma conclusão valiosa. Em consequência, coloquei meus dados e ideias no papel, e o resultado – que parecia ter alguma importância –, enviei-o para os Annals and Magazine of Natural History, onde apareceu em setembro seguinte. (Wallace, 1855b)

Esse resultado que Wallace, em sua imensa

modéstia, disse que parecia ter alguma importância, é o trabalho intitulado Sobre a lei que regula a introdução de novas espécies, onde expôs clara e sucintamente a teoria da Evolução. Tal artigo estava tão bem escrito, tão claro e transparente que Sir Charles Lyell, em carta dirigida a Wallace em 4 de abril de 1867, declarou:

Estive lendo, outra vez, seu trabalho publicado

em 1855 nos Annals, sobre "A lei que regula a introdução de novas espécies", pois quero citar algumas de suas passagens, não em referência a sua prioridade de publicação, mas simplesmente porque há alguns pontos expressos mais claramente que na própria obra de Darwin, em relação à importância de evidências geológicas e zoológicas para a distribuição geográfica e a origem das espécies. (Marchant, 1916, p.279-280, grifo nosso)

Uma importante fonte de inspiração para Wallace, que merece destaque, foi o trabalho do geólogo, ornitólogo e sistemata inglês Hugh Edwin Strickland (18111853). De todas as ideias de Strickland (1841), talvez a que mais tenha influenciado o pensamento de Wallace foi a que sugeria o esquema de uma árvore como analogia útil para um sistema de classificação:

Novamente, se considerarmos que só teremos

fragmentos deste vasto sistema, estando o tronco e os ramos principais representados por espécies extintas, das quais não teremos conhecimento, enquanto uma vasta massa de membros e ramos, diminutos raminhos e folhas dispersas é tudo o que teremos para colocar em ordem e determinar a posição verdadeira que cada um ocupava em relação aos outros, toda a dificuldade do

Sistema Natural de classificação se nos faz manifesta. (Wallace,

1855b, p.187)

A analogia da ordenação das espécies dentro de

um sistema que lembrava os galhos e ramos de uma árvore foi muito bem observada e descrita por Wallace, entretanto, na história, essa descoberta é, na grande maioria das vezes, creditada somente a Charles Darwin.

 

Darwin e o arquipélago de Galápagos

 

Uma das primeiras obras a lançarem o nome de Charles Darwin foi o resultado de sua viagem a bordo do HMS

Beagle. Publicada em 1839, a obra Viagem de um naturalista ao redor do mundo (1937) era uma versão em livro dos diários e anotações que Darwin fizera no decurso de 3 anos e 3 meses em terra e 18 meses no mar a bordo daquela que era uma viagem de levantamento cartográfico das costas da parte sul da América do Sul. O Beagle, um brigue comandado pelo capitão Robert FitzRoy (1805-1865), um jovem oficial da marinha inglesa de caráter rígido, zarpou do porto de Plymouth em 27 de dezembro de 1831, só retornando à Grã-Bretanha em 20 de fevereiro de 1836.

Nesse diário, Darwin fez observações sobre as

ilhas do Cabo Verde, o Rio de Janeiro, Maldonado, Bahía Blanca, Buenos Aires, Patagônia, Terra do Fogo, Estreito de Magalhães,

Chile, Peru, Galápagos, Taiti, Nova Zelândia, Austrália, Ilha Maurício e, finalmente, Inglaterra. De todos os lugares visitados por Darwin, talvez o que tenha ficado mais famoso (graças a sua visita) foi o arquipélago de Galápagos, hoje pertencente ao Equador. Muitos autores afirmam que as ilhas Galápagos forneceram a Darwin considerável gama de informações para formular sua teoria da evolução.

Entretanto, para ele, os jabutis gigantes (galápagos) teriam sido trazidos ao arquipélago por piratas, para servirem como fonte de alimento. Na colônia penal da Ilha de Santa Maria, uma autoridade local disse-lhe que esses jabutis apresentavam pequenas diferenças de ilha para ilha, sendo que os nativos chegavam a saber de qual ilha era cada espécie, somente observando seu casco. Darwin não deu importância a essa informação, tanto que nem se preocupou em coletar espécimes desses quelônios nas diversas ilhas que compõem o arquipélago de Galápagos.

Com relação aos iguanas de Galápagos, chegou

a pensar que tais répteis (únicos) eram mais uma das inúmeras espécies encontradas na América do Sul. Em relação às aves, principalmente as canoras, Darwin notou que cada ilha era habitada por uma espécie única, diferente. Entretanto, quando da coleta desses animais, Darwin não etiquetou precisamente as várias espécies de tentilhões que habitavam cada uma das ilhas do Arquipélago de Galápagos. Curiosamente, eram os tentilhões e suas variadas formas de bicos que apresentavam as maiores provas de como uma espécie, a partir de um ancestral comum, pôde diversificar-se e gerar novas espécies (Darwin, 1937, p.355380).

Em 1839 Darwin publicou a primeira edição de

seu Journal of Researches into the Geology and Natural History of various Countries visited by H. M. S. Beagle (1839), e 6 anos depois saiu a lume a segunda edição, na qual Darwin declarou:

 

Vendo esta graduação e diversidade de estrutura

em um grupo pequeno e intimamente relacionado de aves, realmente pode-se imaginar que, a partir de uma pobreza original de aves neste arquipélago, uma espécie foi tomada e modificada para diferentes finalidades. (Darwin, 1845, p.345-356)

Também nessa segunda edição do Journal, ao

terminar sua discussão sobre as ilhas Galápagos, Darwin indicou o aspecto dessas ilhas que mais o intrigou, com relação à biota:

A distribuição dos ocupantes deste arquipélago

não seria tão maravilhosa se, por exemplo, uma ilha tivesse um tordo e uma segunda ilha algum outro gênero mui-to distinto: – se uma ilha tivesse um gênero de lagarto e uma segunda ilha outro gênero distinto, ou nenhum –, ou se diferentes ilhas fossem habitadas não por espécies representativas dos mesmos gêneros de plantas, mas por gêneros totalmente diferentes ... Entretanto, o que ocorre é que várias das ilhas possuem sua própria espécie de jabuti [galápago], tentilhão e de numerosas plantas; estas espécies têm os mesmos hábitos gerais, ocupam lugares análogos e, obviamente, ocupam o mesmo lugar na economia natural deste arquipélago, o que me enche de espanto. Pode-se supor que algumas destas espécies representativas, pelo menos no caso dos cágados e de algumas das aves podem considerar-se posteriormente somente raças bem marcadas; porém isso seria, igualmente, de grande interesse para o naturalista filósofo. (Darwin, 1845, p.362, grifo nosso)

Por outro lado, no seu trabalho de 1855, Wallace sustentou claramente que sua lei da modificação gradual das espécies era a resposta ao problema da fauna e da flora das ilhas Galápagos, como vemos na seguinte passagem:

 

Fenômenos tais como os que exibem as ilhas Galápagos, as quais contêm poucos grupos de plantas e animais que lhes são particulares, ainda que mais intimamente relacionados com aqueles da América do Sul, não receberam sequer uma explicação conjetural. As Galápagos são um grupo de ilhas vulcânicas muito antigas e, provavelmente, nunca estiveram mais próximas do continente do que estão no presente. Devem ter sido povoadas primeiramente, assim como outras ilhas recémformadas, pela ação dos ventos e correntes, em um período suficientemente remoto para que as espécies desaparecessem, só permanecendo os protótipos modificados. Do mesmo modo, podemos explicar as ilhas separadas que têm, cada uma, suas espécies próprias, por meio da suposição de que a mesma emigração original povoou a ilha em seu conjunto com as mesmas espécies, a partir das quais se criaram protótipos modificados de distintas maneiras, ou que as ilhas foram povoadas sucessivamente umas a partir das outras, ainda que as novas espécies se tenham criado, cada uma, a partir do desenho das espécies preexistentes. (Wallace, 1855b, p.188, grifos nossos).

As percepções de Wallace, acerca da

diversidade e parentesco entre as espécies encontradas nas ilhas Galápagos, eram bem mais profundas e próximas de uma explicação que caminhava em direção a um entendimento da origem e diversidade das espécies do que as de Darwin, quando este discutiu o mesmo fenômeno.

 

 

Wallace e as variedades de Mariposas–

e a prova cientifica da seleção natural.

 

 

 

A busca de evidências que confirmassem a

teoria da evolução foi coroada com êxito por Wallace, no arquipélago Malaio. Vários casos indicavam que, de maneira muito geral, as distribuições disjuntas de espécies se devia à extinção de formas intermediárias. Assim, por exemplo, em relação aos lepidópteros2 do gênero Euploea, Wallace notou, desde sua chegada a Cingapura, que As Euploea aqui ocupam o lugar dos Heliconidae3 da Amazônia e se assemelham a elas exatamente em seus hábitos (Wallace, 1854a, p.4396). Ao resumir, posteriormente, a entomologia de Cingapura e Malaca, ele comparou vários grupos de mariposas da região Oriental com as da América, concluindo que As Euploea, apesar de serem muito belas, não podem competir com os estranhos Heliconidae, com os quais estão intimamente relacionados... (Wallace, 1854b, p.4637).

Porém, Wallace necessitava de uma prova mais

contundente para comprovar sua teoria. Essa prova surgiu em 1855, quando ele teve a possibilidade de descrever uma nova espécie de Ornithoptera4 totalmente distinta de todas as outras. O exemplar provinha do extremo noroeste de Bornéu, e Wallace chamou-a Ornithoptera brookiana:

 

Este magnífico inseto é uma adição muito

interessante ao gênero Ornithoptera. As espécies marcadas com verde até agora haviam sido encontradas no norte da Austrália, Nova Guiné e Molucas, e todas elas se assemelham tanto umas a outras em seu aspecto, que em sua maioria foram consideradas como variedades do Pipilio priamus de Linnaeus. Portanto, nossa nova espécie é notável por duas razões: primeiro, por oferecer um padrão de coloração completamente novo no gênero a que pertence; segundo, por ampliar a distribuição das Ornithoptera marcadas de verde até o extremo noroeste de Bornéu. Como nunca foi encontrada pelos naturalistas holandeses, que têm explorado a maior parte do sul e do sudoeste da ilha, esta espécie, provavelmente, está confinada à costa noroeste... (Wallace, 1855a, p.104-105)

Para Wallace, esse achado era uma evidência a

favor de sua teoria: uma distribuição tal das Ornithoptera com asas manchadas de verde era explicada admitindo-se uma forma hipotética que antes houvesse ocupado o resto de Bornéu; essa forma, que deve ter se extinguido depois da formação da O.

brookiana, seria uma forma intermediária entre essa espécie e as formas relacionadas com O. priamus das ilhas do sudeste, isto se sua lei das modificações graduais fosse válida. Finalmente, em 1855, Wallace decidiu publicar sua Lei que regula a introdução de novas espécies (1885b).

Um caso posterior confirmou, mais uma vez,

sua teoria. Em 1857, ao desembarcar nas ilhas Aru, teve a possibilidade de coletar três exemplares (um macho e duas fêmeas de uma nova forma relacionada com a Ornithoptera priamus. Esta nova forma nativa de Aru era exatamente intermédia entre o O. priamus de Amboina (nas ilhas Molucas) e o O. poseidon de Nova Guiné. Efetivamente, O. priamus tem quatro manchas negras na asa posterior, e a asa anterior não apresenta uma veia longitudinal central verde; O. poseidon tem duas manchas negras na asa posterior e uma veia longitudinal central verde na asa anterior: a nova forma descoberta por Wallace em Aru tinha três manchas negras na asa posterior, e a veia verde da asa anterior

tem um comprimento exatamente intermediário entre O. poseidon e O. priamus.

 

Ali estava, de maneira clara, segundo Wallace,

o processo de formação de espécies, com toda a sua evidência. Uma espécie antecessora havia ocupado completamente a área então ocupada por essas três formas, que se haviam diferenciado em populações localizadas, por influência do ambiente. Contudo, a forma intermediária (das ilhas Aru) existia. Se desaparecesse a forma encontrada em Aru, O. priamus e O. poseidon permaneceriam como espécies isoladas e separadas, tal como Wallace havia proposto para tantos e tão diversos grupos zoológicos.

 

 

Darwin e a classificação das cracas

 

 

Em sua autobiografia, publicada pelo filho

Francis Darwin (1848-1925) em 1887, Charles Darwin disse:

Em outubro de 1846, comecei a trabalhar com

os 'Cirripedia'.  Enquanto estava na costa chilena encontrei uma forma muito curiosa que perfurava as conchas de Concholepas e que diferia tanto dos outros Cirripedia, que só para incluí-la tive que formar uma nova subordem. Mais tarde, outro gênero de perfurador relacionado foi encontrado nas praias de Portugal. Para entender a estrutura de meu novo Cirripedia, tive que examinar e dissecar muitas das formas comuns; isso, gradualmente, me levou a estudar todo o grupo. (Darwin, 1887, p.80)

Como resultado desses estudos, Darwin chegou

a publicar, entre os anos de 1851 e 1854, ao menos quatro monografias sobre essa classe de crustáceos, totalizando pouco mais de 1.200 páginas, com 89 pranchas de preciosos desenhos (Darwin, 1851a; 1851b; 1854a; 1854b).

 

Um exame mais detalhado dos trabalhos de Darwin sobre os Cirripedia mostra que se baseiam na taxonomia clássica, aristotélico-lineana, atemporal, ou seja, não encontramos o mais insignificante traço de evolucionismo – algo bem diferente do que propôs Wallace em seus estudos sobre os Ornithoptera. Talvez porque Darwin, nesse período (até 1858), ainda não tivesse entendido como se formavam as espécies. Que melhor ocasião teria para demonstrar sua teoria da origem das espécies do que com uma monografia taxonômica.

        

 

 

 

 

Wallace e o seu Ensaio sobre a tendência

das variedades de se afastarem indefinidamente do tipo original

 

 

Quase no fim de sua vida, em seu livro The Wonderful Century (1898; 1903), Wallace referiu-se ao descobrimento da teoria da seleção natural, que fizera em meio a um ataque de febre produzido pela malária em Ternate:

Essa mesma tarde escrevi um esboço de um

artigo e, nas tardes seguintes, escrevi-o todo e mandei no seguinte despacho de correspondência ao Sr. Darwin. Eu esperava que fosse completamente novo como o foi para mim, dado que ele me informou por carta que estava comprometido em um trabalho que intentava mostrar de que forma espécies e variedades se diferenciam umas das outras, agregando que "meu trabalho não alteraria ou agregaria nada". Pelo que fiquei surpreso ao descobrir que ele havia realmente chegado à mesma teoria que a minha tempos antes (em 1844). (Wallace, 1898, p.140)

Darwin realmente já havia chegado à teoria da

seleção natural; não havia, porém, entendido a origem das espécies. Em carta datada de 1º de maio de 1857, Darwin contou a Wallace o fato de estar, havia quase 20 anos, trabalhando a questão de como as espécies e as variedades diferem umas das outras, insistindo na impossibilidade de explicar sua teoria em uma simples carta. Apesar disto, em setembro desse mesmo ano, Darwin enviou (não se sabe por quê) uma carta ao botânico estadunidense Asa Gray, contendo a parte fundamental de sua teoria da seleção natural, aconselhando-o que, por favor, não difundisse tal informação, pois alguém como o britânico Robert Chambers (1802-1871) poderia ouvi-las e desenvolvê-las facilmente. Uma pergunta surge aqui: por que enviar tal informação para Asa Gray, que considerava o conteúdo da carta como algo altamente hipotético, em lugar de remetê-la a Wallace, que compreenderia melhor o conteúdo? Ou será que Darwin temia que este alguém como Chambers fosse Wallace?

Muitos anos depois, Wallace pôde saber o

impacto que sua carta e seu manuscrito haviam causado em Darwin. Em uma carta a Francis Darwin, datada de 1887, Wallace disse: "Não estava inteirado de que seu pai havia estado tão angustiado – ou melhor, perturbado – por haver mandado meu ensaio quando estava em Ternate...".

Ao receber o manuscrito de Wallace, Darwin

notificou seus amigos, Charles Lyell e Joseph Dalton Hooker (1817-1811). Eles se encarregaram de apresentar essas contribuições aos membros da Sociedade Lineana de Londres e decidiram a ordem em que seriam apresentadas. 

Eram estas: um apontamento de Darwin,

supostamente escrito em 1839 e copiado depois em 1844; um fragmento da carta que Darwin escreveu a Asa Gray em setembro de 1857; e o trabalho de Wallace Sobre a tendência das variedades de se afastarem indefinidamente do tipo original (Darwin; Wallace, 1858), escrito em fevereiro de 1858, em Ternate, nas ilhas Molucas. Desta forma, o ensaio de Wallace ficou no final. Darwin inseriu uma nota esclarecendo que o resumo do ensaio nunca fora escrito para ser publicado e que, portanto, não fora escrito cuidadosamente (o que pode ser notado na leitura). Todavia, como assinala Beddal (1968), o conteúdo dessa nota não era totalmente correto, pois Darwin tinha uma cópia encadernada do mesmo ensaio, com instruções dirigidas a sua esposa para que fosse publicado no caso de sua morte prematura.

Em relação às contribuições de Darwin na

"publicação conjunta", Brooks (1984) esclarece que o esboço de

Darwin, datado em 1844, na realidade fora escrito em 1842

(Darwin, 1859, p.1) e não 5 anos antes, como assinalava a carta

de Lyell e Hooker apresentando esses escritos ao secretário da Sociedade Lineana. 

No esboço, Darwin não fez menção alguma

ao princípio da divergência. Esse princípio da divergência, ou seja, a causa da origem das espécies está, porém, mencionado na segunda contribuição de Darwin, no extrato da carta a Asa Gray de 1857. Entretanto, Dupree esclarece que, no extrato publicado no Journal da Sociedade Lineana, "a cópia enviada a Gray tem uma caligrafia que não é a de Darwin, ainda que corrigida por ele ... varia em detalhe com a versão publicada pela sociedade Lineana" (Dupree, 1968, p.459). De acordo com Dupree, a cópia da carta a Asa Gray contém, essencialmente, os mesmos argumentos que Lyell e Hooker conheceram em 1844 e 1856, com a adição do princípio de divergência. Dupree infere que esse princípio era somente um pronunciamento vago daquilo que, posteriormente, Darwin desenvolveria nos primeiros capítulos da Origem das espécies (Dupree, 1968).

Não existe, infelizmente, uma cópia publicada,

até onde sabemos, da versão original recebida por Asa Gray. Estranhamente, outros importantíssimos documentos também estão, até hoje, perdidos: o manuscrito original de Wallace, escrito em Ternate; a carta de Wallace a Darwin que acompanhava esse manuscrito, assim como o conteúdo desses dois documentos; as cartas troca-das entre Darwin, Hooker e Lyell, durante junho de 1858. Também estão perdidas as cartas de Darwin a Asa Gray sobre o tema das cartas que Darwin e Hooker remeteram para Wallace após esses acontecimentos. São muitas as perdas e coincidências...

De todas as formas, depois da publicação dos

resumos de Darwin e do ensaio de Wallace, no Journal da Sociedade Lineana em 1858, Darwin abandonou, em definitivo, a redação de seu big book on species, intitulado Natural Selection, e, nesse mesmo ano começou a escrever febrilmente um novo livro, um resumo de seu big book on species, publicado em 1859, sob o título de Origin of Species.

 

 

Mais mistérios inexplicados – as cartas de Wallace e Darwin

 

 

Em seu Diário, publicado por Sir Gavin de Beer (1959), Darwin disse que, em 31 de março de 1857, havia terminado o capítulo 6, sobre Seleção Natural. Foi desse capítulo que enviou um resumo a Asa Gray, em setembro de 1857.

Porém, um ano mais tarde, nesse mesmo diário,

tem-se a seguinte anotação: "April 14th Discussion on large general & small & on Divergence & correcting Ch. 6 (Moor Park) finished June 12th & Bee Cells" (De Beer, 1959, p.14). Moor Park era uma estação hidroterápica, onde Darwin permaneceu de 20 de abril a 4 de maio de 1858. Isso poderia indicar que Darwin escreveu (ou reescreveu) sobre Divergência, bem como as correções do capítulo 6 de sua Natural Selection, entre 6 de maio e 12 de junho de 1858. 

O manuscrito original de Natural Selection,

Big Book on Especies de Darwin, foi dado como desaparecido até a Segunda Guerra Mundial, quando, em 1942, foi anunciado seu descobrimento na revista Nature. Entretanto, aquela não era uma ocasião propícia para estudos desta ordem. Finalmente, Stauffer (1959) deu a conhecer o conteúdo desse manuscrito inédito. Um exame feito por Brooks (1984) de uma cópia desse manuscrito em poder de Stauffer mostrou que cada fólio do manuscrito está numerado de forma consecutiva; na necessidade de alguma correção ou inserção no manuscrito, o fólio correspondente leva um asterisco; por exemplo, os fólios adicionados depois de 10, eram numerados da seguinte forma: 10*, 10a, 10b, etc.; se houvesse mais de 27 fólios inseridos, a numeração seguiria da seguinte forma: 10aa, 10bb, etc. A descoberta de Brooks foi surpreendente: após o fólio 26 havia uma inserção de 41 páginas, até o fólio 26nn. Nesse fólio, de número 26, ao final da página, há um cabeçalho intitulado Extinção, e, no início do fólio 26b, outro cabeçalho: Princípio da Divergência. Essas folhas foram, portanto, as que Darwin escreveu entre 6 de maio e 12 de junho de 1858.

Em 8 de junho de 1858, Darwin escreveu a Hooker dizendo que, finalmente, havia entendido como as espécies divergiam na natureza. Essa carta foi escrita, portanto, aparentemente, 4 dias antes que terminasse de escrever sua nova versão de 41 páginas do princípio da divergência.

A carta em que Darwin anunciava a Charles Lyell a chegada de uma correspondência e do manuscrito de Wallace está datada simplesmente "Down, 18th". Posteriormente, é possível que o filho de Darwin, Francis, editor de suas cartas, tenha anexado entre aspas "June 1858". Assim, parece que Darwin havia terminado de escrever sua nova versão do princípio da divergência 6 dias antes da chegada do manuscrito de Wallace sobre o mesmo assunto. Uma notável coincidência.

 

Toda essa coincidência, incluindo a

apresentação dos dados na contribuição conjunta de Wallace e Darwin, fez com que vários autores investigassem mais detalhadamente esse extraordinário caso de convergência. Somente para citar alguns, mencionaremos Beddal (1968; 1969; 1972) e Brackman (1980). Porém, o estudo mais detalhado e documentado dessa estranha situação foi feito por Brooks (1984).

 

Sabe-se que Wallace enviou, no mesmo dia em

que remeteu a carta com o manuscrito de Ternate a Darwin, também de Ternate, uma carta a Frederick Bates (1777-1825), o irmão mais jovem de Henry Walter Bates (1825-1892), que vivia em Leicester. Essa carta, endereçada a Frederick Bates, está datada de 2 de março de 1858. A carta encontra-se em posse da família de Wallace, e McKinney (1972, p.140-141) reproduziu-a em seu livro, onde podemos ver a marca "Via Southampton", com a data de 21 de abril em Cingapura e a data de 3 de junho em Londres. Todo o problema parece estar em quantos dias uma carta levava para chegar de Ternate a Londres. Isto foi o que Brooks se dedicou a investigar, fazendo uma extensa pesquisa no Museu dos Correios e nos Arquivos dos Correios de Haia, assim como nos arquivos da P&O Steamship Navigation Company de Londres. Munido das informações conseguidas nesses centros de documentação, Brooks chegou a duas únicas possibilidades.

Se a carta com o manuscrito foi postada em Ternate em 9 de março de 1858, chegaria a Cingapura em 21 de abril e, deste modo, por vários portos, até Malta, no dia 23 de maio. Se estivesse assinalada "Via Southampton", chegaria a Londres no mesmo dia em que a carta a Frederick Bates chegou a Leicester, ou seja, 3 de junho. Se estivesse marcada "Via

Marseille" e "Overland", chegaria a Londres em 28 de maio.

A segunda possibilidade é a de que a carta

endereçada a Darwin, escrita em fevereiro, seguiu em uma mala postal anterior a 9 de março, a qual seria em 23 de fevereiro. Neste caso, chegou a Cingapura em 7 de abril e a Malta em 10 de maio; se seguiu "Via Southampton", chegaria a Londres em 20 de maio; no caso de ter seguido "Overland, Via Marseille", deveria ter chegado à capital inglesa em 14 de maio. O dia 14 de maio foi uma sexta. Para Brooks, a carta chegou às mãos de Darwin no dia 17 (segunda), ou 18 (terça) de maio de 1858.

Brooks acredita que, com o manuscrito de

Wallace em suas mãos, Darwin releu o trabalho de Wallace de

1855 e, finalmente, teve uma "iluminação" sobre o princípio da divergência. Escreveu a carta a Lyell anunciando a chegada do manuscrito em 18 de maio, porém não a enviou. Deste modo, teve pelo menos 25 dias para reescrever as 41 páginas novas sobre o princípio da divergência, que anunciou a Hooker em 12 de junho. Finalmente, pode-se interpretar que enviou a carta a Lyell em junho, e é por isso que talvez Francis Darwin, seu filho e editor de suas cartas, escreveu, do próprio punho, depois de "Down, 18th", "June 1858".

A outra possibilidade é a de que a carta chegou

às mãos de Darwin em 28 de maio (ou em 29). O que deixaria a Darwin duas semanas para escrever as 41 páginas do princípio da divergência. Afirma Brooks que precisamos reconhecer que o desespero fez a pena mover-se rapidamente. Neste caso, a carta escrita por Darwin a Lyell seria realmente de 18 de junho.

De qualquer forma, Darwin teve entre 2 e 4

semanas para escrever um novo capítulo sobre o princípio da divergência. De todas as maneiras, publicou uma ideia distinta da de Wallace, e incidiu no mesmo erro de Maupertuis (1698-1759) – como, sem isolamento geográfico (Darwin só admite uma competição entre as variedades formadas a partir de uma espécie antecessora), se pode explicar a formação de morfoespécies? Como é possível que as novidades evolutivas, surgidas fortuitamente, não se disseminassem por todas as populações? Por que, em lugar de se matarem, as variedades surgidas de uma espécie antecessora não copulariam antes? Será que, para um vitoriano como Darwin, o incesto seria mais grave que o fratricídio, no caso das variedades originadas de uma espéciemãe comum?

 

Rev. Bras. Hist. vol.34 no.67 São Paulo jan./jun. 201https://doi.org/10.1590/S0102-01882014000100008ARTIGOS.  Evolucionismo darwinista? Contribuições de Alfred Russel Wallace à teoria da evolução.Darwinian evolutionism?

Contributions of Alfred Russel Wallace to the theory of evolutionNelson PapaveroI; Christian Fausto Moraes dos

SantosIIIPesquisador do Museu de Zoologia (USP-SP). Pesquisador .CNPq 

IICoordenador do Laboratório de História, Ciências e Ambiente (LHC-UEM). Pós-Doutorando em História das Ciências (CSIC-Barcelona), Bolsista Capes

 

 

 

 

 

 

Alfred Russel Wallace e suas bases cientificas para a teoria da evolução. Biografia.

 

 

 

 

 

 

Agora os naturalistas estão começando a olhar

além, e a perceber que existe algum principio que regula infinitas variedades de formas de vida animal.

 

 

Alfred Russel Wallace

 

 

 

 

 

                       1

 

Evolucionistas antes de Wallace e Darwin já

tinham mencionado o mecanismo da seleção natural. Para Wallace (1855-58), a variação existe em larga escala entre populações e ela está disponível para a ação da seleção natural. Parte dessa variação beneficia seus portadores na luta pela sobrevivência. Darwin (1858-9) chegou a conclusões semelhantes quase ao ‗mesmo tempo‘. Mas, quais são essas tão comentadas ‗semelhanças‘, que se fala durantes um século e cento e sessenta e um anos depois? No capitulo seguinte, definiremos essa questão.

 

                       2

 

 

Wallace veio para o Brasil, pensando em testar

suas teorias sobre a origem das espécies, enquanto o renomado

cientista Charles Darwin nada havia publicado. Wallace publicava seus trabalhos em revistas cientificas da época.

 

                          3

 

Com bases em seus conhecimentos de

geografia, geologia e biologia escreveu que: 

 

"toda espécie chegou à existência

coincidentemente tanto no tempo quanto no espaço com uma espécie aliada preexistente". 

 

                           4

 

Wallace propôs que todas as espécies vivam descendem de um único ancestral comum, e explicou como elas se diferenciavam. Ele foi o primeiro a notar que os trechos longos dos Rios

Amazônicos (Negro e Solimões) eram habitados por duas espécies de mariposas diferentes, era a base da seleção natural no que diz o isolamento, o distanciamento geográfico, podia transformar duas populações da mesma espécie, em espécies distintas:

 

                          5

 

Wallace tanto considera o espaço como um elemento ativo no processo evolutivo, e suas divisões condutoras das distinções

entre as espécies:   reconheceu que o distanciamento geográfico,

ambiental, está relacionado com as historias das espécies, ou seja, as espécies mais próximas entre si compartilham um ancestral comum mais recente, do que com a espécie mais distante. E que a separação espacial entre as mesmas espécies poderiam torna-las distintas uma da outra.

 

                           6

 

Em 1858, quando sofreu um ataque de malária,

usou as ideias de Thomas Malthus sobre o Crescimento

populacional e os meios de subsistências, para incorpora em seu trabalho a Idea que ‗somente os mais aptos sobrevivem‘, explicando como os organismos se tornam naturalmente adaptados ao ambiente.

 

                          7

 

A busca de evidências que confirmassem a

teoria da evolução foi coroada com êxito por Wallace, no

arquipélago Malaio. Vários casos indicavam que, de maneira muito geral, as distribuições disjuntas de espécies se devia à

extinção de formas intermediárias. Assim, por exemplo, em

relação aos lepidópteros do gênero Euploea, Wallace notou, desde sua chegada a Cingapura, que As Euploea aqui ocupam o lugar

dos Heliconidae da Amazônia e se assemelham a elas exatamente em seus hábitos (Wallace, 1854a, p.4396).

 

                          8

A analogia da ordenação das espécies dentro de

um sistema que lembrava os galhos e ramos de uma árvore foi

muito bem observada e descrita por Wallace, ideia que também será seguida por Charles Darwin.

                           9

Wallace deu o conceito biológico de espécie, e

falou sobre a importância da seleção natural, e ainda das

diferenças entre as seleções naturais e artificiais. Darwin, ainda incorporava o ‗lamarckismo‘ a sua teoria. Wallace sempre se opôs a ‗Lamarck‘.

 

A distinção básica entre Lamarck e Darwin não

diz respeito à ideia dos efeitos da hereditariedade do ‗uso e

desuso‘ das partes. Nisso ambos estavam de acordo. Quando

Darwin explica a seus correspondedentes que quer evitar ‗os erros de Lamarck‘, ele se refere a sua visão da vida a uma arvore genealógica, pela a lógica da ancestralidade, ao passo que

Lamarck pensava em processos paralelos de aperfeiçoamento continuo.

Darwin antecipava, na primeira edição do

‗Origem‘, uma conjectura sobre a origem da baleia: ela seria descendente de mamíferos terrestres, a ideia foi criticada com

zombaria, inclusive ele a retirou na edição seguinte. Para Lamarck isso seria impensável, pois para um mamífero aquático seria o

‗aperfeiçoamento‘ de um réptil aquático. Um mamífero terrestre não se ‗aperfeiçoa‘ tornando-se um aquático, como propôs Darwin.

 

 

                           10

 

Wallace adotou sem restrições o gradualismo

naturalista, transpondo-o para o seu pensamento biológico.

 

 

                           11

 

 

Darwin acreditava na herança de características

adquiridas, pois ele mesmo não acreditava que a seleção natural era suficiente para explicar o processo evolutivo das espécies,

enquanto que Wallace rejeitou prontamente o lamarckismo, desde o inicio de sua carreira cientifica. E Darwin, em cada nova edição dos ‗Origens‘, mais se tornava lamarckiano, é o que dizem seus críticos científicos.

 

 

 

                            12           

          

Quanto aos grandes macacos, desde Lamarck, a

postulação da origem símia dos seres humanos era patrimônio do pensamento heterodoxo, e Wallace ―ficou fascinado com a

possibilidade de estudá-los no seu habitat, arquipélago Malaio.

Para ele, era perfeitamente aceitável que tivéssemos um ancestral comum com os orangotangos‖.

 

                              13

 

Em 1868, Wallace lançou o livro Arquipélago

Malaio, contando suas viagens pelo o arquipélago Malaio, no livro Wallace descreve uma linha imaginária entre as faunas da Austrália e da Ásia, hoje conhecida como alinha Wallace.

 

                              14

 

Wallace viajar para a Amazônia ainda muito

jovem, tinha apenas 25 anos. Aos 31 viaja para o Arquipélago

Malaio (Indonésia). Wallace viajou pelas as ilhas desse arquipélago, deparou-se com um feito curioso, apesar da

proximidade geográfica, partes das ilhas tinham diversidades complementes diferentes das outras partes: em uma parte,

algumas ilhas mantinham a relação de biodiversidade encontrada na Ásia, mas as ilhas mais ao sudeste mantinham relações com a biodiversidade australiana.

 

                      15

Depois de muito estudar compreendeu hoje o

que chamamos de placas tectônicas, e traçou a barreira biográfica, atualmente conhecida como a ‗linha de Wallace‘.

 

                         16

 

Wallace contou mais de 180 mil espécies no

arquipélago Malaio, só de besouros mais de 80 mil, sendo que mil representavam espécies novas para a ciência, isso é para percebemos como a categorização dos animais já estavam avançadas naquele tempo.

 

                           17 

 

Descrições dos seus estudos e aventuras foram

eventualmente publicados, uma em especial se tornou um dos

diários de exploração cientifica mais populares do século XlX. A publicação foi elogiada por cientistas, tais como Darwin, a quem o livro foi dedicado.

 

                          18

                      

Wallace manifestava uma posição incomum

para o século XIX, e não chamava as tribos selvagens de ―primitivas‖ e nem as considerava imoral ou intelectualmente

―inferiores‖ aos europeus. Isso tipo de postura de Wallace lhe acarretou grandes problemas pessoais. Enquanto que Darwin em

seu livro A Ascendência do Homem‘, ainda assume uma posição racista, falando de ‗raças humanas‘ (isso é não é biológico), ou

misoginia dizendo que a mulher tem ‗um intelecto menor‘, que o

homem, porém, também dirá seguindo o exemplo de Wallace, que nenhum ser é superior ao outro.

 

   19

 

Os doze anos que passou convivendo com os nativos do arquipélago, lhe deram uma visão mais realista da natureza humana, ‗Quanto mais vejo pessoas menos civilizadas, melhor compreendo a natureza humana como um todo, e as diferenças essenciais entre os chamados homens civilizados, e os selvagens, tendem a desaparecer.

 

20

 

Para Darwin a seleção sexual deu origem ao que

ele chamava de ‗raças‘ humanas, e progresso cultural, o porquê dos humanos se dividirem em diferentes grupos raciais, a cor da pele e do cabelo como indicadores importantes. A seleção sexual podia afetar características mentais como inteligência e amor

materno, até mesmo dentro dos grupos raciais, ele escreveu: ―o

homem é mais corajoso, sagaz e enérgico do que a mulher, e tem mais gênio inventivo‖.

 

 

                        21

 

Wallace era contra essas definições darwinianas de sua seleção sexual (racismo-sexismo):

 

A ideia de ‗raças inferiores‘ de Darwin, dividia

até mesmo seus parentes diretos. Uma votação crucial ocorreu em

1913 no Parlamento Britânico, sobre a esterilização de ‗tipos inferiores‘. De um lado estava o filho de Darwin, o Major

Leonard Darwin, que presidira um congresso de eugenia no ano anterior, do outro lado seu primo Clemente Wegwood, que foi um dos três votos contrários, mas lutou contra a vetaçao da lei, e conseguiu suplanta-la.

 

Francis Galton era primo de Darwin, e baseado

em suas teorias, cunhou o termo Eugenia, que significa ‗bem

nascido‘. Galton definiu a eugenia como ‗‘o estudo dos agentes

sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades essências das futuras gerações seja física ou mentalmente‘.

                                                      22

 

Alguns estudiosos alegam que talvez Darwin,

tenha assumido essas posturas (racismo-sexismo) por causa do ‗espírito da época‘, ou talvez, para agradar os vitorianos superiores aos ‗selvagens‘. Mas, seja como for, Wallace não comportava com o ‗Espirito da época‘, porque seu espirito era mais avançado que ela.

 

Inclusive já aos 60 anos, escreveu sobre os

direitos das mulheres, e direitos no trabalho. Trabalhos sobre a

nacionalização da terra trazem ideias de quem estava muito além do seu tempo. Ele sugeriu uma legislação para salvaguardar patrimônios históricos, a construção de cinturões verdes em

parques, agrupamentos para repovoamento e organização urbana, sempre em constância com a natureza, com a ecologia.

 

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Enquanto Darwin temia apresentar suas ideias

na Inglaterra vitoriana, que acreditava no fixismo criacionista.

Wallace lança suas ideias aos quatro ventos, e foi exatamente essa valentia de Wallace que irá influenciar Darwin a apresentar ao publico, em ‗conjunto‘ com Wallace suas teorias:

                         24

De fato, desde o retorno de sua viagem no

H.M.S. Beagle (1831-1836), Darwin já começara a esboçar sua teoria. Entretanto, fizera isso secretamente por pelo menos 20

anos devido ao fato da teoria confrontar a crença religiosa de que Deus teria criado todos os seres vivos de forma fixa, imutáveis. Portanto, a teoria era inaceitável a um membro da elite britânica na Era Vitoriana. 

(Na segunda edição do Origem Das Espécies,

Darwin introduz uma epígrafe, um trecho do livro do bispo anglicano Joseph Butler, que utiliza termos dos atuais defensores

do Design Inteligente, inclusive utilizando essa expressão, além disso inseriu referencias ao ‗Criador‘. Algo totalmente contraditório).

                        25

Por outro lado, Wallace, sem as amarras sociais

de Darwin, escreveu um ensaio detalhado explicando sua Teoria de Seleção Natural e enviou ao Darwin juntamente com uma carta de apresentação. Como já se correspondia com Darwin, ele sabia de seu interesse sobre transmutação das espécies (como a evolução era chamada).

                         26

Wallace não era contra as vacinas, mas pela a

forma anti-higiênica em que eram aplicadas. Wallace fez um

estudo que mais pessoas eram prejudicas pelas as vacinas, do que seu efeitos protetores, por causa da forma sem base higiênica em que eram aplicadas. ‗Hoje‘, a higienização é a base da ciência médica universal.

                         27

Wallace através de seus estudos sobre tamanhos

de crâneos, ele tentava medir as funções da mente e da

personalidade de cada um, e dizia que, ‗A mente é um função do

cérebro‘, indo de encontro a crença comum na época que eram funções separadas. Mas, os estudos da inteligência dos

homininios, caracterizado conforme o tamanho dos crâneos 

destes. Assim, por exemplo, conforme o tamanho de um crâneo, sua capacidade de inteligência é analisada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ALFRED RUSSEL WALLACE

 

 

 

 

 

 

 

Teve uma vida agitada desbravando horizontes

além, ‗louco‘, apaixonado pela a natureza, pela a vida. Enfrentou dificuldades desde a infância até o dia que morreu dormindo, aos 90 anos de uma vida intensa.

 

 

Enquanto Darwin sentiu em seu rosto as brisas

dos ventos das ilhas Galápagos, coletando dados, e analisando os pescoços das tartarugas, Wallace teve que enfrentar a floresta mais fechada, perigosa,  e de maior diversidade biológica do mundo, a floresta amazônica. E escreveu sua ‗Lei do mais apto‘, enquanto lia Malthus , delirando de febre, depois de adquirir

malária. Seu irmão morrerá atacado pela a febre amarela. 

 

 

A medida que seu barco afastava-se da floresta

amazônica, ela distancia-se dele, houve um momento sublime de respeito entre ambos, a Amazônia devorou seu irmão, mas

respeitou aquele audaz mortal, não sentia-se culpada, o desafiante

deve arcar com os ônus do desafio. Wallace com olhos plácidos inclina um pouco a cabeça em reverência a Toda Poderosa Natureza, e segue.

 

No retorno de casa seu barco virou um ‗Titanic‘,

ferido mais vivo, depois de dez dias à revelia pelos os lares de

Poisedon, retornou a sua querida Inglaterra, levando a Amazônia na alma. Era chegada a hora de encarar os perigos do arquipélago Malaio.

 

Foi o ‗ultimo cientista aventureiro do Velho

Mundo‘, ainda não contente em apenas em encarar a Gigante

Verde (Amazônia), enfrentou as florestas perigosas do arquipélago Malaio, cruzou rios e mares, e algumas vezes por eles fora ‗engolido‘, e doenças que lhe infringiram a carne e o ‗coração‘(morte do irmão), em sua busca incessante pelo o conhecimento dos mistérios da Vida, guardados a sete chaves pela a natureza implacável, qual enfrentou, mas que no final entre tragédias e alegrias, ás vezes se conciliavam, outras vezes

reconciliavam-se, era como um casal que brigavam, mas que se amavam, para o bem da ciência, pelo o bem da natureza e da humanidade.

 

 

Wallace é um exemplo que inspira por suas

atitudes audaciosas, de alguém que não queria passar pelo o planeta Terra sem deixar sua marca, sua contribuição para a ciência, para a humanidade, nem mesmo as condições de

extremas necessidades que lhe acometeram desde sua infância, o delimitaram, manteve em seu espirito um amor pela a natureza, que compensará todo o esforço por ele desprendido, para poder dizer no final: ‗Sim, valeu a pena, mesmo entre escombros, venci‘.

 

 

Wallace jamais declinou por não ter apoios de

contatos poderosos, ou das vantagens da riqueza, não se intimidou e foi adiante, conseguindo realizar feitos extraordinários, através de sua concentrada força de vontade, pensamento independente,

rebeldia, entusiasmo pela natureza, pela a ciência, pela a Vida.

 

 

 

 

 

 

 

        Reunião da Sociedade Lineana em 1858, para apresentação dos trabalhos sobre evolução natural desenvolvidos por Wallace e Darwin.

 

 

 

 

 

 

                                   Nem Darwin nem Wallace estavam presentes. Darwin ficara em sua casa na Inglaterra em luto pela

morte de um filho de febre escarlate; Wallace estava na distante Nova Guiné, caçando borboletas e besouros.

 

                                         O artigo de Wallace formalmente intitulado "Sobre a tendência das variedades de se diferenciarem indefinidamente do tipo original" foi popularmente chamado de

"o artigo Ternate", pelo nome da cidade da Indonésia da qual ele enviou o estudo para Darwin. O artigo foi a primeira explicação completa do processo de seleção natural, que introduziu o conceito da sobrevivência dos mais fortes.

 

 

                                          Wallace, que não tinha consciência que seu artigo tinha sido apresentado na Sociedade Linnean,

continuou colecionando dados e escrevendo sobre biogeografia, a biologia da ilha, a mudança das marés e a antropologia do

arquipélago melanésio, onde passou oito anos produtivos, porém isolados.

 

                                                 Darwin, membro da elite científica britânica. Wallace, que deixou a escola aos 14 anos e vinha de uma família modesta.

 

 

                                                 Darwin era mais velho e mais bem estabelecido. Sem dúvida que vinha pensando sobre a evolução e colecionando dados volumosos, mas até aquele momento ele não tinha publicado uma única palavra sobre o assunto.

 

                                               Wallace, por outro lado, havia escrito vários artigos sobre a evolução antes do artigo Ternate, inclusive o Sarawak Law de 1855, em que afirmava o princípio hoje o óbvio que "toda espécie chegou à existência coincidentemente tanto no tempo quanto no espaço com uma espécie aliada preexistente".

 

       Quais são as ‗semelhanças‘ entre a teoria da

evolução proposta por Wallace e Darwin. Na reunião da

Sociedade Linneana, em que realmente consistem, quais das duas apresentaram mais consistências científicas?

 

Sobre as polemicas das cartas de Wallace à Darwin (capitulo Cartas de Wallace). Independentemente das polemicas que as envolvem, em torno de Darwin, e das suspeitas que recaem sobre ele, ter ser apoderado das ideias de Wallace. Vamos ao quer é realmente objetivo, cientifico:

 

Os trabalhos de Wallace por ele apresentados

jamais estiveram sobre suspeição, e os apresentavam abertamente, e pela a grande admiração que tinha por Darwin (14 anos mais

velho que ele) , ao invés de mandar sua analises cientificas para as

revistas ou grupos científicos da época, os enviavam a Darwin, acreditava piamente nele, não só como cientista, mas como homem honroso, digno da sua absoluta confiança.

A carta com o manuscrito de Wallace foi

postado em Ternate em 9 de março de 1858. Nesse exato

momento em que Wallace postou sua carta com o ‗Ensaio sobre a tendência das variedades de se afastarem indefinidamente do tipo original‘. Aqui, ele marcou para sempre seu nome na historia da ‗biologia moderna‘, da historia cientifica.

Naquela época o registro de uma obra era feito

através das cartas enviadas entre os pesquisadores das áreas

cientificas, por publicações em revistas, ou em reuniões oficiais de grupos científicos. Assim, Wallace assina-la seu pioneirismo na publicação da teoria evolução, da seleção natural.

‗Semelhanças‘ em ciência, pode significar um

abismo entre as ditas partes ‗semelhantes‘, que é a diferença entre um asno e um cavalo pangaré. Cada acréscimo em uma teoria desenvolve milhares de fenômenos.

 

Agora, independentemente das polemicas

envolvendo as cartas de Wallace à Darwin, se Darwin. Vamos ao cerne da questão:

 

Como Lyell e Hooker puderam afirmar, na

introdução do trabalho conjunto, que Darwin e Wallace haviam chegado independentemente à mesma "teoria engenhosa para explicar a aparição e perpetuação de variedades e formas em nosso planeta", quando isso não era correto?

Ao receber o manuscrito de Wallace, Darwin

notificou seus amigos, Charles Lyell e Joseph Dalton Hooker

(1817-1811). Eles se encarregaram de apresentar essas contribuições aos membros da Sociedade Lineana de Londres e decidiram a ordem em que seriam apresentadas. 

Eram estas: um apontamento de Darwin,

supostamente escrito em 1839 e copiado depois em 1844; um

fragmento da carta que Darwin escreveu a Asa Gray em setembro de 1857; e o trabalho de Wallace  Sobre a tendência das

variedades de se afastarem indefinidamente do tipo

original (Darwin; Wallace, 1858), escrito em fevereiro de 1858, em Ternate, nas ilhas Molucas.

 

Desta forma, o ensaio de Wallace ficou no final. Darwin inseriu uma nota esclarecendo que o resumo do ensaio nunca fora escrito para ser publicado e que, portanto, não fora escrito cuidadosamente (o que pode ser notado na leitura).

Todavia, como assinala Beddal (1968), o conteúdo dessa nota não era totalmente correto, pois Darwin tinha uma cópia encadernada do mesmo ensaio, com instruções dirigidas a sua esposa para que fosse publicado no caso de sua morte prematura.

Depois da publicação dos resumos de Wallace e

do ensaio de Darwin, no Journal da Sociedade Lineana em 1858,

Darwin abandonou, em definitivo, a redação de seu big book on species, intitulado Natural Selection, e, nesse mesmo ano

começou a escrever febrilmente um novo livro, um resumo de seu big book on species, publicado em 1859, sob o título de Origin of Species

 

Por fim, ao analisarmos, pormenorizadamente e

em separado as contribuições de Wallace e Darwin, na publicação conjunta orquestrada por Hooker e Lyell, podemos observar que o ensaio de Wallace é consideravelmente mais bem escrito e

desenvolvido que os resumos de Darwin. Wallace, por exemplo, inicia dizendo que as variedades produzidas em estado de

domesticação são muito distintas daquelas que ocorrem em estado natural – uma total oposição ao ponto de vista de Darwin, que acreditava ser o processo de seleção artificial, promovido pela

domesticação, uma fiel analogia da seleção natural ocorrida na natureza. Para Wallace, as variedades domesticadas, quando abandonadas, têm uma tendência a reverter à forma normal de sua espécie antecessora.

Deste modo, Wallace rechaçou firmemente a

validez dessa analogia. Darwin, como tantos outros naturalistas, havia iniciado por uma consideração dos animais domésticos e por uma analogia com o estado natural; mas fez uma analogia dos resultados conhecidos da seleção de formas domésticas com possíveis resultados de uma força seletiva mais poderosa que ele propunha atuar na natureza.

Wallace também afirmou que "A vida dos

animais selvagens é uma luta pela existência" (Darwin; Wallace,

1858, p.54), ou seja, todos devem exercer suas faculdades e energias ao máximo para preservar sua própria existência e de sua prole. Dependendo do grau de êxito de uma espécie, seus

membros serão mais ou menos numerosos: "A proporção geral

que deve haver em certos grupos de animais é facilmente visível. 

Animais grandes não podem ser tão abundantes

como os pequenos; os carnívoros hão de ser menos numerosos que os herbívoros" (ibidem). Apesar da fecundidade, que

permitiria que cada espécie expandisse amplamente seu número, é evidente que a população animal do globo deve ser estacionária ou, talvez, pela influência do homem, decrescente (ibidem); é

claro que as flutuações se evidenciam por todas as partes. Depois

de um simples cálculo, baseado na fecundidade das aves, Wallace concluiu que "é evidente, portanto, que a cada ano um número

imenso de seres deve perecer – tantos, de fato, quantos nascem" (Wallace; Darwin, 1858, p.55), isso se a população permanecer em equilíbrio.

 

Em seguida, Wallace pondera:

 

O número dos que morrem anualmente deve ser

imenso, e como a existência individual de cada animal depende

dele mesmo, os que morrem devem ser os mais fracos – os muito jovens, os velhos e os enfermos –, posto que os que prolongam

sua existência devem ser os mais perfeitos em saúde e vigor – os mais aptos na obtenção regular de alimento e no evitar seus numerosos inimigos. É, como notamos, uma "luta pela existência", na qual o mais fraco e menos perfeitamente adaptado sempre deve sucumbir. (Darwin; Wallace, 1858, p.56-57).

 

Em fevereiro de 1858, o naturalista Alfred Russel Wallace encontrava-se na ilha de Gilolo capturando insetos para vender, quando uma doença o impediu de continuar trabalhando. O ofício de entomólogo financiava seu verdadeiro objetivo: levantar dados para fundamentar uma teoria sobre a origem das espécies, motivação que o conduzira da Inglaterra para a floresta amazônica e, naquele momento, para o arquipélago Molucas (região da Nova Guiné, Oceania). Durante o repouso forçado, ele pôs-se a refletir sobre a natureza viva e, subitamente, ocorreu-lhe uma intuição, assim descrita em recordações datadas de 1905:

Naqueles dias eu sofria de um ataque agudo de

febre intermitente; todo dia (durante os acessos de frio e posterior calor) tinha de repousar por algumas horas, tempo durante o qual nada tinha a fazer senão pensar sobre alguns assuntos que então me interessavam particularmente. Um dia algo fez-me recordar os Princípios de população, de Malthus, que eu havia lido doze anos antes; pensei em sua clara exposição dos 'impedimentos positivos ao aumento' – doença, acidentes, guerra e fome – que mantêm a população das raças selvagens tão abaixo da média das pessoas civilizadas. Então, ocorreu-me que essas causas (ou suas equivalentes) também estão continuamente agindo no caso dos animais e, como eles usualmente reproduzem-se muito mais rapidamente do que os humanos, a destruição anual devido a elas deve ser enorme para controlar a população de cada espécie (posto que os animais, evidentemente, não aumentam regularmente de ano para ano, pois de outra maneira o mundo de há muito teria sido densamente povoado pelos que procriam mais rapidamente). 

Pensando vagamente sobre a enorme e

constante destruição que isso implica, ocorreu-me formular a questão: por que alguns morrem e alguns vivem? E a resposta foi claramente que, no todo, o melhor adaptado vive. ... Então, subitamente me lampejou que esse processo auto-ativo necessariamente melhoraria a raça, porque a cada geração o inferior inevitavelmente seria destruído e o superior permaneceria – ou seja, o melhor adaptado sobreviveria. ... Quanto mais pensava nisso, mais ficava convencido de que eu havia finalmente descoberto a tão buscada lei da natureza que resolve o problema da origem das espécies. Durante a hora seguinte, pensei nas deficiências das teorias de Lamarck e do autor dos Vestígios, e vi que minha nova teoria suplementava essas visões e obviava todas as dificuldades importantes (Correspondence, 7, p. 512).

Estou muito contente devido a uma carta de Darwin, na qual ele diz que concorda com 'quase todas as palavras' do meu artigo. Ele está agora preparando seu grande trabalho sobre 'Espécies e Variedades', para o qual tem coletado material faz vinte anos. Ele pode salvar-me do problema de escrever mais sobre minha hipótese, ao provar que não há diferença na natureza entre a origem das espécies e a das variedades; ou pode trazer-me problemas se chegar a outras conclusões. Mas em todos os casos seus fatos dar-me-ão sobre o que trabalhar (Correspondence, 7, p. 107, n. 2). 

Até este ponto, os argumentos de Wallace e Darwin são notavelmente semelhantes. Porém, o seguinte passo lógico de Wallace, claramente, não tem um correspondente na

formulação prévia de Darwin (1844), nem tampouco o conceito – muito distinto – expressado em sua carta de 1857 a Asa Gray (1810-1888).

Segundo Wallace, a maioria das variações da

forma típica de uma espécie, ou talvez todas, devem ter algum

efeito definido – apesar de serem pequenas – sobre os hábitos e capacidades dos indivíduos. Igualmente uma mudança na cor pode, por deixá-los mais ou menos indistinguíveis, afetar sua

segurança (Wallace, Darwin, 1858, p.58). Também é evidente que

a maioria das mudanças afetará, favorável ou desfavoravelmente, as faculdades ligeiramente ampliadas para prolongar sua existência; essa variedade, inevitavelmente deve, com o tempo, adquirir superioridade numérica (ibidem). Então, em geral,

Todas as variedades se situam, portanto, em

duas classes – aquelas que, sob as mesmas condições, nunca

alcançarão a população de uma espécie parental, e aquelas que, com o tempo, obterão e manterão uma superioridade numérica.

Entretanto, se ocorre alguma alteração das condições físicas em um distrito ... é evidente que, de todos os indivíduos que formam a espécie, aqueles que formam o grupo menos numeroso e a

variedade mais deficientemente organizada serão os que sofrerão primeiro, e, se a pressão é severa, deverão extinguir-se logo.

(ibidem)

Se essa crise ambiental extrema é contínua, os

indivíduos da espécie antecessora também morrerão, diminuindo,

assim, a população típica da espécie ao ponto da extinção: "A variedade superior será, então, a única que restará e, com o

regresso das circunstâncias favoráveis, aumentará rapidamente de número e ocupará o lugar da espécie e da variedade extintas" (ibidem).

Darwin não havia explicado, no trabalho de

1844, como surgem as novas espécies; e igualmente sobre a formação de variedades na natureza havia dito simplesmente "Quem pode pretender afirmar que ela [a seleção natural] não produzirá algum efeito?".

Como Lyell e Hooker puderam afirmar, na

introdução do trabalho conjunto, que Wallace e Darwin haviam chegado independentemente à ‗mesma teoria engenhosa‘ para explicar a aparição e perpetuação de variedades e formas em nosso planeta, quando isso não era correto?

Em outra passagem da carta a Gray, Darwin

expôs sua ideia mais claramente: "Cada nova variedade ou

espécie, quando formada, geralmente tomará o lugar de, e assim exterminará seu antecessor menos adaptado" (Darwin; Wallace, 1858, p.51-52). 

A diferença entre os conceitos dos

dois infatigáveis naturalistas é evidente: Wallace postulou que a variedade superior se expande para ocupar o lugar da espécie

antecessora depois que essa população sucumbiu a alguma crise ambiental; Darwin postulou uma competição direta entre a

variedade superior e a população da espécie antecessora, terminando com a eliminação da população da espécie antecessora.

A teoria de Wallace, através do princípio de

divergência, teria a vantagem adicional de explicar outros

fenômenos. Esse termo, utilizado ao redor do ano de 1829, significava desvio de uma norma contínua ou padrão, e o registro fóssil deixava evidente a divergência das formas representativas posteriores comparadas com as anteriores, em cada grupo de organismos.

Já o princípio de divergência de Darwin não

ofereceu nenhuma explicação para a separação contínua. Não explicou a formação nem de linhagens nem de morfoespécies.

Darwin somente afirmou que "a variada prole de cada espécie intentará (e somente umas poucas conseguirão) ocupar tantos e tão diversos lugares na economia da natureza como sejam possíveis".

Esta conjectura contrariava a experiência de

Wallace que, depois de uma década estudando animais em campo, sabia que, apesar de as variedades ocuparem localidades

diferentes das da espécie antecessora, todas as diferenças que apresentavam eram ligeiras e que, em ambas, a variedade

e espécie típica ocupavam o mesmo lugar na economia da

natureza. A conjectura de Darwin só podia ser vista por Wallace como uma especulação de alguém que conhecia muito pouco da variação que ocorria na natureza (Brooks, 1984, p.211).

 

Darwin costumava repetir que ‗A natureza não

dar saltos‘, uma frase que vinha desde a antiga Grécia, ou seja, para Darwin mudanças desprendem muito tempo, longos períodos de tempos, o próprio amigo e defensor ferrenho de Darwin, Thomas Henry Huxleu, solicitou a Darwin para que ele revesse essa posição, mas era o seu dogma pessoal-cientifico, mas Wallace não se comportar a definições de tempo, apenas afirma, em suas observações iniciais sobre a evolução que:

...a ideia que concebo do progresso da vida

orgânica sobre o globo ... é que o tipo mais simples e mais

primitivo (sob uma lei à qual está subordinada a produção do semelhante) deu origem ao tipo seguinte acima dele e este

produziu o próximo tipo mais elevado – assim sucessivamente,

até o mais alto de todos; como os graus de avanço, em todos os

casos, sempre foram pequenos (a saber, apenas de uma espécie a outra), o fenômeno sempre possuiu um caráter simples e

modesto (apud Papavero& Bousquets, 1994, p. 20).

 

 

A ciência moderna evolutiva está cada vez mais

concluindo que a evolução pode se comportar de forma muito

mais rápida do que propunha Darwin, mas que, como analisado, não descaracteriza como Wallace propôs a evolução natural. No capitulo seguinte veremos como a seleção natural de Wallace

está de acordo com as ‗visões modernas‘ da evolução em teorias como, por exemplo, Evo devo, Epigética.

 

Por fim, se levarmos em conta as diferenças

existentes entre os trabalhos de Wallace e Darwin, que bem se podem notar nos escritos de ambos, Wallace poderia ter-se

perguntado se Lyell e Hooker compreenderam o que a teoria de cada um afirmava. Se houvessem realmente entendido,

certamente não teriam afirmado, na publicação conjunta, que as teorias de Wallace e Darwin eram as mesmas (Brooks, 1984,

p.211-212).

Muito se fala que Wallace havia sofrido

preconceito pelos os acadêmicos por não ter graduação, porém,

Charles Darwin também não era acadêmico, ambos eram autodidatas. Wallace teve que se afastar dos estudos acadêmicos por causa de questões financeiras, e Darwin, por opção. Então, será que a posição social de Darwin, de sua família e de seus contatos, influenciou na questão?

Darwin conseguiu uma pensão da rainha vitória

para Wallace, de cem libras ao ano, alguns autores anti- Darwin, diziam que isso era o que ele gastava com carne em um mês. E

que isso seria um ‗cala boca Sócrates‘ em Wallace, é o que dizem ‗as más línguas‘. Seja como for, Wallace era pai de três filhos, e como dizem, ‗um pai faz  (ou deixa de fazer) qualquer coisa por seus filhos‘.

Por fim condensando as seleções naturais de Wallace e Darwin, conforme os dados apresentados entre os trabalhos de ambos no decorrer de seus desenvolvimentos, elas são postas dessa forma:

 

A seleção natural proposta por Alfred Wallace,

afirma que o meio ambiente é ativo no processo evolutivo, que suas divisões conduzem distinções entre espécies, e que na luta

pela a existência entre os organismos atuam como selecionadores de caracteres perpetuando os mais aptos a sobreviver em um determinado espaço-tempo.

 

(Wallace não define uma medida definitiva de tempo)

 

A seleção natural proposta por Charles Darwin, afirma que na luta pela a sobrevivência entre os organismos, o ambiente atua selecionando os caracteres perpetuando os mais aptos a sobreviver em determinado local. 

 

(Para Darwin a evolução ocorre através de logos períodos de tempo, e de muitas gerações sucessivas)

 

Divergência Evolutiva -  Síntese moderna – Deriva Genética - Evo Devo  -  Epigenética  - Evolução paralela =  Seleção natural de Wallace.

 

 

No Rio Negro na Amazônia Wallace elabora

que a questão das barreiras físicas, que modificam as espécies,

começa a ser uma constantes em todos os seus trabalhos. É a base das ciências modernas que estão surgindo, estão ‗sempre‘ dentro

da seleção natural de Wallace no que concerne o impacto entre os organismos e ambientes. Como veremos no capitulo seguinte.

Wallace concebeu os grandes rios amazônicos

como barreiras insuperáveis à dispersão das espécies, ainda que não como uma barreira que houvesse dividido uma população ou biota ancestral em dois descendentes, os quais, com o tempo, haveriam se convertido em espécies distintas.                         Todavia, esse assunto nunca ficou fora de sua atenção, pois em um artigo sobre mariposas do vale amazônico, apresentado à Sociedade Entomológica de Londres em dezembro de 1853, Wallace argumentou que a diversidade desses insetos estaria diretamente relacionada a fronteiras físicas (Wallace, 1853a). Novas espécies poderiam originar-se quando uma espécie ancestral, vivendo originalmente em terras mais altas (como as que habitam planaltos e montanhas, por exemplo), se dispersasse por terras mais baixas (mais recentes do ponto de vista geológico); as populações das terras mais baixas seriam modificadas pela influência dos novos habitats, gerando variedades e, finalmente, novas espécies. Os dados obtidos sobre a distribuição das mariposas apontar nessa direção.

Em sua obra Viagens pelos rios Amazonas e Negro (1972), Wallace apresentou uma visão geral da geografia e geologia, vegetação, zoologia e antropologia da região amazônica. Uma das questões mais pertinentes desse livro encontra-se nos capítulos sobre as características gerais da história geológica da bacia amazônica e, consequentemente, dos padrões de distribuição de populações de espécies de terras altas que geraram as espécies das terras baixas, em certos grupos de animais (Wallace, 1853b, p.425-427; 1889, p.294-296).

Primeiramente Wallace visa processos evolutivos seletivos vindos de barreiras físicas entre as espécies, a seguir prova a sua seleção natural, pela formação de novas espécies de mariposas.

 

__Finalmente, em 1855, Wallace decidiu

publicar sua Lei que regula a introdução de novas espécies (1885b).  Texto completo no Capitulo Wallace e as mariposas.

Um caso posterior confirmou, mais uma vez,

sua teoria. Em 1857, ao desembarcar nas ilhas Aru, teve a possibilidade de coletar três exemplares (um macho e duas fêmeas de uma nova forma relacionada com a Ornithoptera priamus. Esta nova forma nativa de Aru era exatamente intermédia entre o O. priamus de Amboina (nas ilhas Molucas) e o O. poseidon de Nova Guiné. Efetivamente, O. priamus tem quatro manchas negras na asa posterior, e a asa anterior não apresenta uma veia longitudinal central verde; O. poseidon tem duas manchas negras na asa posterior e uma veia longitudinal central verde na asa anterior: a nova forma descoberta por Wallace em Aru tinha três manchas negras na asa posterior, e a veia verde da asa anterior tem um comprimento exatamente intermediário entre O. poseidon e O. priamus.

Ali estava, de maneira clara, segundo Wallace,

o processo de formação de espécies, com toda a sua evidência. Uma espécie antecessora havia ocupado completamente a área então ocupada por essas três formas, que se haviam diferenciado em populações localizadas, por influência do ambiente. Contudo, a forma intermediária (das ilhas Aru) existia. 

Se desaparecesse a forma encontrada em Aru, O. priamus e O.poseidon permaneceriam como espécies isoladas e separadas, tal como Wallace havia proposto para tantos e tão diversos grupos zoológicos.

 

A seleção natural proposta por Alfred Wallace,

afirma que o meio ambiente é ativo no processo evolutivo, e suas divisões conduzem distinções entre as mesmas espécies, e a luta

pela a existência entre os organismos atuam como selecionadores de caracteres perpetuando os mais aptos a sobreviver em um determinado espaço-tempo.

Em genética chamamos de ‗restrição do fluxo

gênico‘, quando duas populações paralelas interrompem seu fluxo genético em função de uma barreira física.

Dessa forma temos o que chamamos de

‗restrição de fluxo gênico‘, entre dois grupos da mesma espécie em duas populações separadas, e o fluxo genético em função de uma barreira física. Cientistas sabem que vários exemplos de espécies de um lado do ritmo do Panamá possuem parentes

muitos próximos, são espécies irmãs do outro lado da barreira.

Essas espécies próximas têm até nomenclatura

especial, são chamadas de espécies genidas, da mesma raiz da palavra latina gemine que significa gêmeas.

Quando o Oceano a milhões de anos atrás, ficou

raso o suficiente para permitir que um trecho completo de terra firme, separando as aguas do Oceano pacifica ao Oeste, e

aterrando o mar do Caribe ao Leste, as espécies de organismos

marinhos que se espalharam para os dois lados dos ritmos, havia uma barreira física que os impediu das espécies terem acesso

umas as outras. Agora tínhamos superpopulações das mesmas espécies separadas por uma barreira física entre elas.

Às vezes as barreiras ambientais que ficam de

cada lado da barreira ficam ligeiramente diferentes, criando forças seletivas diferentes, para cada uma das populações, o que leva a

aumenta as diferenças entre as populações ao longo do tempo. Ao

algum ponto as populações passam a divergir entre si, ao ponto de se serem reconhecidas como duas espécies diferentes.

A Divergência Evolutiva é crucial para entender

como a evolução acontece, e como novas espécies são formadas,

especiação, a divisão de uma espécie em duas espécies diferentes

 

Genótipos iguais gerando fenótipos diferentes,

por exemplo, dependendo do ambiente, se há muitos

competidores, gerinos tendem a apresentar um corpo mais robusto, na falta destes, um corpo menos robusto.

O mesmo fenótipo conforme contextos

ecológicos diferentes, e deixando as populações isoladas por

muito tempo o mesmo genótipo, elas acabam acumulando adaptações genéticas que faz com que sua capacidade plástica seja reduzida.

E se deixarmos essas populações isoladas por

muito tempo, mesmo que ela tem o mesmo genótipo, elas acabam por acumular modificações genéticas, que faz com que aquela

plasticidade genótipa seja reduzida, e aquilo que surgiu se torne uma característica intrínseca das populações, teremos uma

especiação causada por um processo de plasticidade fenótipa, que a síntese moderna da evolução não alcança.

 

 

 

 

 

Epigenética

 

 

                               A Epigética é uma mistura da seleção natural wallaciana com lamarckismo: 

 

 

Fenótipo, as informações são contidas na cadeia

do DNA, que faz com que algumas zonas se fechem e nãos e

possa ler, ou se abrem e se possa ler mais facilmente, elas ativam e desativam os genes, e o importante dessas informações, que o fato de retirar ou postar informações, é o condicionamento para

fatores ambientais, por exemplo, alimentação, o clima, pode fazer com que determinada características que estavam na informação

do DNA, mas que não se mostravam no interior, em determinado

momento apareça, porque algo no ambiente os ativa, e que isso

passa para gerações futuras, não somente no organismo que sofreu a mudança ambiental, mas que passa para seus descendentes, filhos, netos...

 

Só basta Retirar um determinado organismo

para outro ambiente, para ele começar a expressar determinados genes benéficos a ele naquele novo ambiente, isso é Epigética,

isso não é uma influencia de uma mutação, isso é uma adaptação, flexibilidade genômica, que o próprio individuo já possui, que está programado em si mesmo.

 

__Os filhos mesmo que tenham o mesmo

genoma do pai, se eles estão num ambiente onde os pais sofreram modificação epigenética, os filhos vão herdar essa modificação,

que pode durar algumas gerações, dependendo da espécie, ou do gene do individuo, ou se tornar constante.

Wallace na seleção natural disse que os

ambientes podem mudam os indivíduos, de ambiente para

ambiente, porém a Epigenética, soma a isso questões culturais a essas modificações, a seleção Biométrica visa explica como se

sucede essa modificação em junção do organismo com a cultura inserida em seus contextos e ambientes. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

‘A seleção natural é uma lei Universal’

 

 

A seleção natural proposta por Alfred Wallace,

afirma que o meio ambiente é ativo no processo evolutivo, e suas divisões conduzem distinções entre as mesmas espécies, e a luta

pela a existência entre os organismos atuam como selecionadores de caracteres perpetuando os mais aptos a sobreviver em um determinado espaço-tempo.

 

Quando você lê a lei da seleção natural escrita,

condensada dessa forma, ela esta dentro de uma visão ‗Universal biológica‘. A partir dessa premissa todo e qualquer biólogo pode fundamentar sua analise cientifica a utilizando. E ela pode ser aplicada na Vida como um todo, até mesmo no espaço sideral.

É por isso que Darwin, tendo por base essa lei,

escreverá rapidamente 40 páginas sobre evolução que apresentará na Reunião da Sociedade Lineana em 1858, em conjunto com o

Wallace que selecionou as bases da evolução e da seleção natural.

Hoje a lei da seleção natural é aplicada em muitos ramos da ciência biológica, coisas que Wallace e Darwin jamais

imaginariam na época, mas de qualquer forma, elas sempre

estiveram ali. E Darwin, reunirá mais dados para provar essa ‗lei da seleção natural‘, um ano depois, em 1859. Em seu livro ‗Origem das Espécies‘, porem, nas edições posteriores, críticos de

Darwin afirmam que ele se tornou a cada nova edição mais lamarckiniano.

 

A polêmica em torno da evolução está longe de

acabar. Para os cientistas, isso não é uma má notícia: discussões são sempre muito úteis para estimular o conhecimento e forçar um maior rigor nas pesquisas. Apesar de tanto embates, o que não dá para negar é o gênio de Wallace. Depois de tantos ataques e emendas, sua teoria se manteve firme nos calcanhares por mais um século. 

Vejamos alguns exemplos modernos da seleção

natural de Wallace, em relação às mudanças ambientais, alterarem os ‗mesmos‘ organismos, quando separados em ambientes diferentes.

As características do pássaro felosa troquilóide

mudam gradualmente à medida que ele se espalha pela Ásia. No norte do continente, duas variações da espécie não conseguem se reproduzir e podem ser considerados membros de espécies diferentes. A forma como essas espécies se diferenciaram reproduz o modelo de evolução gradual previsto por Wallace, no caso das mariposas Amazônicas e Malaias a ,a separação ambiental e a luta pela sobrevivência entre as espécies as modificam, sobrevivendo o ‗mais apto‘.

Salmões introduzidos em um rio nos Estados Unidos há 60 anos estão prestes a se dividir em duas espécies. A descoberta mostra que a evolução nem sempre ocorre de maneira lenta, como Darwin previa, mas dentro das especificações de Wallace, em relação como ela transcorre (caso das mariposas do vale amazônico-arquipélago Malaio).

Pesquisas recentes mostram que, em alguns

casos, as espécies podem evoluir ainda mais rápido do que Gould e Eldredge imaginaram. Um estudo divulgado em outubro do ano passado apresentou evidências de que uma espécie de salmão chegou quase ao isolamento reprodutivo em cerca de 60 anos. 

Durante a década de 1930, esse peixe foi

introduzido em um hábitat no noroeste dos Estados Unidos composto de um rio e uma praia fluvial. Alguns animais se especializaram em viver na correnteza e desenvolveram características distintas daqueles que habitavam as águas calmas da praia. 

Hoje em dia, os peixes de uma população

dificilmente se reproduzem com os da outra e, caso isso ocorra, os descendentes têm poucas chances de sobreviver. ―Ainda não se pode dizer que são duas espécies diferentes, mas esse caso é um modelo de como surgem novas linhagens‖, afirma Andrew Hendry, da Universidade de Massachusetts, Estados Unidos, o autor do estudo.

É possível também que a evolução combine a

seleção natural de Wallace, com outras leis da natureza. É o que indicam novos estudos das ciências da complexidade. Essa linha de pesquisa parte do princípio de que alguns sistemas possuem tendências que não podem ser explicadas pelas características de suas partes. Por exemplo, não é possível prever a direção de uma avalanche se conhecer apenas as características dos flocos de neve, assim como não se pode partir apenas da psicologia de cada torcedor para entender o comportamento de uma torcida de futebol. É o sistema como um todo, em sua complexidade, que deve ser analisado (Seleção Biométrica)

 

 

 

 

 

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Origem Da Evolução Biométrica

 

 

 

 Quando garoto, lembro que no colégio me

ensinaram que os animais eram irracionais, mas eu sempre gostei de bicho, então observei que, quando chamava meu cachorro, ou meu gato... Eles viam em minha direção, ficava pensando que de alguma forma, eles sabiam que eu estava a chamar por eles, tinha também as brincadeiras. Pensava tem algo errado.

 

Anos depois vou definir a Evolução Biométrica,

defendendo que, os seres vivos possuem vários níveis de inteligências e emoções, só havia diferenciado de graus, do homem até chimpanzé, do chimpanzé até o golfinho, o corvo... Até mesmos seres como lesmas tem inteligência, porem, ínfimas,  mecânica-instintiva.

 

A vida se fez quando a energia deu o salto na

massa abiótica (sem vida), fazendo com que está passasse a ter auto movimento, vontade, instinto, emoções, pensamentos: massa-bio, massa-viva.

Como a Evolução Biométrica, é a quebra das

barreiras entre a biologia e a física, astrofísica, física quântica... Você não pensa mais como a matéria abiótica (sem vida) deu um salto para a vida,  que é a evolução de Wallace-Darwin, mas, quando a energia transformou-se em bio-massa.

Até hoje ela (energia - e suas forças)  continua

sua jornada. Em cada um de nós, o mais 'abstrato' dos seres.

 

 

E disse a Energia (fisioquímica): Haja Vontade: e Houve Vida.

 

 

                            Para Evolução Biométrica, a evolução Humana não foi gradual, como proposto pela a evolução darwiniana, mas expansiva biométrica. Ou seja, o homo habilis, o Neandertal, e o homo sapiens são os ‗mesmos‖, essa variações corporais se deram no decorrer dos milênios, através da seleção Biométrica, através dos processos fisioquímicos por onde os grupos iniciais de homo habilis sapiens, se espalharam pelas várias Regiões do continente. E conforme os grupos de famílias desse gênero se diversificou, e se espalharam pela a Terra.  O homo Neandertal, é um filho dos  habilis sapiens, mais robusto, mais adaptável a Regiões frias. 

 

                          Para a Evolução Biométrica, não há dúvida que o principal fenômeno de sobrevivência humana, vem do campo

abstrato, a imaginação, a capacidade de identificação geométrica, simetria, identificação de sequencias na natureza, o trouxeram até aqui, e ao espaço sideral.

                              A partir do homo habilis sapiens, o homem conquistará o Mundo, conquistará o espaço sideral.  Na verdade podemos chamar o homo habilis, de homo habilis sapiens, o homo de Neandertal, já é um homo sapiens, já possuíam 'alta' cultura, inclusive eram religiosos, como estudos recentes apontam.

 

 

Evolução  – Biométrica - Humana

 

 

 

No colégio observando a figura de um Neandertal e do homo sapiens, disse para um amigo, apontando para o desenho: ‗esse cara (neandertal), viveu na mesma época

que esse,  não é a sequencia desse (sapiens)., intui. Na época era apenas um garoto curioso e intuitivo, mas de qualquer maneira

isso ficou na minha memória, até uma matéria que afirmava o que tinha dito, achei aquilo interessante, de qualquer forma eu estava

certo. Continuei minhas pesquisas, e agora venho dizer que ele não só viveu com o homo sapiens, como ele era um homo sapiens, não só ele, mas o homo erectus, e até mesmo o homo habillis...  Vamos analisar.

 

Lembro como se fosse hoje, quando disse para a

professora em relação a lei da inércia, ‗Professora, não existe a ‗inércia‘, as coisas parecem paradas, mas não estão, o seu computador em cima da mesa não está parado. Porque ele está

sobre a mesa que esta sobre o solo, e o solo se move, só que um movimento mínimo‘, a ideia me veio das aulas sobre geografia, das placas tectônicas, que se movem, e do núcleo dinâmico da Terra. Essa professora realmente ficou em ‗inércia‘, ali parada olhando-me com grande admiração e espanto. Jamais esquecerei,

acho que ela também não, esse momento. Precisa contar isso aqui, porque não contei no Ciensofia, que é dedicado mais a questões da física clássica e moderna. Voltemos a Biologia.

A evolução humana foi iniciada há pelo

menos seis milhões de anos. Nesse período, uma população de primatas do noroeste da África se dividiu em duas linhagens. O primeiro grupo permaneceu no ambiente da floresta tropical. E originou os Chimpanzés. O segundo grupo se adaptou a ambientes mais abertos, como nas savanas africanas, dando origem ao Homo Sapiens. Por isso, o continente africano é chamado de O Berço da Humanidade. Texto do grande cientista paleontólogo descobridor do fóssil Luzia, Walter Neves. Com minhas respostas sequenciais conforme minha seleção Biométrica.

A extinção da maioria dos astralopitecus

possibilitou o surgimento de uma nova linhagem: O Homo Sapiens, que se destaca o desenvolvimento do sistema nervoso e da inteligência, além disso, apresentava evoluções adaptativas evolutivas, como o bipedismo.

 

O Homo Erectus, Homo Ergaster, lhe deu (ao Homo Sapiens) origem a várias linhagens entre elas a dos Neanderthalensis.

 

O grupo dos Neanderthalensis, conviveu

com os primeiros dos Homo sapiens, este último que teria surgido na África, entre duzentos e cento e cinquenta mil anos atrás, à partir da linhagem do Homo Ergaster. O homo Heidelbergensis, é o último ancestral comum, entre as duas linhagens de homininios.

O Homo de Heidelbergensis, é a última

espécie da qual, na África, surgiria o Homo Sapiens, e na Europa, o Homo de Neanderthalensis, ele é o último ancestral comum de homininios.

 

O Homo Erectus será o conquistador do Mundo Antigo chegando na parte oriental, e asiática, mas não fora encontrado, ainda, nenhum registro dele na Europa.  Foi o primeiro a sair da África, a domesticar o fogo, a assar e cozinha seu alimento. Mas hoje o homo Ergaster, é considerado o próprio homo Erectus.

 

Lucy

 

Os dados dos fosseis de esqueletos são

muitos difíceis de encontra-los de forma inteira, como aconteceu com a Lucy, e o garoto de Tocasna: achamos um crâneo de Homo Habbiles, e a uns quinhentos metros de distancia dele, um fêmulo, um tronco, ou um numero.  Dai, assumisse que o crâneo que foi encontrado e um fêmulo, que estão no mesmo estrato geológico são do mesmo homininio. Isso é arriscar, mas, e se existiu duas ou três espécies vivendo contemporâneas, na mesma região. E é muito difícil associar o pós crâneo com o crâneo homininio.

Hoje o quadro se modificou demais para

associar a capacidade de fabricação de ferramentas  para definir o Homo Sapiens, ou para definir o inicio do nosso gênero, porque já encontramos ferramentas na Etiópia, com 2, 6 milhões de anos atrás. E recentemente foi descoberta uma nova indústria de pedra lascada no Quênia. Hoje sabemos que os hominios passaram a fabricar instrumentos de pedra lascada, por volta de três (3) milhões de anos atrás, precedendo e muito o surgimento do Homo Habillis. Assim, não podemos associar a indústria de pedra lascada ao gênero Homo.

Os poucos materiais fosseis encontrados

sobre o Homo Habillis, mostra que ele ainda possuía uma bipedia facultativa (usando mãos-pés), ou seja, não dar para usar como critério para definir a origem do gênero homo sapiens, que é a bipedia absolutamente terrestre. Alguns autores, principalmente  o autor Bernard John Wood (1945USA), dizia que só e poderia classificar o gênero Homo, somente, pela sua bipedia terrestre.

 

Não necessariamente, podem ter adquirido

varias formas de caminhar, até atingir a bipedia absolutamente terrestre, como no caso do Homo Habillis, assim, já podemos classifica-lo como um membro dos Homo sapiens, pois já possuíam apurada capacidade cognitiva para fabricar ferramentas... Edson Exs – Seleção Biométrica.

 

Até os anos setenta (70), acreditava-se que a

evolução humana não ultrapassava 2,5 milhões de anos, então, a descoberta do austrolopitecus Alforensis, recuou a historia da evolução humana em cerca de um milhão de anos. A Lucy, foi encontrada com quarenta por cento do seu fóssil preservado.

Quando Lucy foi encontrada, para a surpresa

geral, é que ela ainda tinha um tipo de bipedismo, muito parecido com o nosso, isso recuou o bipedismo para cerca de 3 milhões de anos. O fóssil do alforensis, já tem a fase mais retraída para dentro, mais próximo da nossa face. Porem, sua locomoção, ainda era característica era de uma bipedia cambaleante, de braços alongados, pernas curtas, mãos e pés curvos.

Precisamos encontrar muitos outros fosseis

da ‗linhagem‘ da Lucy, para termos uma visão ampla sobre esse grupo de homininios. Edson Exs – Seleção Biométrica.

 

A evolução humana darwiniana consistia em

comparar os dados fisiológicos entre o monos (Chimpanzé, gorilas e orangotangos), com os do homo sapiens. Isso fez com que associamos que lá atrás, havia um ancestral comum entre nós e os chimpanzés.

Ao usar o chimpanzé como um representante

desse ancestral comum, isso demostrou-se uma falácia, um erro gravíssimo. Mesmo que tenhamos uma identidade genética de noventa e nove (9) por cento, com os chimpanzés, nós que partimos de um ancestral comum de sete (7) milhões de anos, provavelmente, na África.

 

É impressionante o poder da Evolução

Biométrica, a diferença de 1(um) % por cento na genética entre chimpanzés e humanos, fez com que os chimpanzés vivam até hoje nas savanas africanas comendo frutas, e nós alcançamos  ao espaço. A mínima variação biométrica muda um Universo. Edson Exs – Seleção Biométrica.

Nós, evoluímos desse ancestral comum a

sete (7) milhões de anos, mas também não podemos esquecer

que, os chimpanzés, também, evoluíram a sete (7)  milhões de anos atrás, a partir de um ancestral comum de sua própria espécie usar o chimpanzé como modelo desse ancestral comum, não corresponde a realidade dos dados históricos atuais: por um lado veio a linhagem dos chimpanzés, e por outro lado, a linhagem homo, que se definiu pela locomoção adotada pela a bipedia (em pé), e dos monos, pela a nodopedia.

 

A morfologia humana revela-se

extremamente ‗transmorfa‘, capaz de variar através dos processos biométricos ambientais, através do ‗uso e desuso‘, de suas capacidades psicorganicas, infrasensibilidades, alimentícias. Por exemplo, a Seleção Biométrica através desses caráteres vai diferenciar o Homo Sapiens Neanderthal, do Homo Sapiens, em suas estruturas psicorganicas. 

 

O Homo Sapiens Neanderthal se estabeleceu

em regiões frias, o que clareou sua pele, seu corpo robusto foi derivado de suas longas temporadas de caça, que lhe exigiam grandes esforços, sua alimentação rica em fibras e gorduras, e também frutas, em consonância com a biométrica ambiental, gerou as vitaminas necessárias ao seu tipo de desenvolvimento. Aumentando sua capacidade cognitiva, ao ponto de criar cultura avançada (como propõem os estudos atuais), incluindo aumentando sua sensibilidade biométrica sobre o mundo, ao ponto de perceber ‗ordem‘ nele, assim, tornando-se religioso. 

Homo sapiens Neandertal, foi o primeiro

‗halterofilista‘ da historia humana. Quando observamos os homens robustos hoje, observa-se que suas barras supra orbitais são mais salientes, ‗como‘ nos Neandertais. E se o encontrássemos no passado, os julgaríamos como os ‗irmãos maiores dos Neandertais‘.

A religião foi uma grande evolução no

gênero sapiens, inicialmente, era sua busca por sentido no Mundo, tinha praticamente uma perspectiva ‗cientifica‘, porém, uma grande parte dos homo sapiens no futuro (hoje, e alguns milênios atrás), não entenderam a mensagem, ainda estão no ‗culto (antigo) neandertalenses‘. 

A ciência avançou, tudo que está em tua

volta é ciência, da simples (sandálias, roupas, bolachas...), a complexa (carros, celulares, satélites...), renega-la é um erro para a própria sobrevivência do gênero humano.. .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mito Da Imagem Famosa Da Evolução Humana, Baseada No Gradualismo Darwiniano.

 

 

 

Somos influenciados pela uma imagem que

ocupa o imaginário popular, por culpa dos cientistas, que é aquela figurinha estampadas em camisetas, e nos livros didáticos espalhados pelo o mundo, do macaco quadrupede, que vai ficando bípede, até chegar a nós, é falácia pura, um desserviço a ciência, porque ela não corresponde a realidade.

 

                Para começar, o verdadeiro nome da ilustração é Estrada até o Homo Sapiens e sua versão original conta com 15 integrantes, não apenas seis. A imagem foi criada pelo artista russo Rudolph Zallinger para ilustrar as ideias do antropólogo norte-americano Francis Clark Howell em um dos 25 volumes da coleção literária Life Nature Library.

 

                      Na obra, Howell não usa a imagem com intuito de mostrar que os seres humanos evoluíram a partir de macacos e nem queria colocar o Homo sapiens como "a versão final" de uma longa linha evolucionária. Ao contrário: no texto do livro, o antropólogo evidencia sua crença de que as espécies compõem uma "árvore da vida".

 

Além disso, em sua versão original, a ilustração é apresentada com explicações adicionais sobre cada um de seus integrantes, o que facilita sua interpretação correta. Nessas anotações, inclusive, Howell explica que alguns primatas ali ilustrados nem mesmo estão na linhagem direta de antepassados dos Homo Sapiens.

 

Desde Darwin (1880), até o inicio dos anos 60, principalmente o inicio dos anos 70, as características físicas entre chimpanzés, gorilas e orangotangos, junto com a capacidade de fabricar ferramentas de pedra, que tudo isso evoluir ao mesmo tempo, e que sempre existiu no planeta uma espécie de homininio de cada vez, através do gradualismo, dai a figura fictícia populesca do quadrupede, ficando ereto, até nós.

 

Para a evolução biometricista,

principalmente a parti do Homo habillis, e suas variações ambientais biométricas, se diversificaram no decorrer dos milênios até surgir os homo sapiens Erectus, o Homo sapiens Neanderthal, o Homo Sapiens. O próprio Homo Habillis já pode ser cooptado como o primeiro Homo sapiens Habillis. São todos da mesma espécie, se reproduziram entre si (neandertais-sapiens-denisovarianos), e há capacidades cognitivas em ambos..

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ERRO DO GRADUALISMO DARWINIANO. 

 

 

É um mito dizer que as coisas vão evoluídas

tudo ao mesmo tempo, no padrão: 

 

Bípede + canino menor + face curta +

cérebro maior + ferramentas = Homo Sapiens.

 

Isso está completamente equivocado, temos

bípede de sete milhões de anos, ainda com uma capacidade craneana menor, inclusive menor do que a do que próprio chimpanzé tem uma redução de canino, e encurtamento da face, e em determinados momentos posteriores esses a face passa a ser projetada como nos monos, os grandes cérebros, apesar de nossa linhagem de sete (7) milhões de anos, os grandes cérebros apareceram tardiamente, vão aparecer por volta de dois (2) milhões de anos, e isso fazendo muita concessão, e a fabricação de ferramentas, antecede os cérebros grandes

 

‗Um corpo que tiver mais massa-energia

concentrada atrairá mais do que tem massa maior, porém, com menos energia concentrada‘.  Edson Exs – Ciensofia l.

 

Ou seja, o cérebro do homo sapiens habillis,

mesmo sendo menor pode ter adquirido grande capacidade neural, cognitiva. Peguemos por exemplo, o corvo, é considerada a ave mais inteligente das aves (e um dos mais inteligentes do reino animal), e tem um cérebro bem pequeno (ao contrario do golfinho que tem um cérebro grande), porem, os estudos recentes sobre essas magnificas aves (os corvos), os cientistas estão concluindo que elas possuem até mesmo intuição, infra sensilidade. Edson Exs  -  Seleção Biométrica.

 

O que se discute hoje é que, quando

surgiram as primeiras ferramentas, há um consenso, cravado, cravado, que elas surgiram por volta de 2, 6 milhões de anos atrás. Descobertas recentes no Quênia talvez retrocedam para 3,3 milhões de anos atrás. As ferramentas surgiram quando ainda tínhamos o cérebro pequeno, não foi necessário  um aumento significativo do cérebro, para começarmos a produzir instrumentos de pedra lascada.

Isso se chama evolução em mosaico, não

linear, gradual como proposto por Darwin.

 

Há evolução biométrica segue várias linhas,

se for preciso ela até ‗retrocede‘ para manter a sobrevivência das espécies. Edson Exs  -  Seleção Biométrica.

 

A ideia que sempre houve uma espécie de

homininio vivendo no planeta, como somos hoje, se retrocedermos míseros trinta (30) mil anos atrás, tinham quatro ou cinco espécies de homininios que viviam na Terra: Homo Sapiens, Homo Neanderthalisensis, Homo Denisorano, Homo Erectus e Homo Floremsensis.

A partir de 4 milhões, há várias espécies de

homininios vivendo em paralelo na Terra.

Nada foi mais ‗cientifico‘ para a espécie

humana, do que a fabricação das ferramentas do homo sapiens habillis, porque ela criará centenas de novas perspectivas para a mente, e novas formas mais avançadas de sobrevivência (como na caça, por exemplo), as ferramentas habillis são a nossa primeira tecnologia avançada, a partir dessas ferramentas chegaremos ao espaço.

 

A domesticação dos animais foi um grande

avanço para os homininios, para ele ‗humanizar‘ mais a natureza, e sair do estado de medo constante em que ele vivia com ela, e isso trará também novos evoluções bio-emocionais para os hominios, até ir passando para grupos mais fechados, até chegar aquilo que ficara caracterizado como ‗família‘, chegando a agropecuária, dando novas utilidades para as ‗ferramentas habillis‘. Até chegamos a ‗conquista‘ espacial.

 

Provavelmente a 300 mil anos atrás, no Marrocos, você encontraria humanos semelhantes a nós. É o que afirma artigo publicado no Nature.

A diferença mais marcante estaria no perfil,

revelando um crâneo mais baixo e alongado. Tudo indica que o homo sapiens estaria presente no Norte da África pelo menos a 100 mil anos atrás do eu se pensava, a datação de três fosseis adultos, um adolescente, e de uma criança de 8 anos de idade, e dos artefatos a eles associados, indica que o homo sapiens estaria a pelo menos 100 mil anos antes do que se pensava.

Até agora os três conjuntos de fosseis mais

antigos de homo sapiens eram oriundos do leste da África Subaariana. O mais velho deles, do sitio de Omo Kibirhina Etiópia, tinha idade máxima de 195 mil anos atrás. As consequências do novo achado para a evolução humana são grandes.

O aspecto surpreendente desses fosseis é a

disparidade entre as partes de seus crâneos, que o autor francês descreveu como uma combinação inusitada de traços avançados (o rosto e a dentição) e arcaicos. ―É um retrato mais complexo da evolução humana evoluindo a taxas distintas. O formato do cérebro, portanto, teria se alterado ao longo das evoluções mais recentes do homem moderno, tornando se mais globular e com mudanças nas proporções. O cerebelo, por exemplo, teria crescido‖. 

Disse Jean-Jacques Hublir, paleoantropologo

francês do Instituto Plack, na Alemanha, sobre o achado dos fosseis dos homo sapiens encontrados no sitio Jebel Irhoud, no Marrocos (2017).

 

 

Quando já havia ‗finalizado‘ o meu trabalho

para esse capitulo sobre a Evolução Biométrica, quando esse artigo me saltou a cara na internet. Ele apenas reforça minha teoria que os homininios eram todos homo sapiens, apenas separados por questões psicorganicas estruturais, suas formas e modos de sobrevivência e ambientes. Como explicado acima, e no decorrer do estudo abaixo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BASES BIOMÉTRICAS

 

 

 

           Edson Exs

 

 

 

 

1

 

Para a seleção biométrica o meio fisioquímico é

ativo no processo evolutivo, suas divisões conduzem distinções

entre espécies, ambiente-organismo são inter-dependentes, que na luta pela a existência dos ambientes-organismos, seleciona,

desprende caracteres perpetuando o ambiente e organismo mais biometricamente apto a sobreviver em um determinado espaçotempo.

 

                                                    2


3

A evolução humana cultural e a genética, se

fundem, em dados momentos, e separam-se em outros, a psicologia e a cultura são a natureza transformada, e se transformando.

                   4


 

                  5

Quando o gene se adaptar a um paradigma

cultural, e quando se sente rivalizado por outro ‗gene cultural‘, reage, ameaça o outro. Pois não quer mais desprender mais energia com outro paradigma, qual terá que desprender energias, ou sente que está ameaçado em sua própria existência (de onde surge a base do preconceito ‗racial‘, ideológico religioso, por exemplos).

 

                  6

Os pássaros que voam em bandos dentro de

um campo simétrico, utilizam a força cinética dos movimentos do grupo para se proteger, e conservar energia.

 

                  7

A separação inteligencia-emoçao entre

humanos e outros seres vivos está apenas nos graus de inteligências e emoções que cada um deles sente.

 

                 8

Principalmente a biométrica humana, se

desenvolveu mais rapidamente, por causa de sua estrutura corpórea, que se tornou mais ‗transmorfa‘ que a das outras espécies, e o fator alimentação e movimentação, o desenvolveu cada vez mais, no decorrer  dos milênios. O ‗uso e desuso‘ de suas capacidades psiorganicas, foram primordiais para sua sobrevivência ou extinção (Erectus, neandertal), nisso a linhagem dos homo sapiens se sobressaiu, em relação aos outros grupos, que são hoje apenas ‗imagens da história‘.          

                            Porem, os seres micro biométricos estão mais diretamente expostos aos fenômenos fisioquímicos, por isso em seu reino há muito mais variações, recombinações e mutações, do que as do plano macro biométrico.

 

                  9

Os seres vivos com os metabolismos mais

‗flexíveis‘, que possuem mais variabilidades de absorção (alimentícia, fisioquímica...), são os mais biometricamente aptos a sobreviver.

                 10

As mutações combinadas com os processos

biométricos (fisioquímicos) genéticos no momento do nascimento aumentam as variações, e dá origem a evolução: os bens adaptáveis ao seu ambiente biométrico melhoram suas chances de sobrevivência e produção, de forma que ela vai passar esses genes para as gerações futuras.

 

                11

A Teia da Vida pode ser tornar bastante

obscura, nas ilhas Galápagos, existe um dos ‗Tentilhões de Darwin‘, que inseriu ao seu cardápio sangue de outras aves, tornaram-se vampiras, tanto bebem sangue de outras aves que estejam com algum tipo de sangramento, como dos cadáveres dessas. Nessa seleção obscura tem um tipo de porco que suas presas crescem tanto que podem mata-los quando crescem em direção a sua cabeça, como acabam por varar pelas as extremidades de sua boca.

 

                                                   12

 

A In-certeza da Natureza – seleção oscilar

 

A Natureza é um pendulo que oscila entre a certeza e incerteza, constantes e inconstantes, e esses padrões são universais, fazem parte do intrínseco e do extrínseco dos fenômenos naturais e físicos:

Quando uma cobra choacalha o seu choacalho, ela está em cinco campos... bases possível da seleção oscilar Biométrica. 

 

1 – ela pode afastar um possível predador. 2 – ela pode atrair um possível predador. 3 – afastar uma possível pressa. 5 – atrair uma pressa curiosa... 5 – como não ocorrer nenhuma dessas

possibilidades. . Mas, a certeza nas incertezas, acabará por se revelar em um dado momento, e em relação aos outros processos dos outros processos.

 

13

‗Não existe uma Seleção Natural‘, mas Seleções Biométricas  , porque para cada organismo sobreviver, um emaranhado de causas unem para forma-lo, separam-se para dissolvê-lo.

 

14

Quando um rato fica engatado em um buraco, e ali morre, ele tornou-se vitima da biométrica por ele mal calculada.

 

15

 

Os animais mutualistas (formigas, búfalos...) são o que tendem a sobreviver mais, se reproduzirem mais, do que os animais individualistas (tigres...).

 

16

 

Na Biométrica não há ‗acaso‘, há incógnitas. A base da teoria do caos de Henry Poincore diz que uma tempestade se forma através de processos absolutamente aleatórios, porem, a complexidade de

uma tempestade só pode ser formada através de procedimentos ‗combinatórios-complementares‘ (Ciensofia l), se não a tempestade jamais se formaria.. O ‗mesmo‘ ocorre com os

fenômenos biológicos, que chamamos de ‗aleatórios‘, ‗acasos‘, há ali leis ainda incógnitas para nós, vamos descobri-las.

 

 

17

Quando um leão ataca uma zebra, ele o faz para se alimentar, sobre isso ele não tem alternativa, precisa se alimentar, porem, saciada sua fome, ele não mais se importará com as zebras que estejam ao seu derredor. Ele não age assim porque é o ‗mais

forte‘, mas por uma necessidade biológica que esta acima de sua vontade. Porem, quando ele protege seu território de outro leão, aqui sim, ele está exercendo a lei do mais forte, seu poder, sua vontade sobre o outro.

18

 

Dividindo os seres vivos conforme seus graus de inteligência e emocional.

 

Racional – Humanos.

Senciente  - são os que possuem um nível mais elevado de inteligência e emocional, e que alguns são capazes até mesmo de produzir culturas, como os corvos e os macacos pregos.  Golfinhos, orcas, abelhas...

Infraciente – crocodilos, moscas, ...

Monociente – plantas, lesmas, bactérias...

 

19

Questiona-se muito que a evolução não poderia formar a complexidade de um olho humano, mas se a evolução gerou o

próprio Universo. Por um acaso o mecanismo do olho humano é mais complexo do que o Universo?

20

As plantas são terríveis, por trás daquelas singelas e pacatas aparências, se encontra os maiores ‗predadores‘ do reino

biológico, os dinossauros foram ‗fichinhas‘ perto delas, ali é onde

impera realmente a ‗lei do mais ‗forte‘, é por isso que em cada 30 metros quadrados da Amazônia, você encontra dezenas de

espécies de plantas e suas variações. Elas invadem tudo, rios, mares, montanhas, em uma competição assustadora, vão invadindo o espaço umas das outras constantemente (usam até os pássaros e animas para isso, como são ‗astutas‘), as mais biometricamente aptas sobrevivem.

21

A Seleção Biométrica trabalha em pacotes, herança, ambiental, cultural, genética, epigenética... Tudo é extremamente importante para o desenvolvimento do ser humano (e seres), e entre essas influencias conforme seus espaços-tempos se unem, se separam.

22

Os fenômenos biométricos agem de forma diferente tanto em espécies como em indivíduos. Muitas são as variações, o que faz

uma abelha ser diferente da outra, um ser humano ser diferente do outro, um cachorro ser diferente do outro. Por isso, por exemplo, um ser mais determinado a uma doença do que outro, um gato ser mais inteligente que o outro.

23

A evolução é um fenômeno externo e interno.

24

Pela Seleção Biométrica nos afastaremos cada vez mais da química, adentrando cada vez mais o mundo Físico. O aparelho de raio x, é um dos pilares disso, temos que aperfeiçoa-lo cada vez mais para diminuir os danos no organismo. Cada vez mais diminuir seu campo de ação no corpo, para reduzir o máximo

possível o impacto radioativo no corpo. Até vermos, por exemplo, um tumor, e ataca-lo de por raios infra sensíveis, sem precisar dos cortes. Pela Biométrica ‗aposentaremos‘, as nossas famosas farmácias.

24

O que faz os corais marinhos ‗ressuscitarem‘, são as energias moleculares que ficam contidas em suas vibrações moleculares. Que despertam quando as circunstancias se unem, para ‗ressuscita-los‘.

25

O tipo de alimentação, mastigação, pelas as quais os homininiios

(e animais) se adaptaram , determinou sua saúde, sobrevivência, seu crâneo, sua força maxilar, suas variações corporais.

                    26

Cada organismo é um bioma, são biomas

dentro de Biomas. Macro bioma, micro bioma, infra bioma, bioma físico (energia, forças físicas...),.

                     27

A evolução é Múltipla. Ela não é uma Teia

Intricada, ela é formada por várias teias de geometrias diferentes sobre expostas.

28

 

Existe um erro grave de analise no Design inteligente, ele parte da perspectiva da ‗Grande Ordem‘ na natureza, o que lhes justificaria que um Ser Extraterrestre Superior de alto conhecimento a teria

constituído. Porém, aqui não temos um erro epistemológico. Essa

‗ordem‘ (na natureza) é derivada de pesquisa cientifica de vários níveis de pensamentos, pois bem, o objeto de estudo deles não deveria ser o próprio ‗Objeto‘ de sua visão, prova-lo

empiricamente, para assim justificar sua tese, sua teoria. 

Claro que existe mais ordem do que caos na natureza, se não o sistema não se sustentaria, porém, o que mais me chama atenção na natureza (hoje), não é a complexidade de um determinado

sistema, como por exemplo, o do DNA, mas a forma como os seres vivos se mantem vivos a custa da vida dos outros seres vivos, a vida devora a morte pela a própria vida. Nesse exato

momento, milhares, milhares e milhares de seres vivos estão se

devorando das formas mais terríveis possíveis. E isso para mim, é a parte mais ‗absurda‘ disso tudo, é a que mais me afeta. Gostaria que não fosse assim, mas é.

29

 

Nada parou de evoluir, porque não podemos parar a biométrica de agir, em seus processos fisioquímicos, psicorganismos, suas

combinações, reações, contrações, recombinações... que vão

gerando novas mutações, novas características nos Biomas.

 

                    30

Os seres vivos,  possuem sentimentos, emoções, 'pensamentos', alguns em maior grau, outros, em menor grau, e fenômenos de I (nfra-) s (ensibilidades), e os humanos em maior grau. 

31

A Seleção Biométrica é a mãe da Vida, e da Morte: ela é a ‗deusa Shiva‘.

32

                                 A Seleção Biométrica definiu o tamanho dos olhos de uma coruja e seu tipo de visão, os olhos de uma águia, seus instintos, sensibilidades. Pensamentos, a transformação dos seres humanos... Através das épocas, e dos ambientes quais esses adentraram, e como eles foram afetados por estes, e como estes afetaram os ambientes quais penetravam, e formas de alimentação.

 

33

                                 A Seleção Biométrica, entre a física e geometria, simetria definiu as estruturas dos seres vivos, e suas alimentações, mecanismos de sobrevivência. Pela seleção Biométrica, existe a massa inanimada, e a bio-massa, mas todas estão dentro dos ‗mesmos‖ processos fisioquímicos. 

 

34

 

Os mais biometricamente adaptáveis sobrevivem, e passam as características adquiridas as próximas gerações. Essas variações são ‗inevitáveis‘, porque cada organismos tende a ser diferente do

outro, a forma como ele se desenvolveu, alimentou-se, o bioma dentro de cada um deles e em torno, e isso cria as oscilações gênicas ou deriva genéticas, independente das mutações ou

pressões seletivas, em populações pequenas, ou grandes, ou mesmo de individuo para individuo. E entre o Ambienteorganismo, organismo-Ambiente, e ambiente e ambiente.

 

 35

 

Ambientes selecionam ambiente, como também praticam ‗autocanibalismos‘.

 

36

 

O Anel da Vida não para de girar.

 

37

 

Ambientes e ambientes são interdependentes, mesmos os distantes, cooperam entre si.

 

38

Ambientes selecionam ambientes, organismos selecionam organismos, inteligência seleciona emoções e ações, e emoções e ações selecionam inteligências.

 

40

Os animais sonham, tem pesadelos, e dependendo do grau de inteligência, desenvolvem doenças psicossomáticas. E entre os humanos, isso sempre ocorreu. Muitos animais (chimpanzés..), como os homininios antigos, já tinham acessos a alucinógenos naturais, já sofriam de vários ‗problemas modernos‘, como esquizofrenia, psicopatismos, traumas psicológicos...

41

Estamos sempre dentro de seleção oscilar, ‗lutamos à favor e contra nós mesmos e natureza‘. O mesmo ocorre entres os organismos, em certo nível.

42

‗A área encontrada no meio da espiral das conchas é utilizada por algumas espécies de lesma para armazenar ovos. Essa finalidade, no entanto, não explica o surgimento desse espaço. Ele é apenas um subproduto da evolução‘:

Não existe ‗subproduto‘ na evolução, a espiral das conchas, simplesmente existem por formação biométrica, ela existe por uma utilidade em si, ‗não para a lesma armazenar ovos‘. Mas, a

lesma a utiliza por seleção perceptual, ela como uma monociente,

‗percebe‘, que ali é um bom lugar para ela colocar seus ovos, lhe passa segurança.

43

O mais importante da seleção biométrica, é quem sobrevive é aquele que mais biometricamente consegue se ‗adequar‘ ao meio, quanto o meio a ele.

                                                 44

Tanto o meio seleciona o organismo, como o organismo pode selecionar o meio, gerando assim, interdependência entre eles. Disso, surgindo a geometria entre eles, por exemplo, pinguins e golfinhos. E essas interações entre ambos (ambiente-organismos) produzem várias alterações nas escalas espaço temporais.

45

Os processos evolutivos  combinam organização compensatória, a seleção biométrica e os acontecimentos históricos.

46

A seleção biométrica é o encontro da Amazônia de Wallace, com a Amazônia de Exs. Na Amazônia Wallace considerou o espaço como um elemento ativo no processo evolutivo, e nas distinções das espécies. Na Amazônia, Exs considerou que os fenômenos fisioquímicos, são elementos ativos no processo evolutivo no espaço tempo, e nas distinções das espécies.

47

As estruturas, a geometria dos organismos converge para adaptações biométricas. Causando diferenciações entre genótipos, mas não necessariamente nos fenótipos.

48

A Vida é dinâmica.

49

Quando analisamos o mimetismo, parece que há na natureza uma enteléquia, que regular como algo metafisico o reino biológico, como por exemplo, a mariposa que suas asas ‗imitam‘ uma

cabeça de cobra, que lhe afasta determinados predadores.

 Parece que a natureza possui uma inteligência especifica. Porem, todo o mimetismo, é fruto da seleção perceptual.  Durante

milhares de anos os seres foram se adaptando aos ambientes

biométricos, e gerando suas infinitas formas, desenhos, cores, combinações... e todos os organismos foram criando padrões de sobrevivência advindo de suas percepções, e essas percepções foram se estabelecendo entre eles. 

A ‗imagem da cobra‘, não está na mariposa porque a natureza quis defende-la, mas o predador que é uma possível presa de cobra ‗sabe‘ que ali está o perigo a sua existência, por

similaridades, justaposição de imagens, em paralelo a seus instintos.

50

O ambiente do núcleo plasmático no núcleo da célula é um ambiente, que também seleciona seus caracteres.

51

Mesmo entre animais da mesma espécie uns são mais inteligente que outros, respondem mais emocionalmente que outros. Porque a seleção biométrica consegue lhes adaptar mais caracteres, em uns do que em outros.

52

A Natureza é a Pele da Terra.

53

Os animais possuem relógios biológicos. Enquanto digitava meu trabalho sobre a biométrica, todo dia uma gata, as entre doze e

meia vem até minha porta, deita e fica esperando que eu lhe der

comida. Olhando para aquilo pensei: ‗Isso é impressionante, sua biométrica lhe dar todo o sistema de espaço tempo para ela

perceber o momento, o clima (mesmo variando, frio, quente), para vim até mim, na hora da sagrada refeição‘.

Assim desenvolvemos uma evolução mental (emocional...) entre nós, hoje ela me reconhece e mandar esses sinais para mim, assim, como ela reconhece os meus para ela. Porém faz dias que ela não veio mais. O que será que aconteceu com ela, vai procurar saber.

Tratar os animais como irracionais, foi o maior erro da biologia ocidental.

53

Temos vários ancestrais comuns, incluindo as bactérias.

54 

Os astros são satélites da Vida, coordenam os ritmos biológicos, hábitos como a alimentação, humores, em conjunto com o Planeta Terra. 

55

‗O herbívoro devora o espaço no tempo, e o carnívoro devora o tempo no espaço‘.

56

O Ambiente (natural) é um Organismo.

57

Os fenótipos similares (pinguins, golfinhos), mas de genótipos diferentes, são causados pelas as pressões, compressões, pelas as biométricas gravitacionais em seus respectivos ambientes.

58

O fenótipo estendido significa que uma aranha independente onde nasça, vai fazer teia. A informação biométrica já está gravada em

sua memoria, e sua seleção perceptual a fará construir sua teia nos mais variados lugares, não especificamente em apenas um tipo de ambiente.

 

59

Os meios ambientes podem causar canibalismos, e autocanibalismos.

56

O que aconteceria se todos os seres vivos móveis fossem retirados da Terra, ficando somente os imóveis?

57

Uma espécie pode se separar de uma espécie, apenas por questões de hábitos, culturas.

56

Evoluir também pode ser ‗um voltar atrás‘.

57

Um leão que na mesma região, ou mudando-se para outra região, mudar por escassez de espécies, passar a comer somente javalis,

terá suas características alteradas, em seu fenótipo, e dependendo de outros fatores biométricos, em seu genótipo também.

58

A seleção mental é o mecanismo que atua com o

espaço tempo, selecionando informações e perpetuando os organismos mais aptos a usá-las em sua sobrevivência individualcoletiva. Foi a seleção mental que trousse o homo sapiens até aqui, em contrário dos outros homo sapiens como os Neandertais.

                       59

‗Bactérias não tem sexo, não se reproduzem

entre elas, mas elas se dividem pela a metade, e essa é sua forma de se reproduzir, há plantas hermafroditas, ou tem suas flores masculinas e femininas, ou até mesmo a própria flor pode se autopolinizar, quando não temos a reprodução, não temos todos os sexos separados, e não temos a reprodução, e é mais difícil delimitar o que é uma espécie‘.

Espécie é qualquer ser que consegue se

perpetuar, não importando o meio que  utiliza para sua reprodução, duplicação, assimilação, hermafrodismo... Mesmo que seja através da seleção mental, que criará ‗incubadores reprodutíveis das espécies. 

‗Basicamente espécie são os que se reproduzem

entre si, gerando gerações viáveis a se reproduzirem entre si, e também capazes de reproduzir, persevera no tempo. Mas às vezes isso não acontece, quando se cruza uma égua com um cavalo nasce uma mula que nasce estéril‘. 

 

Isso se chama seleção de reprodução ‗nula‘, a

reprodução não consegue dar o salto nesse individuo, e ele não se reproduzirá, não deixará descendentes. Mas ele é ‗uma‘ espécie‘, surgiu de cruzamentos de linhagens biométricas especificas em relação ao seu código genético, que o caracteriza em uma espécie.

Se há um ‗igual‘, temos a reprodução, a espécie

continua, toda unidade é uma espécie (mesmo no caso da mula, pois vem de reproduções anteriores, são genótipos de reprodução nula (ou recessivas mesmo que se reproduzam entre si, transferem mais falhas do que acertos) dentro da espécie, mas a espécie éguas-cavalos continuará). Espécie são todos os seres vivos que conseguem se reproduzir entre si, em si, por si. Não existe a ‗não espécie‘. Porque muitos são os ancestrais comuns entre eles.

 

                   60

A biometricidade é o conjunto de todo sistema

biológico da Terra, Terra e Espaço.

                      61

A evolução é oscilar, às vezes o mais forte sobrevive, às vezes o mais inteligente, seja como for, sendo de um jeito ou de outro, o

‗mais apto‘, é o que melhor se adequar as mudanças biométricas, porem, o mais apto aqui, pode ser o menos apto acolá..

62

       Não é só o ambiente que seleciona os organismos, mas os organismos também selecionam o ambiente. Se não houve ações  e reações  biométricas compensatórias, entre ambienteorganismos, não há Vida.

63

 

  O ultimo ancestral comum universal, analisado pela a ciência moderna esta dentro da mesma concepção de Wallace-Darwin,

apesar de não ter sido a primeira forma de vida, porem, foi a que se originou toda a vida.

 

 

Para a Biométrica não há o primeiro ser vivo, há os primeiros seres vivos, a ciência moderna acredita que a quatro bilhões de

anos atrás havia pequenas sistêrmicas como as que têm no fundo

do oceano, de onde a vida haveria de ter ser originado. Para a evolução biométrica, havia como que ‗bacias, lagos rios

biométricos‘, que geraram centenas de seres unicelulares, até se formarem os seres pluricelulares. 

Essa foi à primeira rede da vida que começa a virar uma Teia

Intricada, e entre esses rios, bacias, lagos e oceano primitivo começou a haver trocas de materiais fisioquímicos entre eles,

fluxos gênicos, e nos que de alguma forma foram separados por

barreiras fisioquímicas, sofreram restrições gênicas separando da espécie de origem, assim, gradativamente iam gerando vários tipos de fenótipos, e genótipos, entre eles mesmos, e ‗desiguais‘ que ora, se associam, e ora se separaram. 

 

 

 

E dessas centenas até chegar a milhares de ancestrais comuns universais, se desenvolvera toda a vida na Terra, cada ser vivo,

externa e internamente é uma ‗partícula‘ onde está incluso o todo, mesmo que o registro tenha se perdido no tempo, por sucessivas gerações. Somos parentes de fungos, bactérias, vírus, plantas,

crocodilos, aves, parasitas, dinossauros, tigres, insetos, ou seja, todos somos todos, e todos somos unidades do Todo. ‗Todos‘ participaram, e participam da construção de cada um até hoje. 

 

Animais fenotipicamente diferentes podem ser iguais genotipicamente. A pobre da mula de repente pode ter sua ‗cara metade‘, em algum ser completamente diferente dela, em todo vasto planeta Terra. Se não diretamente, mas indiretamente estamos conectados no Anel da Vida.

Também nessas trocas biométricas estão inseridos fluxos e restrições de energias, de forças, de partículas, entre os ambientes, entre os organismos.

 

64

 

Os primeiros seres vivos que conquistaram a terra não foram os vertebrados, mas os invertebrados, gradativamente eles foram

invadindo as praias dos oceanos, em conjunto com as pequenas plantas, onde um fora dando sustentabilidade habitativa para o

outro. Esses pequenos seres microscópicos foram ‗adubando‘ o

chão, e as plantas iam acompanhando o processo em conjunto, até se transformarem em seres como ‗vermes de areia‘ (até chegarem às minhocas), e as plantas iam se diversificando gerando cada vez mais novos habitats pela a terra, novos ambientes naturais (até chegarem às árvores). Aqui foi quando ambiente e organismos

atingiram uma grande simbiose. Deixando o caminho preparado para os vertebrados conquistarem a terra.

 

 

65

 

Ao se retirar um organismo de um lugar para o outro, leis químicas e físicas são alteradas. E o que conseguir selecionar

mais seleções biométricas, caracteres benéficos, envermelhecerá menos do o outro da mesma espécie, desenvolverá mais

inteligência do que o outro será mais ágil, sagaz que o outro...

 

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A Vida é uma Teia Intricada: 

 

A seleção Biométrica considera que o meio fisioquímico é ativo no processo evolutivo, condutor das distinções entre as espécies: reconhece que o distanciamento espaço-temporal está relacionado com as historias das espécies, ou seja, as espécies mais próximas entre si compartilham ancestrais comuns mais recentes, do que

com as espécies mais distantes. E que a separação, mudanças de

hábitos como a alimentação entre espécies podem distingui-las.

 

67

 

                            A Seleção Biométrica é o 'fim da química', e o início da física aplicada à Vida, por exemplo:

 

                             

Quando você vê um animal alimentando-se de

outro animal, isso é o que vemos, mas o que não vemos, é que ali, energia devora energia, energias em transformações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Biométrica Sexual

 

 

 

A seleção biométrica sexual foi (e é) um dos

principais motores da sobrevivência das espécies, e acima de tudo da espécie humana.

Biometricamente as fêmeas, os machos, mais

sadios transmitem mais atração, do que o que estão moribundos, raquíticos, ou velhos. Os que transmitem melhores cheiros e odores conseguem mais parceiros sexuais, melhores informações infrasens (iveis), como sonoras, de forma mais simétricas que os outros, se destaca para conseguir um parceiro, procriar.

 

Na biométrica humana, ocorrem os ‗mesmos‘ fenômenos. No decorrer da evolução biométrica sexual humana,  os homininios foram cada vez mais se adequando a geometria corporal (estava surgindo o conceito de beleza) : os trejeitos, o modo de articular, de se posicionar, de se expressar... foram cada vez mais ganhando espaço e atenção. Até virarem ‗padrões‘.

 

Na biométrica sexual temos uma seleção

oscilatória, por um lado à perpetuação da espécie, por outro lado pode representa o fim de um organismo, como ocorre no caso da viúva-negra, porém, mesmo devorado o macho passou sua prole adiante.

E a alimentação foi um fator primordial

nesse processo, conforme o tipo de alimento que os homininios se alimentavam, estes inferiam em seus cheiros, odores, em suas posturas e composturas, seus organismos adquiriram mais caracteres sadios, ou frágeis: os seres são o que comem.

Os corpos mandam informações biométricas

para os outros corpos, e mesmo um fenômeno abstrato (imagem), pode inferir em suas escolhas. Através de suas frequências... Corporais-elétricas, causador da atração (da gravidade) entre eles.

A biométrica sexual, basicamente

movimenta a conduta humana, no seu dia-a-dia: ‗Por que será que estamos sempre querendo parecer mais bonitos, charmosos que os outros? Porque há tantos salões de beleza?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Seleção Biométrica Espaço-Terra 

 

 

 

Para a seleção biométrica o meio fisioquímico é

ativo no processo evolutivo, suas divisões conduzem distinções

entre as espécies, que ambiente-organismo são inter-dependentes, que na luta pela a existência do ambiente-organismo, seleciona,

desprende caracteres perpetuando o ambiente e organismo mais biometricamente apto a sobreviver em um determinado espaçotempo.

 

 

Para uma formiga existir,  é necessário que exista o próprio Universo. Edson Exs

 

 

Essa frase de Edson Exs, explica

cosmologicamente a Evolução Biométrica, que a vida na Terra-

Espaço depende de um emaranhado Biométrico (fisioquímico), para persistir, ou se extinguir, entre os fenômenos terrestres e

espaciais, como está proposto no meu livro Ciensofia l, Amazon, 2019.

 

 

Os astros são satélites da Vida, coordenam os ritmos biométricos, humores, mudanças de hábitos como o alimentar em conjuntos com o Planeta Terra. 

 

 

 

Estudos recentes descobriram que as fases

da Lua incidem diretamente em épocas de acasalamento de várias espécies. Até mesmo os hábitos dos insetos se alteram, de acordo com o ciclo Lunar.

 

Pássaros noturnos preferem a Lua Cheia,

porém, suas presas também estão mais atentas na Lua cheia.

Morcegos evitam a Lua Cheia, como possuem uma visão delimitada, e se guiam pelos seus radares, entendem que a Lua cheia é mais perigosa para eles, os expõem mais facilmente aos seus predadores.

 

Corais se reproduzem em sincronia, em

uma noite especifica de dezembro. Os corais da costa da Austrália fazem uma sincronia perfeita como um espetáculo musical.

Quando a noite propicia chega, todos eles desovam e lançam seus espermas ao mesmo tempo. Apesar das influencias oceânicas,

como salinidade, temperatura, os especialista perceberam que a iluminação da Lua tem papel fundamental nesse processo reprodutivo dos corais australianos.

 

 

 

Processos físicos interferem na Biométrica da Terra.

 

 

Evento Adams (2021), revela que, a troca de

pelos magnéticos da Terra, teria causado grandes mudanças no clima e na Vida no Planeta, conforme a teoria da Seleção Biométrica (2019), que a vida é influenciada por leis físicas terrestres e espaciais.

Os pesquisadores disseram que o Evento de Adams pode explicar muitos dos mistérios evolutivos da Terra, incluindo a extinção dos neandertais e o súbito aparecimento generalizado da arte figurativa em cavernas em todo o mundo.

O fenômeno teria causado alguns eventos

dramáticos e impressionantes. Antes do Evento de Adams, o campo magnético da Terra caiu para de 0 a 6% de sua força, enquanto o Sol teve longos períodos de mínima atividade solar.

Mas o impacto pode ser ainda mais grave do

que isso, de acordo com o novo estudo. Pela primeira vez, cientistas encontraram evidências de que uma virada de pólos poderia ter sérias repercussões ecológicas. A investigação liga uma reversão do campo magnético há cerca de 42 mil anos atrás à uma crise climática em global, que causou extinções e remodelou o comportamento humano.

O colapso temporário do campo magnético da Terra há 42.000 anos desencadeou grandes mudanças climáticas que levaram à mudança ambiental global e extinções em massa, mostra um novo estudo internacional co-liderado pela UNSW Sydney e pelo South Australian Museum.

 Este dramático ponto de viragem na história da

Terra - misturado com tempestades elétricas, auroras generalizadas e radiação cósmica - foi desencadeado pela reversão dos pólos magnéticos da Terra e mudanças nos ventos solares.

As descobertas foram publicadas em 180221.

 

 

"Pela primeira vez, pudemos datar com precisão

o tempo e os impactos ambientais da última troca de pólo magnético ", disse Chris Turney, professor da UNSW Science e co-autor do estudo.

 

 

As descobertas foram publicadas hoje na Science.

 "Pela primeira vez, pudemos datar com

precisão o tempo e os impactos ambientais da última troca de pólo magnético", disse Chris Turney, professor da UNSW Science e co-autor do estudo.

 "As descobertas foram possíveis com as antigas

árvores Kauri da Nova Zelândia, que foram preservadas em sedimentos por mais de 40.000 anos.

 Mas os pesquisadores foram capazes de criar

uma escala de tempo detalhada de como a atmosfera da Terra mudou ao longo desse tempo, analisando anéis nas antigas árvores Kauri.

 "As árvores Kauri são como a Pedra de Roseta,

ajudando-nos a unir registros de mudanças ambientais em cavernas, núcleos de gelo e turfeiras ao redor do mundo", disse o co-líder Professor Alan Cooper, Pesquisador Honorário do South Australian Museum.

 Os pesquisadores compararam a escala de

tempo recém-criada com registros de locais em todo o Pacífico e usaram-na na modelagem climática global, descobrindo que o crescimento das camadas de gelo e geleiras sobre a América do Norte e grandes mudanças nos principais cinturões de vento e sistemas de tempestades tropicais podem ser rastreado  para o evento Adams.

 Uma das primeiras pistas foi que a megafauna

na Austrália continental e na Tasmânia passou por extinções simultâneas há 42.000 anos.

"Isso nunca pareceu certo, porque foi muito

depois da chegada dos aborígenes, mas na mesma época que o ambiente australiano mudou para o estado árido atual", diz o Prof. Cooper.

 O artigo sugere que o Evento de Adams poderia

explicar muitos outros mistérios evolutivos, como a extinção dos Neandertais e o súbito aparecimento generalizado da arte figurativa em cavernas ao redor do mundo.

 "É a descoberta mais surpreendente e

importante em que já estive envolvido", disse o Prof. Cooper.

 

 

 

 

 

 

DNA - BIOMÉTRICO

 

 

 

―A revolução genética mostra que somos

dados‖.  Jamie Metzel

 

‗A r-evolução Biométrica nos levará dos

dados genéticos, aos dados ...bioquânticos‘. Edson Exs

 

 

O americano Jamie Metzl, que acaba de lançar

no Brasil o livro Hackeando Darwin .

 

 

 

Segundo o autor, nosso DNA está se tornando

cada vez mais legível, copiável e reprodutível, a ponto de estarmos próximos a conseguir ―hackeá-lo‖, assim como fazemos com dados de computador. Isso significaria que, 3,8 milhões de anos depois do surgimento da humanidade, nos tornaremos capazes de ditar as regras da evolução e dos princípios de seleção natural explicados pelo naturalista britânico Charles Darwin.

 

 ―O que a revolução genética nos mostra é que

seres humanos são dados‖, diz Metzl, que, em 2019, foi nomeado para o comitê das Nações Unidas para o desenvolvimento de padrões globais, governança e supervisão da edição do genoma humano.

 

Cientistas do campo da epigenética afirmam que

o meio ambiente também influencia a genética (Biométrica). Qual o papel da epigenética na engenharia genética?

 

 

Por trás dessa questão, há uma ainda mais ampla sobre qual é o papel do meio ambiente e qual é a relação entre o meio ambiente e nossos sistemas. E muitas décadas de estudos com gêmeos tentaram chegar ao cerne da questão sobre o quanto de nós é natureza e quanto de nós é criação. Mas a epigenética é uma questão muito mais restrita, ela é o conjunto de instruções para a célula sobre quais aspectos do gene se manifestam em um determinado ambiente. E isso é extremamente importante, porque se não tivéssemos marcadores epigenéticos, cada uma de nossas células estaria tentando criar seu próprio humano e, então, nós morreríamos. 

 

 

 

Algumas pessoas, porém, falam sobre herança

epigenética. Segundo elas, se houver algum trauma pelo qual seus pais tenham passado, então esse trauma de alguma forma é transmitido a você. Embora haja alguma evidência de herança epigenética, eu pessoalmente acredito que essa ciência é exagerada. A herança ambiental, cultural e genética são extremamente importantes, mas a epigenética, para mim, é menos.

 

 

Mudando nosso código genético, não

corremos o risco de perder o "acaso"? Quão importante ele é para a evolução humana?

 

 

Se por "acaso" você quer dizer diversidade, ela de fato é a única estratégia de sobrevivência da nossa espécie. É por isso que cada abelha é um pouco diferente uma da outra. Somos capazes de ter essas pressões seletivas e é isso que permite que nossa espécie sobreviva. Se abusarmos das ferramentas da revolução genética, de modo que  isso reduza nossa diversidade enquanto espécie, mesmo que pensemos estar fazendo algo bom, como proteger nossos filhos de algum prejuízo, isso poderia significar uma evolução estreita e muito perigosa. Mas é igualmente possível que possamos usar as ferramentas da genética para expandir a diversidade de nossa espécie. Quer dizer, hoje somos uma espécie que não é capaz de viver por longos períodos de tempo e espaço. Se quisermos nos tornar uma espécie interestelar, precisaremos mudar nossa genética de algumas maneiras, o que expandiria a diversidade genética de nossa espécie. Portanto, a diversidade é essencial. E é por isso que, agora, nos primeiros estágios da revolução genética, precisamos estar falando sobre questões éticas. Precisamos falar sobre equidade e diversidade, porque se caminharmos cegamente para esta revolução sem pensar profundamente sobre as implicações, podemos acabar em um lugar muito perigoso.

 

 

Existe o DNA, e existe o ser humano, a pessoa. Porem, a manipulação do DNA, pode evitar, por exemplo, que pessoas nasçam com deformidades, algo que tende a causar infelicidades nas pessoas.  Edson Exs

 

 

E isso, com engenharia genética ou não, não

muda, certo?

 

 

 

A engenharia genética é um grande acelerador. Quer dizer, mudanças que poderiam ter ocorrido ou talvez nunca teriam ocorrido ao longo de milhares ou milhões de anos podem ou talvez poderão ocorrer ao longo de centenas e milhares de anos. Com essas ferramentas, você pode garantir que daqui a 5 mil anos, tanto a nossa espécie, quanto alguns de nós, serão fundamentalmente diferentes do resto dos humanos. Imagino que alguns irão viver no espaço e essas pessoas vão seguir suas próprias trajetórias evolutivas. Se tivermos 10 pessoas geneticamente modificadas começando uma outra colônia em algum outro lugar, essas pessoas serão os humanos fundamentais para todas as novas comunidades. Portanto, qualquer mutação que essas pessoas tenham se tornará a norma, assim como aquele pequeno número de pessoas que deixou a África carregando consigo seus genes se transformou no que somos hoje.

 

 

Aqui a Biométrica através do DNA,

unificara aos novos Ambientes, consequentemente também dos outros seres vivos. Passaremos de dados genéticos, para dados (bio) ...quânticos. Edson Exs – Evolução Biométrica. 

 

 

Com a engenharia genética, o sexo para

procriação se torna obsoleto, e você dedica um capítulo inteiro do livro para falar sobre o futuro do sexo. Como você enxerga o futuro do sexo e das relações humanas?

 

 

Acredito que as relações sexuais são uma forma essencial de conexão entre humanos. Isso não deve acabar, está meio que enfurnado em nós. Ao mesmo tempo, acho que vamos rapidamente nos tornar um mundo onde uma pequena parcela da população usa o sexo como maneira de procriação. Cada vez mais as pessoas vão usar as ferramentas de reprodução assistida, especialmente inseminação artificial e engenharia genética, para produzir crianças com perfis de baixo risco para doenças.

 

 

A manipulação genética alcançará a Física Quântica, aqui sim, teremos fenômenos incríveis para novas adaptações extraordinárias como as do espaço. Porque poderemos mapear nosso DNA através das partículas subatômicas, e adaptálas conforme o Ambiente. Edson Exs – Seleção Biométrica.

 

 

Mutação Genética Nas Populações – Biométrica.

 

As mutações mais aceleradas  tem ligação

direta com o aumento da população nas últimas 400 gerações. 

‗Com mais indivíduos, mais possibilidades

das mutações (genéticas) ocorrerem‘, Joshua Akey, autor do estudo publicado__Conseguimos mostrar quão profunda e efetiva foi as variações de padrões genéticos nas populações contemporâneas, mas fazer previsões é difícil‘.

 

Quanto maior uma população, maior suas

chances de desenvolver mutações em vários níveis (genéticofísico-neural-mente), de mudar suas características biométricas, principalmente nos humanos, que modificam constantemente seu espaço-tempo (alimentação), e dependendo do tipo da mudança, novos caracteres biométricos serão adquiridos, para uma evolução (preservação), ou involução (contaminação). Edson Exs

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

‘Cada’ organismo é um bioma, são biomas

dentro de Biomas. Macro bioma, micro bioma, infra

bioma, bioma fisioquímico. Seleção Biométrica. Edson Exs

 

 

 

 

 

Estima-se que cerca da metade do nosso corpo

seja composto de células humanas, mas o restante é uma mistura de bactérias, vírus e fungos que compõem o que é conhecido como microbioma.

 

Esse microbioma, que é tão particular quanto a

impressão digital de cada um, tem influência sobre uma ampla variedade de funções — da digestão ao sistema imunológico.

 

Você é 43% humano de acordo com as

estimativas mais recentes, se contar todas as células", afirmou à BBC em 2018 o professor Rob Knight, da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA.

 

Se pensarmos em termos genéticos, os números

são ainda mais surpreendentes. Microbiólogos da escola de medicina da Universidade Harvard e do Joslin Diabetes Center, ambos nos EUA, analisaram o DNA de cerca de 3,5 mil amostras da boca e intestinos.

 

Os resultados do estudo, publicado neste ano na

revista científica Cell Host & Microbe, indicam que havia cerca de 46 milhões de genes bacterianos, sendo 24 milhões no microbioma da boca e 22 milhões no dos intestinos.

 

 

Estima-se que cerca da metade do nosso corpo

seja composto de células humanas, mas o restante é uma mistura de bactérias, vírus e fungos que compõem o que é conhecido como microbioma.

 

A Seleção Biométrica utiliza várias vidas para

manter uma vida, as maiorias dos seres são em si mesmos biomas,

de DNA, Genes, que se acoplam a outros DNAs e genes, compondo suas células, unindo-se com bactérias, vírus, fungos...

São macro biomas, dentro de micro biomas,

dentro infrabiomas. Edson Exs

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Epigenética - Biométrica

 

 

 

Cientistas do campo da epigenética afirmam

que o meio ambiente também influencia a genética.

Estudos genético mostra que houve evolução

recente na espécie humana. Analise do genoma de mais de cinco mil pessoas, identificou-se 

 

Descobertas contestam hegemonia de Darwin e

recuperam Lamarck

Características adquiridas em vida afetam

genética e evolução das espécies, escreve professor escocês .11.mar.2018 às 2h00

 

 

Kevin Laland

 

 

 

RESUMO Autor afirma que pesquisas recentes

indicam que a evolução das espécies é um fenômeno mais complexo do que se imaginava e não pode ser explicado apenas pela seleção natural. Defensor de uma teoria alternativa (a síntese evolutiva estendida), ele argumenta que a ciência tem dificuldade para incorporar novas ideias.

 

Quando pesquisadores da Universidade Emory,

em Atlanta, treinaram camundongos para sentir medo do cheiro de amêndoas (aplicando choques elétricos acompanhados pelo odor), eles descobriram, consternados, que os filhos e netos desses camundongos temiam espontaneamente o mesmo cheiro. Isso não deveria acontecer.

Gerações de estudantes sempre souberam que é

impossível herdar características adquiridas. Um camundongo não deveria nascer com algo que seus pais aprenderam durante a vida, assim como aquele que perde a cauda em um acidente não dá à luz filhotes sem cauda.

Isso ocorre porque a cauda é um caractere

genético adquirido, e o medo de amêndoas, é um estimulo adquirido eletricamente em seus cérebros, qual o cheiro-imagem...  está associado a algo que os ratos devem evitar, e eles evitam. Esta registrado biometricamente no instinto, no in-consciente do rato. O psicopatismo tende a nascer disso. Edson Exs – Seleção Biométrica.

Se você não é biólogo, pode ser perdoado por

estar confuso com o estado da ciência evolutiva. A biologia evolutiva moderna data de uma síntese que emergiu nas décadas de 1940 a 1960, casando o mecanismo da seleção natural de Charles Darwin com as descobertas de Gregor Mendel sobre como os genes são herdados.

A visão tradicional e ainda dominante reza que

as adaptações —desde o cérebro humano até a cauda do pavão— são integral e satisfatoriamente explicadas pela seleção natural (e a subsequente transmissão de características aos descendentes).

Porém, com a chegada de ideias novas vindas

da genômica, epigenética e biologia do desenvolvimento, a maioria dos especialistas em evolução concorda que seu campo se encontra em transformação. Boa parte dos novos dados indica que a evolução é algo mais complexo do que presumíamos.

 

A Evolução é muito mais complexa do que reza

a visão tradicional (darwinista...), as adaptações são oriundas de varias leis da natureza desde a biológica, física, astrofísica, termodinâmica... cada ser vivo é um pacote biométrico de informações da natureza. Edson Exs

 

Alguns biólogos evolutivos, entre os quais me

incluo, têm pedido uma caracterização mais ampla da teoria evolutiva, conhecida como síntese evolutiva estendida (SEE). Uma questão central é saber se o que ocorre com organismos durante sua vida —seu desenvolvimento— pode exercer papel importante e até agora imprevisto na evolução.

 

Não só seu desenvolvimento (cultural), mas

todos os processos biométricos pelo o qual o organismo teve acesso durante sua existência, exerce papel definitivo em sua evolução biométrica. Edson Exs –

 

A visão ortodoxa estabelece que processos do

desenvolvimento são em grande medida irrelevantes para a evolução, mas a SEE os considera cruciais. Protagonistas com credenciais respeitadas surgem de ambos os lados do debate; professores de universidades tradicionais e membros de academias nacionais discordam completamente quanto aos mecanismos da evolução. Algumas pessoas até se perguntam se há possibilidade de uma revolução.

 

 

Os fatores emocionais dos seres humanos (como

também nos animais, principalmente em animais mais sencientes  como o golfinho, o corvo...), foram (e são) bases fundamentais da seleção Biométrica, os estímulos neurais influenciam ate mesmo a saúde do organismo, a sobrevivência da espécie. Edson Exs

 

Em seu livro "Da Natureza Humana" (1978), o

biólogo evolutivo Edward O. Wilson afirmou que a cultura humana está presa a uma coleira genética. Foi uma metáfora controversa por duas razões. Primeiro, como veremos, porque também é verdade que a cultura segura os genes em uma coleira. Em segundo lugar, embora deva haver uma propensão genética ao aprendizado cultural, poucas diferenças culturais podem ser explicadas por diferenças genéticas subjacentes.

 

Mesmo assim, a frase tem potencial explicativo. Imagine uma pessoa (os genes) caminhando enquanto controla um cão forte (a cultura humana). A trajetória (o caminho da evolução) reflete o resultado da disputa entre a pessoa e o cão.

 

Nesse caso, genes e culturas, criam

combinações, cooperativas-antagônicas, entre eles, gerando novos comportamentos, favoráveis ou desfavoráveis ao individuocoletivo, nos seres humanos, como em animais como os chimpanzés... Edson Exs

 

Agora imagine essa pessoa tentando controlar

vários cães, presos por coleiras de comprimentos diferentes e puxando em direções distintas. Todos esses puxões representam a influência de fatores do desenvolvimento, incluindo epigenética, anticorpos e hormônios transmitidos pelos pais, além do legado ecológico e da cultura que eles deixam a seus descendentes.

 

A Seleção Biométrica age em blocos no

individuo-coletivo, que vão dos fatores da biologia, física aos  astrofísicos : radiação Solar-estelar, fenômenos lunares, termodinâmica...

Alimentação, e como ela interage com corpo e

ambiente  biométrico, que tipos de vitaminas produz, ou deixa de produzir. Epigenética, anticorpos, hormônios transmitidos pelas as gerações, e na interação.. destes com os primeiros e vice-versa, além do legado ecológico e culturais passados a diante. Esses são os ‗Cães‘ que a Seleção Biométrica tenta controlar. Edson Exs

Uma pessoa lutando para passear com os cães é

uma boa metáfora para ilustrar como a SEE visualiza o processo adaptativo. Isso requer uma revolução na evolução?

 

Não é revolução, ou evolução, mas, uma r-

evoluçao. Como a Biométrica propõe. Edson Exs

 

Esse tipo de comportamento se manifesta

claramente em discussões científicas sobre a evolução.

 

Considere a ideia de que características

adquiridas ao longo da vida podem ser transmitidas para a próxima geração. Ela ganhou força no início do século 19 graças ao biólogo Jean-Baptiste Lamarck, que a usou para explicar a evolução das espécies.

Há muito tempo, porém, entende-se que a

hipótese foi desmentida por experimentos —a ponto de, nos círculos evolutivos, o termo "lamarckiano" carregar conotação depreciativa. A ideia mais largamente aceita é a de que as experiências dos pais não afetam as características de sua prole.

 

 

EPIGENÉTICA E A BIOMÉTRICA 

 

 

Só que elas afetam, sim. O modo como os genes

se expressam para produzir o fenótipo de um organismo —as características reais que o organismo acaba tendo— é afetado por substâncias químicas (físicas-Biométricas) que se ligam a eles. Tudo, desde a dieta até a poluição do ar ou o comportamento dos pais, pode influir sobre o acréscimo ou a retirada dessas marcas químicas, que ligam ou desligam genes.

 

Tudo afeta a prole desde sua concepção, em

vários níveis, cada prole é um Pacote Biométrico de informações, que a influenciam desde sua formação biológica a genética, ambiental, cultural.. Edson Exs

 

Geralmente, esses acréscimos ditos epigenéticos

são removidos durante a produção de espermatozoides e óvulos, mas alguns são transmitidos à próxima geração, junto com os genes. Isso é conhecido como herança epigenética, e mais e mais estudos vêm confirmando que ela de fato ocorre.

 

Voltemos aos camundongos que têm medo de

amêndoas. Foi a herança de uma marca epigenética transmitida nos espermatozoides que levou a nova geração a adquirir um medo herdado.

 

 

Espermatozoides e óvulos, e carga biométrica

de seus donos. Edson Exs

 

Em 2011, outro estudo extraordinário relatou

que, expostos a um vírus nocivo, alguns vermes reagiram produzindo substâncias químicas que desativaram o vírus. Surpreendentemente, gerações posteriores herdaram epigeneticamente essas substâncias, através de moléculas reguladoras (conhecidas como pequenos RNAs).

 

É a mesma explicação posterior sobre os ratos,

transmitirem medo de amêndoas. Essa informação ficou cravada em sua massa-energia, criando um caractere, impulso bio elétrico transmissível. Edson Exs.

 

Hoje existem centenas de estudos semelhantes,

muitos publicados nos periódicos científicos mais prestigiosos. Biólogos debatem se a herança epigenética é lamarckiana ou apenas se assemelha superficialmente a isso, mas não há como fugir do fato de que a herança de características adquiridas ocorre.

 

Pelo raciocínio de Popper, uma única

demonstração experimental de herança epigenética --como uma única ovelha negra-- deveria bastar para convencer os biólogos evolutivos de que ela é possível. A maioria dos biólogos evolutivos, contudo, não correu para mudar suas teorias.

Em vez disso, como Lakatos previu, estamos

propondo hipóteses auxiliares que nos permitem conservar as ideias que defendemos há muito tempo. Essas ideias incluem a de que herança epigenética é rara, não afeta características importantes, está sob controle genético e é instável demais para explicar a disseminação de características por meio da seleção.

Infelizmente para os tradicionalistas, nenhuma

dessas tentativas de minimizar ou relativizar a importância da herança epigenética parece ser digna de crédito. Hoje é sabido que a herança epigenética está amplamente presente na natureza; mais e mais exemplos aparecem a todo momento.

Ela afeta características funcionalmente

importantes como o tamanho de frutos, a época do florescimento e o crescimento de raízes de plantas --e, embora apenas uma pequena parte das variantes epigenéticas seja de natureza adaptativa, isso também é verdade em relação à variação genética, de modo que não chega a ser um argumento para desacreditar a herança epigenética.

Não há mais dúvida de que a herança

epigenética nos obriga a enxergar a evolução de outra forma.

 

 

CULTURA BIOMÉTRICA

 

 

A epigenética é apenas parte da história. Através da cultura e da sociedade, todos herdamos conhecimentos e habilidades adquiridos por nossos pais. Os biólogos evolutivos aceitam essa ideia há pelo menos um século, mas até recentemente considerava-se que isso fosse restrito aos humanos.

Essa posição, entretanto, deixou de ser

defensável: criaturas de todo o reino animal aprendem socialmente sobre alimentação, predadores, comunicação, migração, escolhas de parceiros e de locais de reprodução. Centenas de estudos experimentais já demonstraram a aprendizagem social em mamíferos, aves, peixes e insetos.

 

 

Isso ocorre por causa da psicorganica nos

animais, eles também possuem interações neuro-mentais com ambiente biométrico em sua volta, percebem oscilações fisioquímicas, frequências dos fenômenos, até mais do que nós humanos, são mais suscetíveis as oscilações da física. Corvos e golfinhos possuem intuições, sabem trabalhar com as ondas sonoras, frequências e sinais invisíveis. 

Um cachorro, por exemplo, sabe trabalhar com

nossos fonemas, e ‗entende‘ nossas ondas sonoras. Lembro de cachorros que tive, que mesmo  gritando com ele, ele ficava ali com a língua de fora ‗rindo da minha cara‘. Ele só não ‗entendia‘ da potencia sonora, como ele ‗entendia‘ da carga emocional aplicada, ele sente as vibrações biométricas do meu corpo, e da minha voz. Então, ele as ‗media‘, e ‗pensava‘, ‗Quem tem que sair é tu, quem manda aqui sou eu‘, e simplesmente deitava novamente no chão, e ficava ali, de onde pretendia enxota-lo, para varrer a casa. Edson Exs – Seleção Biométrica.

 

Entre os dados mais convincentes estão estudos

em que filhotes de chapim-real foram adotados por chapins-azuis, e vice-versa. Quando foram criadas por outras espécies, essas aves modificaram vários aspectos de seu comportamento para assemelhar-se a seus pais adotivos (incluindo a altura das árvores em que se alimentavam, as presas que buscavam, seus cantos e até sua escolha de parceiro).

 

Presumia-se que as diferenças comportamentais

entre as duas espécies eram genéticas, mas ficou claro que muitas delas constituíam tradições culturais.

 

Culturais-emocionais. Edson Exs

 

As culturas animais podem se conservar por

períodos surpreendentemente longos. Resquícios arqueológicos mostram que chimpanzés usam ferramentas de pedra para abrir castanhas há pelo menos 4.300 anos.

 

Aqui, passou de impulso à cultural-mental. Edson Exs

 

No que diz respeito à herança epigenética,

porém, seria um equívoco supor que a cultura animal precisa exibir estabilidade como a genética para ter significado evolutivo. Ao longo de uma única temporada de acasalamento podem se desenvolver modismos nas características que os indivíduos acham atraentes em seus parceiros.

 

Isso se deve a inteligência-biométrica-

emocional conforme suas classificações definidas no capitulo sobre as Bases da Biométrica. Edson Exs

 

 

Isso já foi demonstrado experimentalmente em

moscas de frutas, peixes, aves e mamíferos, e modelos matemáticos mostram que esse "processo de cópia da escolha de parceiros" pode afetar fortemente a seleção sexual. Nessa linha, acredita-se que as variadas e culturalmente aprendidas tradições das orcas na busca de alimentos --em que grupos diferentes se especializam em certos tipos de peixes, focas ou golfinhos-- estejam levando-as a se dividir em várias espécies.

 

É claro que a cultura chega ao auge em nossa

própria espécie, tendo sido fartamente comprovado que os hábitos culturais são fonte importante de seleção natural de nossos genes.

 

A criação de gado e o consumo de leite geraram

a seleção de uma variante genética que aumentou a lactase (enzima que metaboliza leite e derivados), enquanto dietas agrícolas à base de amido favoreceram o aumento da amilase (enzima que decompõe o amido).

 

A alimentação é um dos principais fatores da Biométrica, ela pode gerar centenas de variações nas espécies, como ela age nos organismos, em conjunto seu meio Ambiente (através da física gerando novas vitaminas). A variante alimentícia humana, a trousse até aqui, e mudou sua morfologia no decorrer dos milênios. Quanto mais seu cérebro aprendia sobre novos alimentos, mais se desenvolvia, e conquistava espaçostempos. Edson Exs – Seleção Biométrica.

 

Toda essa complexidade não se concilia com

uma visão estritamente genética da evolução adaptativa, fato que muitos biólogos reconhecem. Em vez disso, aponta para um processo evolutivo em que genomas (ao longo de centenas de milhares de gerações), modificações epigenéticas e fatores culturais herdados (ao longo de várias, possivelmente dezenas ou centenas de gerações) e efeitos parentais (ao longo de uma só geração) coletivamente influem sobre a adaptação dos organismos.

 

Esses tipos de herança extragenética conferem

aos organismos a flexibilidade de se ajustarem rapidamente aos desafios ambientais, arrastando as mudanças genéticas em sua esteira --um pouco como um bando de cães agitados.

 

O DNA – é um tipo de ácido nucleico que

possui destaque por armazenar a informação genética a informação genética da grande maioria dos seres vivos. Mas o que dinamizar essas informações?

 

Para se mudar, ou causar mutações, não é

necessário mudar a estrutura do DNA... bastar afetar os núcleos dos núcleos dos ácidos nucleicos, ou alterar sua trocas de informações biométricas através do seu sistema energéticoelétrico.

 

A genética ‗não‘ precisa ser mudada apenas em

suas formas, mas em suas consistências. É um olhar por dentro do que forma a genética, o DNA, os genes. Edson Exs

 

 

 

 

RESISTÊNCIA

 

Olhando para a história da biologia evolutiva,

não se vê nada assemelhado a uma revolução. Mesmo a teoria de Charles Darwin levou cerca de 70 anos para ser amplamente aceita; na virada do século 20, ainda era vista com grande ceticismo. Nas décadas seguintes, novas ideias surgiram, foram avaliadas pela comunidade científica e pouco a pouco integradas ao conhecimento preexistente. A biologia evolutiva se atualizou sem passar por grandes períodos de crise.

 

A mesma coisa se aplica ao presente. A herança

epigenética não desmente a herança genética, mas mostra que esta é apenas um entre vários mecanismos pelos quais características são herdadas.

 

A evolução é Múltipla, e possuem muitos

mecanismos quais transferem suas características. Edson Exs

 

Não conheço nenhum biólogo que queira rasgar

os livros didáticos ou jogar fora a seleção natural. A questão é saber se queremos ampliar nosso entendimento sobre as causas da evolução e se isso modifica nossa visão do processo como um todo. Nesse ponto, o que está acontecendo é ciência normal.

 

Por que, então, biólogos evolutivos tradicionais

se queixam dos radicais evolutivos equivocados que defendem uma mudança de paradigma? Por que jornalistas escrevem artigos sobre cientistas que estariam pedindo uma revolução na biologia evolutiva? Se ninguém de fato quer uma revolução, e se revoluções científicas raramente ocorrem, a que se deve a polêmica?

 

A resposta a essas perguntas traz um insight

fascinante sobre a sociologia da biologia evolutiva.

 

Revolução na evolução é uma descrição

equivocada do que está acontecendo --um mito propagado por uma aliança improvável de evolucionistas conservadores, criacionistas e imprensa. Não duvido que existam alguns radicais evolutivos revolucionários, mas a imensa maioria dos pesquisadores que buscam uma síntese evolutiva estendida é formada por biólogos evolutivos que trabalham duro.

 

A evolução é Múltipla. Ela não é uma Teia Intricada, ela é formada por várias teias de geometrias diferentes sobre expostas. Edson Exs

 

Todos sabemos que o sensacionalismo vende

jornais, e artigos anunciando uma grande reviravolta vendem bem. Criacionistas e defensores do design inteligente também alimentam essa impressão exagerando as diferenças de opinião entre evolucionistas e criando a falsa impressão de turbulência no campo da biologia evolutiva.

 

O que é mais surpreendente é como biólogos

conservadores jogam a carta "estamos sendo atacados!" contra seus colegas evolucionistas. Retratar adversários intelectuais como extremistas ou dizer às pessoas que se está sendo atacado são truques retóricos usados desde sempre para ganhar discussões ou conquistar lealdades.

 

Sempre associei esse tipo de prática à política,

não à ciência, mas hoje percebo que fui ingênuo. Os cientistas também têm carreiras e legados em jogo; também lutam por recursos, poder e influência.

 

Receio que o discurso dos tradicionalistas esteja

produzindo efeitos negativos, criando confusão e, sem querer, alimentando o criacionismo pelo fato de fomentar divergências exageradas. Muitos cientistas respeitados sentem a necessidade de uma mudança na biologia evolutiva. Não é possível descartar todos eles como elementos à margem da visão científica majoritária.

 

SEE

 

Se a síntese evolutiva estendida não é um

chamado por uma revolução na evolução, então o que ela é e por que precisamos dela? Para responder a essas perguntas, precisamos reconhecer um acerto de Kuhn: cada campo científico possui maneiras compartilhadas de pensar, ou quadros conceituais.

 

A biologia evolutiva não é diferente. Nossos

valores e premissas compartilhadas influenciam quais dados coletamos como os interpretamos e quais fatores são embutidos nas explicações sobre o funcionamento da evolução.

 

Por isso o pluralismo científico é saudável. Lakatos destacou que quadros conceituais alternativos (diferentes programas de pesquisa) podem ser valiosos, pois incentivam o teste de novas hipóteses ou levam a novos insights.

 Essa é a primeira função da SEE: alimentar ou

mesmo abrir novas linhas de pesquisa e maneiras produtivas de pensar.

 

Um bom exemplo é o viés de desenvolvimento. Considere os peixes ciclídeos da África oriental. Para dezenas ou até centenas de espécies de ciclídeos existentes no lago Maláui existe uma espécie "duplicada", que evoluiu independentemente, no lago Tanganica, com grandes semelhanças no formato corporal e no modo de se alimentar.

 

Tais semelhanças costumam ser explicadas pela

evolução convergente: houve variação genética aleatória, mas condições ambientais semelhantes selecionaram os genes com resultados equivalentes.

 

Entretanto, o nível extraordinário de evolução

paralela visto nesses dois lagos sugere que algo mais pode estar em jogo. E se algumas maneiras de "construir" um peixe forem mais prováveis que outras? E se a variação de características é enviesada em favor de certas soluções? A seleção ainda faria parte da explicação, mas a evolução paralela seria muito mais provável.

 

Para a Evolução Biométrica, o que contribui

para ‗duplicar‘ a espécie de ciclideos no lago Tanganica, em relação aos ciclídeos da Africa oriental, no lago Maláui, é relativo a certas ‗configurações‘ biométricas ambientais:

 

Densidade da água e sua movimentação, tipos

de nutrientes nelas contidos, outros animais que ali habitam e como eles influenciam a vida dos dois grupos, os tipos de movimentos físicos que executam, qual grupo está em ambiente mais estressante, qual grupo utiliza mais suas capacidades psicorganicas, a temperatura da água, as oscilações alimentícias entre os dois grupos, qual lago recebe mais inferência da radiação solar, dos fenômenos lunares... Assim gerando variação genética, em ambientes biométricos  ‗semelhantes‘ que geraram genes com resultados equivalentes. A Evolução é múltipla:

Não é só o ambiente que seleciona os

organismos, mas os organismos também selecionam o ambiente. Se não houve ações  e reações  biométricas compensatórias, entre ambiente-organismos, não há Vida. Edson Exs

Estudos mostram que é possível usar um

modelo matemático, baseado em camundongos de laboratório, para prever tamanho e número de dentes em uma amostra de 29 espécies de roedores.

Esses estudos são intrigantes pois ajudam a

converter a biologia evolutiva em uma ciência mais previsora. Por que, então, essas ideias receberam, comparativamente, pouca atenção até pouco tempo atrás?

 

ALTERNATIVAS

 

Voltamos aos quadros conceituais. Historicamente falando, biólogos evolutivos tratam o viés na variação fenotípica apenas como uma limitação --o modo como os organismos crescem restringe o tipo de características que eles poderão ter.

 

Foi preciso uma perspectiva diferente (neste

caso, a da biologia evolutiva do desenvolvimento, chamada evo devo) para motivar novos experimentos. De um ponto de vista evo devo, os dentes de roedores e os corpos de peixes são como são porque o modo como esses animais crescem aumenta a probabilidade de essas características surgirem. Assim, o viés torna-se um conceito muito mais importante na explicação da evolução.

 

Sim, os caminhos biométricos pelos os quais os

seres excursionam, definem suas estruturas. Edson Exs

 

A síntese evolutiva estendida, ao menos como

eu e meus colaboradores a enxergamos, é mais bem vista como um programa de pesquisas alternativo da biologia evolutiva.

 

Inspirada por descobertas recentes, a SEE parte

da premissa de que os processos do desenvolvimento exercem papéis importantes como causas de variações fenotípicas novas (e potencialmente benéficas), como causas de diferenças de adequação dessas variantes e causas de transmissão para descendentes.

Em contraste com a concepção tradicional, na SEE a criatividade na evolução não é atribuída apenas à seleção natural. Esse modo alternativo de pensar está sendo usado para gerar novas hipóteses e traçar novas agendas de pesquisa. Ainda estamos nos primórdios da SEE, mas já há sinais frutíferos.

 

Se a evolução não se explica só por mudanças

nas frequências de genes; se mecanismos antes rejeitados, como a herança de características adquiridas, revelarem ter importância; e se for reconhecido que os organismos enviesam a evolução por meio de desenvolvimento, aprendizagem e outras formas de plasticidade, tudo isso significa que está emergindo um relato radicalmente diferente e profundamente mais rico da evolução?

 

Ninguém sabe. Mas, do ponto de vista daquela

pessoa que leva os cães para caminhar, a evolução está ficando menos parecida com um passeio genético aprazível e mais com uma luta frenética dos genes para acompanhar agitados processos de desenvolvimento.

 

A Evolução é Múltipla. Ela não é apenas uma

teia, ela é formada por várias teias de geometrias diferentes sobrepostas. Edson Exs

 

 

 

 


 

Kevin Laland é professor de biologia evolutiva

e comportamental na Universidade de St. Andrews, na Escócia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não paramos de evoluir – Biométrica alimentícia

 

 

 

 

Ainda estamos nos adaptando ao mundo ao

nosso redor. Um exemplo é o rápido aumento, nas últimas 100 gerações do Reino Unido, do gene de tolerância à lactose, o açúcar do leite.

Estima-se que há cerca de 11 mil anos, os

homens adultos não eram capazes de digerir a lactose.

 

À medida que os seres humanos começaram a

depender da produção de leite em certas regiões para se alimentar, seus corpos se adaptaram para digerir este alimento, que antes era tolerado apenas por crianças.

 

 

O alimento é o pilar base da vida, foi o tipo de

alimentação que cada homininio adquiriu nos primórdios, foi predominante para sua evolução ou involução (psicorganica). E como esse alimento agia em seu próprio corpo, e como ele era influenciado pelo o espaço-tempo, pela a termodinâmica dos ambientes por onde cruzou, que inferiu grandemente no tipo de vitaminas que foram geradas, transformadas (vitamina D...) em seus organismos. E como isso ocorre ate hoje, temos que analisar o impacto nos organismo que novas foram de alimentação que estão surgindo hoje, como as comidas artificiais inferem no

metabolismo.  Edson Exs

 

 

Em regiões com uma longa tradição de

produção de laticínios, como a Europa, a população é muito mais tolerante à lactose do que na Ásia.

 

"É claro que não deixamos de evoluir e nunca

deixaremos, enquanto continuarmos sendo uma espécie na Terra", diz Bermúdez de Castro.

 

"A própria cultura está influenciando de

maneira decisiva a nossa evolução. E essa influência será cada vez mais importante, no momento em que a tecnologia nos permitir manipular com segurança o genoma humano."

 

"Pode ser que os experimentos de que temos

notícia não sejam muito éticos e tenham riscos. Mas, ao longo dos anos, vai ser possível realizar essas manipulações. Se chegarmos a esse ponto, a mudança evolutiva será extremamente rápida", avalia.

 

 

 

Nada parou de evoluir, porque não podemos

parar a biométrica de agir, em seus processos fisioquímicos, psicorganismos, suas combinações, reações, contrações, recombinações... que vão gerando as mutações, e novas característica no Bioma. Edson Exs

 

 

 

A Seleção Biométrica (Exs), afirma que o Ambiente-organismo, organismo-Ambiente, atuam como colecionadores de caracteres, perpetuando os organismos-

ambientes mais biometricamente adaptáveis a sobreviver em determinado espaço-tempo.

 

 

 

Biométrica Espacial.

 

 

 

 

 

No meu livro Ciensofia l (2019), exponho o

fenômeno dos Gêmeos Sem Paradoxo (de 2005), em que viso novas visões para o fenômeno de dilatação-temporal, sem ter que utilizar as altas velocidades da teoria da Relatividade que diz que um gêmeo astronauta que viajar para o espaço na velocidade da luz, quando este retornar, seu irmão estacionado na Terra, estará mais velho do que ele. 

 

Para minha teoria X, os fenômenos de dilatação

espaço-temporal ocorrem em qualquer nível de velocidade, ou a até mesmo na ‗inercia‘:

 

 

O que fiz, apliquei as teorias Físicas, que expus

no meu Ciensofia l, e as lancei a biologia, desenvolvendo assim, a Evolução Biométrica:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gêmeos Biométricos

 

 

 

Estudo com gêmeos revela os efeitos do espaço no

nosso DNA

       Scott Kelly passou um ano na Estação Espacial Internacional. Seu irmão gêmeo, Mark, ficou na Terra. E a Nasa descobriu o que o espaço fez com seus genes.

                                                            

 

Os irmãos Kelly se tornaram astronautas da

Nasa, ao mesmo tempo, em 1996 – e, com essa escolha de carreira, acabaram doando a vida inteira para a ciência. Em um

experimento inédito chamado de Estudo dos Gêmeos (é claro), 12 universidades se debruçaram sobre os amostras do corpo dos dois para tentar entender como o corpo humano reage ao espaço. E a Nasa acaba de divulgar os primeiros resultados dessa pesquisa.

 

 

Scotty Kelly ficou 340 dias na Estação Espacial

Internacional. A ideia é que ele permanecesse fora do planeta por um intervalo equivalente à duração de uma missão à Marte.

Assim, teríamos uma ideia melhor dos riscos que uma viagem ao Planeta Vermelho traria.

 

Por sorte, Scott Kelly dividiu o útero e

praticamente todo seu DNA com seu irmão Mark Kelly. Mark passou apenas 54 dias no espaço há mais de 10 anos, mas se

aposentou para cuidar da esposa (Gabrielle Giffords, política americana que sofreu uma tentativa de assassinato  e até hoje lida com as sequelas).

 

Uma vez que estava na Terra, Mark

automaticamente se tornou um ―experimento de controle‖. Todos os exames, testes e estudos feitos com Scott foram comparados

com amostras de Mark para entender o que era normal e o que era efeito da longa exposição ao espaço – já que, em termos de genética, ambos são praticamente idênticos.

 

Alguns dos efeitos observados por outros

astronautas também foram sentidos por Scott: problemas de

visão, perda de densidade óssea, dificuldade de circulação e um

rosto inchado (porque a microgravidade não puxa o sangue para as pernas como na Terra).

 

 

Massa vezes conservação é igual a energia ‗congelada‘. Edson Exs

 

 

Mas o Estudo dos Gêmeos é o primeiro a

conseguir medir o impacto do espaço no material genético. Com a exposição prolongada à radiação cósmica, os pesquisadores

imaginavam impactos significativos no DNA de Scott, comparado ao de Mark – só que a mudança não foi bem a que eles esperavam

: 7 bizarrices que acontecem com o corpo no espaço

 

 

Telômeros e velhice

 

 

O envelhecimento humano é um processo

complexo e a ciência ainda não consegue explicá-lo

completamente. Mas um dos fatores relacionadosa ele acontece

nos nossos cromossomos: conforme os anos passam, as pontinhas

dos cromossomos, chamadas de telômeros, vão encurtando.

 

 

A tese era que, com o estresse que o corpo sofre

no espaço, junto com a radiação, os telômeros de Scott ficassem

mais curtos do que o normal para a sua idade. Mas não foi o que aconteceu: enquanto ele estava no espaço, seu telômeros cresceram e ficaram maiores do que os de Mark, na Terra.

 

 

Os pesquisadores que fizeram a análise acham

que a mudança pode ser atribuída à dieta e ao rígido ritmo de

exercícios que Scott seguia na Estação. Mas não pode ser só isso

– porque ao chegar na Terra, os telômeros dele voltaram ao tamanho que estavam antes da viagem.

 

 

 

Esse não foi o único mistério genético que a

pesquisa observou. A metilação do DNA também mudou. Esse

processo acontece quando o corpo adiciona pequenos compostos

orgânicos chamados metil a diferentes áreas do DNA. Uma área com grande concentração de metil, acreditam os

pesquisadores, geralmente significa que os genes naquela região foram ―desativados‖ pelo próprio corpo.

 

Esse processo todo diminuiu de ritmo no corpo

de Scott, modificando menos genes. No corpo de Mark, ele aumentou. E os cientistas ainda não sabem o motivo.

 

 

Essa elasticidade corpórea é dada a pressão

biométrica qual o astronauta foi exposto. Que diminuiu o ritmo do corpo de Scott, modificando menos genes. Edson Exs

 

 

Por fim, os pesquisadores fizeram o

sequenciamento completo do DNA dos dois. Eles variavam pouco

em termos genéticos – algumas centenas de mutações individuais, muito normal, mesmo para gêmeos. Só que eles também analisaram o RNA, uma forma mais simples de material genético.

E, nesse caso, a diferença na expressão dos genes foi bem maior: mais de 200 mil variações entre os astronautas.

 

A ideia agora é analisar cada uma dessas

mudanças de perto – e descobrir se existe algum gene ―espacial‖,

que tenha sido modificado ou ativado simplesmente pela presença prolongada fora do planeta. O Estudo dos Gêmeos deve ser

terminado nos próximos 2 anos – e aí vai dar para saber, com

mais certeza, os efeitos duradouros das viagens além-Terra.

 

 

‗configurações‘ biométricas ambientais:

 

Densidade espacial e sua movimentação, e tipos

de nutrientes  o astronauta alimentou-se, e como ele pode ter sofrido inferência  pelo o ambiente biométrico espacial (raios, cósmicos...), os tipos de movimentos físicos que executou, o nível de estresse que lhe influenciou, ‗uso e desuso‘ das funções psicorganicas, a termodinâmica, inferência da radiação solar, ou dos fenômenos lunares...  Assim gerando variações em seu metabolismo, genes.

 A Evolução Biométrica é múltipla. 

Até que ponto a nave, seu uniforme é capaz de

conter os fenômenos espaciais, e reter as poderosas partículas subatômicas. A pressão biométrica espacial dilataram os telômeros de Scott, tornando-os maiores do que os do seu irmão Mark, na Terra.

Por isso quando Scott voltou para a Terra, seus

telemores, voltaram ao tamanho que estavam antes da viagem, porque o ambiente biométrico terrestre desfez os efeitos biométricos gerados no espaço.  Edson Exs  -  Seleção Biométrica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Inteligência-emocional dos seres vivos 

- Biométrica

 

Para a Biométrica os animais, possuem

capacidades neuro-mentais, que desenvolvem inteligências e emoções (uma parte do que sentimos, eles ‗também‘ sentem), e  alguns até mesmo desenvolveram culturas, como é o caso do corvo, e do macaco prego. E como já explicado alta capacidades psicorganicas  biométricas.

Seleção Biométrica dividindo os seres vivos

conforme seus graus de inteligência e emocional.

 

Racional – Humanos.

 

Senciente  - são os que possuem um nível mais

elevado de inteligência e emocional, e que alguns são capazes até mesmo de produzir culturas, como os corvos e os macacos pregos.  Golfinhos, orcas, abelhas...

 

Infraciente – crocodilos, cobras, louva-deus ...

 

Monociente – plantas, lesmas, bactérias...

 

 

A biologia evolutiva

 

 

 

e as ciências do comportamento e do cérebro

têm demonstrado que o sistema nervoso dos humanos tem semelhanças impressionantes com o de alguns animais, especialmente de outros mamíferos.

 

 

                                                          Uma pessoa com inteligência mediana é

capaz de distinguir entre o que é justo e o que não é. Primatas como os macacos-prego também possuem essa capacidade.

Esses mamíferos se negam a cooperar quando

sentem que foram tratados injustamente, de acordo com um estudo do Yerkes Primate Center, em Atlanta, nos Estados Unidos.

 

 

Os cientistas desse centro executaram um

experimento no qual davam pedaços de pepino a um grupo destes macacos em troca de cartões de plástico.

 

Depois, um dos pesquisadores deu a apenas um

dos animais uma uva - alimento que eles preferem ao pepino.

 

Logo em seguida, os demais se recusaram a

continuar colaborando. Alguns até jogaram os pedaços de pepino nos rostos dos cientistas.

 

 

2. Desejo de vingança

 

a ideia de vingança já passou alguma vez pela

cabeça de quase todos os humanos, não há razão para pensar que o mesmo não aconteça com alguns animais.

Aliás, é famoso o episódio registrado na Índia

em 2016, quando uma manada de elefantes invadiu a aldeia de Ranchi, no nordeste do país, forçando os moradores a fugirem para sobreviver.

 

Os elefantes buscavam o corpo de uma fêmea

que havia morrido após cair em um canal de irrigação.

Outros animais também se mostraram

rancorosos e vingativos com adestradores agressivos.

Os chimpanzés, por exemplo, guardam em seus

cérebros quem são seus amigos e seus inimigos. Se um agride o outro, seus companheiros podem se vingar.

 

 

3.   Amor materno

 

 

Como em outras espécies, o sentimento materno

das mães primatas já foi demonstrado pela ciência

Os seres humanos que têm filhos tendem a ser

amorosos e protetores com eles. De tão conhecida, a frase "Não há amor como o de uma mãe" já até virou clichê.

E, em seu livro, Pablo Herreros compila vários

exemplos de amor materno de animais que cuidaram de suas crias com tanta paixão como o faria uma pessoa.

 

 

Este foi o caso de Christina, uma chimpanzé da Tanzânia cujo filhote nasceu com uma condição que provoca sintomas similares aos da Síndrome de Down e uma hérnia que o impedia de sentar sozinho.

 

 

Pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão, testemunharam o extremo cuidado desta mãe, que às vezes deixava de comer para cuidar de seu bebê.

A filhote morreu aos dois anos de idade. E na

época, Christina não deixou que outros a carregassem, como se soubesse que ninguém poderia fazer isso melhor do que ela.

O caso de uma mãe elefante e sua filha - que foi

roubada da manada para ser levada a um campo de trabalho - também mostra esse lado das emoções no mundo animal.

Três anos depois elas se reencontraram após

esforços de uma organização conservacionista. As duas ficaram quietas durante uma hora, mas, depois, começaram a unir suas trombas e a se acariciar.

 

 

4.   Sofrimento por amor

 

 

As araras, por exemplo, podem não suportar a

perda de um companheiro

 

 

Rompimentos amorosos e a perda do parceiro,

ou da parceira, são motivos de sofrimento para muita gente.

E Herreros destaca em seu livro como as araras,

que são fiéis a seus parceiros a vida inteira, são criaturas especialmente frágeis diante deste tipo de perda.

Por exemplo, se um dos dois morre

repentinamente, é difícil para o outro suportar: ele geralmente para de comer e enfraquece.

Alguns chegam a perder tanta força que não

conseguem mais se agarrar aos penhascos onde vivem e acabam caindo no vazio, morrendo esmagados contra as rochas. Uma forma de suicídio por amor

 

5. Capacidade de confortar o outro

 

Ratos, assim como golfinhos, cães e elefantes,

entre outros, são capazes de confortar um parceiro que está sofrendo

 

Não são apenas as pessoas que são capazes de

ter empatia e sentir compaixão pelos outros.

Um estudo publicado na revista Science em 2016 demonstrou que animais como ratazanas ou ratos do campo são capazes de perceber quando seus pares estão sofrendo, e de oferecer a eles conforto.

Ao colocar um desses roedores junto com outro

altamente estressado, os pesquisadores mostraram que o animal que estava bem era extremamente cuidadoso com o outro, para fazê-lo se sentir melhor.

Quando fazia isso, o cérebro do roedor

estressado gerava oxitocina - conhecida como "o hormônio do amor" - que o fazia recuperar a sensação de bem-estar.

Outros estudos mostraram que os chimpanzés

confortam vítimas de agressão. Algo semelhante acontece com golfinhos, elefantes e cachorros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

de Hardy-Weinberg permite verificar se uma população está evoluindo por meio da avaliação da frequência de um alelo em determinado instante. Se não há mudança nas frequências dos alelos e do genótipo da população ao longo do tempo, diz-se que a população está em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Alguns fatores que podem atuar alterando a frequência dos alelos são a seleção natural, mutação, migração e oscilações genéticas.

 

O que é equilíbrio de Hardy-Weinberg?

 

A mudança na frequência de um determinado

alelo de um gene na população ao longo do tempo pode ser um indício de que esteja ocorrendo evolução. Quando a população não apresenta essa alteração, diz-se que ela está em equilíbrio de Hardy-Weinberg, o qual foi proposto, de forma independente, no ano de 1908, pelo matemático inglês Godfrey Hardy e pelo médico alemão Wilhelm Weinberg.

 

Uma população encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg quando sobre ela apenas estão agindo a segregação mendeliana e a recombinação de alelos – não atuando, assim, outros fatores evolutivos –, e a população não apresenta alteração na frequência de alelos ao longo das gerações.

Uma população em equilíbrio de HardyWeinberg não sofre ação de fatores evolutivos.

Para que ocorra o equilíbrio de HardyWeinberg, algumas condições são necessárias, como:

   A população deve ser suficientemente

grande;

   Os cruzamentos entre os indivíduos devem

ocorrer ao acaso;

   Não pode haver ação de fatores evolutivos,

como migração e seleção natural;

   As taxas de mutação dos genes devem ser

equivalentes.

Assim, podemos observar que o equilíbrio de Hardy-Weinberg não ocorre em populações reais, pois essas são constantemente afetadas por diversos fatores evolutivos, como veremos a seguir.

 

Fatores que alteram o equilíbrio de HardyWeinberg

 

O equilíbrio de Hardy-Weinberg não ocorre

em populações reais, pois elas são afetadas constantemente por fatores que influenciam as frequências alélicas e genotípicas, o que altera o seu equilíbrio. Alterações nas frequências alélicas e genotípicas ao longo do tempo levam à evolução.

As mutações permitem o surgimento de novos alelos nas populações.

Os fatores evolutivos que alteram o equilíbrio

de Hardy-Weinberg são:

 

 

   Migração: a chegada e a saída de

indivíduos podem provocar mudanças nas frequências alélicas e genotípicas da população, pois genes estão sendo retirados e introduzidos. Assim, os indivíduos que estão chegando podem apresentar diferentes taxas de determinados genes e afetar as taxas que estavam presentes na população original.

 

 

   Mutação: ocorrem ao     acaso,        sendo

responsáveis pelo surgimento de novos alelos. Por meio delas, um alelo (A), por exemplo, pode dar origem a um novo alelo (a). Se esse alelo (a) apresentar uma maior viabilidade, ele será transmitido aos descendentes e se tornará mais frequente na população que o alelo (A).

 

 

Não e existe acaso

 

 

   Seleção natural:  dentro de uma mesma

população, os indivíduos apresentam variações nas suas características herdáveis. Indivíduos que apresentam características mais adequadas ao ambiente tendem a produzir uma maior prole do que aqueles sem essas características, que tendem a ser eliminados.

  

   Oscilação gênica ou deriva genética: são

alterações nas taxas de genes que ocorrem ao acaso, não por mutação ou pressão seletiva, em populações pequenas.

 

 

Os mais biometricamente adaptáveis, em

escalas bio-fisica-quimicas sobrevivem, e passam as

características adquiridas as próximas gerações. Essas variações

são ‗inevitáveis‘, porque cada organismos tende a ser diferente do

outro, a forma como ele se desenvolveu, alimentou-se, o bioma dentro de cada um deles e em torno, e isso cria as oscilações gênicas ou deriva genéticas, independente das mutações ou

pressões seletivas, em populações pequenas, ou grandes, ou

mesmo de individuo para individuo. E entre o Ambienteorganismo, organismo-Ambiente. Edson Exs

 

 

Neandertal – qual é a diferenças entre eles

e o homo sapiens?

 

 

―O sexo de neandertais com outras espécies

demonstra que eram muito mais sociáveis do que nós‖

O cientista sueco alerta que modificar

geneticamente embriões pode acabar criando uma nova espécie

 

Os neandertais mantiveram relações com

os Homo sapiens. Não só sociais, mas também sexuais. Sabemos disso porque o biólogo sueco Svante Pääbo (Estocolmo, 1955) sequenciou o genoma dos restos de uma menina encontrados nos montes Altai, na Sibéria, e demonstrou que era filha de mãe neandertal e pai sapiens. Segundo Pääbo, essa combinação confirma que nossos ancestrais eram muito mais sociáveis do que nós. ―Dois seres que eram muito mais diferentes entre si do que nós em relação a qualquer outro humano mantiveram relações sexuais e tiveram filhos. Isso descreve com perfeição quão diferentes eram dos humanos atuais‖, afirma.

Além disso, para o cientista, que proferiu uma

palestra em um evento em Alicante, convidado pelo Instituto de Neurociências UMH-CSIC, determinar com exatidão se sapiens e neandertais eram espécies diferentes é irrelevante. O que conta é que parte de nosso código genético guarda traços de nossos ancestrais imediatos. ―A influência neandertal pode ser vista em todo o nosso genoma‖, afirma Pääbo. Continuamente aparecem estudos científicos que concordam sobre a herança neandertal dos genes relacionados a ―diabetes, doenças de pele ou do sistema imune ou com abortos espontâneos‖. Também deles vem a ―resistência às doenças procedentes da bactéria Helicobacter pylori‖, que afeta o estômago.

No entanto, deixaram menos traços justamente

em toda a parte genética que afeta os testículos. ―Isso pode indicar algum aspecto negativo na reprodução‖, afirma Pääbo, o que explicaria a prevalência do sapiens em relação a seu antecessor, entre outros fatores. ―Talvez só as fêmeas tenham sobrevivido‖, arrisca o diretor do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva de Leipzig (Alemanha), ―e sabemos que morriam muito mais jovens e que sua vida reprodutiva era mais curta‖. Apesar disso, a capacidade tecnológica do humano moderno parece ser muito mais determinante. ―A tecnologia dos neandertais é homogênea, igual na Espanha e na Sibéria‖, explica, ―mas os sapiens souberam evoluir muito rapidamente e é possível saber a procedência de um resto só por seu grau de avanço tecnológico‖.

Pääbo é considerado o pai da paleogenética e

recebeu no ano passado o Prêmio Princesa de Astúrias de Pesquisa Científica e Técnica por suas descobertas. Entre outros, os realizados com o material que vai aflorando no sítio de Atapuerca, em Burgos (Espanha). Em suas mãos está a raiz de nossa árvore genealógica. Nosso antepassado mais antigo, de cerca de 430.000 anos. Pääbo acredita que este ano consiga decifrar ―os 10% do genoma do homem de Sima de los Huesos‖. ―Mas não estamos seguros de conseguir‖, acrescenta.

O biólogo escandinavo acredita que ―estamos

apenas no início‖ da revolução científica que nasce do genoma. Mas, ao mesmo tempo, admite que gerou-se certa comoção midiática em torno do DNA – DNA para decifrar nosso passado, para descobrir criminosos, para compreender até o último canto do planeta, como panaceia para todos os males. ―A genética contém uma parte importante de nossa história‖, destaca, ―mas não toda a informação que reunimos como espécie‖. ―Se vou à Grécia, me impacta estar no berço da civilização ocidental, da democracia, da arquitetura‖, exemplifica, ―mas nem um de meus genes sequer tem algo a ver com a Grécia‖. Pääbo insiste em reduzir a pressão sobre sua especialidade. ―O DNA encontrado na cena de um crime pode indicar quem é o assassino, mas no estudo genético dessa mesma pessoa nada vai indicar que possa ser um assassino.‖

O biólogo também adverte que convém

delimitar os usos do conhecimento do código genético. E se refere ao caso de He Jiankui, o cientista chinês que anunciou o nascimento dos primeiros bebês modificados geneticamente. ―O consenso geral na comunidade científica é que não se pode manipular o DNA na linha germinal‖, ou seja, na fase de gestação embrionária. Os perigos são desconhecidos, mas ―a gestação de um filho modificado geneticamente poderia criar inclusive uma nova espécie‖, pois ―não sabemos que repercussões a introdução de uma mudança em um único gene pode causar no genoma‖. Em sua opinião, as novas técnicas genômicas devem ser dedicadas exclusivamente ―a usos terapêuticos, para curar doenças‖.

      

  

 

 

 

Antropologia Genética

 

 

 

 

Há 100 mil anos, espécie de hominídeo estava

na região enquanto outros antepassados do Homo sapiens já habitavam diferentes partes do mundo.

INDONÉSIA FOI O ÚLTIMO LOCAL OCUPADO PELO HOMO ERECTUS HÁ 100 MIL ANOS 

 

 

Fósseis de Homo erectus encontrados em Java,

na Indonésia, indicam que a região foi a última morada desses antepassados. Crânios analisados têm entre 108 mil e 117 mil anos de idade, o que torna as ossadas as mais "jovens" já descobertas da espécie, segundo estudo publicado na revista Nature.

Homo erectus é a primeira espécie humana

conhecida a evoluir as proporções modernas do corpo, incluindo braços curtos e pernas mais longas, características que indicam um caminhar ereto. Essa é a espécie mais próxima do Homo sapiens a deixar a África e se espalhar pelo mundo. 

"Quando o Homo erectus morava em Ngandong

[Java], o Homo sapiens já havia evoluído na África, os neandertais estavam evoluindo na Europa e o Homo heidelbergensis estava evoluindo na África", disse o coautor do estudo Russell Ciochon, ao Smithsonian. "Basicamente, o Homo erectus é o ancestral de todos esses hominídeos .

 

As ossadas foram desenterradas perto das

margens do Rio Solo no início dos anos 1930 por pesquisadores holandeses que avistaram um antigo crânio de rinoceronte saindo de sedimentos à beira do rio. Quando escavaram a região, eles encontraram, dentre outros itens, os crânios de Homo erectus.

Mas foi só recentemente, com o

desenvolvimento da tecnologia, que especialistas puderam investigar melhor os achados. Há dez anos, a equipe de Ciochon resolveu investigá-los. 

 

ESCAVAÇÕES EM JAVA, NA INDONÉSIA,

EM 2010 

 

 

 

A erosão do rio e a constante presença da água

dificultaram o trabalho. Ainda assim, os especialistas conseguiram explorar a região e calcularam a idade da região geológica, o que os permitiu deduzir a idade dos ossos. ―Nunca podemos ter certeza de que encontramos o primeiro ou o último representante de qualquer espécie‖, explicou a pesquisadora Aida Gómez-Robles à Science. ―[Mas] uma data da última aparição de aproximadamente 100 mil anos atrás para H. erectus parece razoável." 

 

Na pesquisa, os arqueólogos sugerem que

os Homo erectus morreram no rio e seus corpos foram levados pela água. Assim, os cadáveres se misturaram com a lama e afundaram na terra, permanecendo lá até a década de 1930.

 

A maior parte dos esqueletos foi perdida, mas os

crânios estudados foram suficientes para trazer novas informações à história da espécie. Patrick Roberts, especialista que não fez parte do estudo, considera que a datação sustenta que o H.

erectus estava em Java no mesmo período em que o Hominídeo de Denisova – espécie descoberta na Sibéria. 

Ele pondera que mais estudos são necessários,

pois as evidências são poucas. "De qualquer forma, o sudeste da Ásia é claramente agora um dos lugares mais emocionantes para se trabalhar nas origens humanas", disse Roberts à Science. Copyright © 2019

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO BRASILEIRO PODE MUDAR

TUDO O QUE SABEMOS SOBRE A EVOLUÇÃO HUMANA

 

 

Por Rafael Rodrigues da Silva | 11 de Julho de

2019 às 20h19

A história do surgimento do homem moderno e

o início da humanidade já é algo bastante complicado, mas cientistas brasileiros fizeram uma descoberta que pode mudar para sempre tudo o que já sabíamos sobre ela.

Isso porque pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) escavaram o vale do rio Zarqa (na Jordânia) e encontraram centenas de ferramentas de pedra lascada, produzidas por mãos humanas, que possuem entre 1,9 e 2,5 milhões de anos de idade.

O ―problema‖ é que, de acordo com a teoria

vigente para o início da humanidade, é que o primeiro homo (linhagem que deu origem aos seres humanos modernos) que deixou a África e se espalhou por outras regiões do globo foi o Homo erectus, e essa dispersão aconteceu entre 1,8 e 2 milhões de anos atrás. Assim, com a descoberta das ferramentas na Jordânia, a ideia agora é que essa dispersão já havia começado há pelo menos meio milhão de anos antes.

A nova narrativa para a evolução humana foi

apresentada no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e, ainda que o trabalho não chegue a cravar quem foi o responsável por essa dispersão anterior ao Homo erectus, o pesquisador Walter Neves (professor aposentado do Instituto de Biociências da USP e pesquisador do IEA) tem convicção de que o responsável por criar aquelas ferramentas encontradas na Jordânia foi o Homo habilis. Para Neves, ele é o principal e único suspeito, pois era a única espécie que já vagava pela África há 2,5 milhões de anos.

Pedras lascadas encontradas na Jordânia,

que provariam que o Homo habilis foi o primeiro hominídeo a sair da África (Imagem: Cecília Bastos/USP Imagens)

Os pesquisadores garantem que não há dúvidas

sobre a idade dos artefatos e nem do fato de eles terem sido produzidos por ancestrais humanos, já que há evidências muito claras de lascamento intencional. As peças encontradas são em sua maioria núcleos e lascas de pedra, que os ancestrais mais primitivos do gênero homo usavam para quebrar objetos e cortar peles dos animais dos quais se alimentavam. Neves ainda explica que não foram encontrados fósseis porque a região escavada possui características que acabam não conservando bem os ossos, mas a quantidade de ferramentas encontradas deixa claro que diversos hominídeos viveram naquela região muito antes do que a evolução humana considerava possível.

Um dos maiores especialistas brasileiros em

evolução humana e considerado como ―pai da Luzia‖ por conta de seu trabalho com o fóssil mineiro que virou o símbolo do povoamento das Américas, Neves acredita que as ferramentas encontradas foram produzidas por uma população de Homo habilis recém-saída da África e que se dirigia à região do Cáucaso. Isso porque é naquela região que o Homo habilis daria origem ao Homo erectus, uma espécie maior e mais inteligente de hominídeo, que é considerada a precursora do homem moderno (cientificamente conhecido como Homo sapiens).

Isso explicaria também os famosos fósseis Dmanisi, na República da Geórgia, que possuíam uma grande variedade morfológica e datavam de 1,8 milhões de anos atrás. Para Neves, esses fósseis seriam um exemplo da forma transitória entre o Homo habilis e o Homo erectus, o que explicaria porque os fósseis encontrados possuem características de ambos.

 

Professor Walter Neves com as pedras

encontradas na Jordânia (Imagem: Cecília Bastos/USP Imagens)

 

Os crânios de Dmanisi são o foco de um enorme

discussão científica que tenta explicar o que eles seriam, e muito pesquisadores chegaram até a defender que o Homo habilis e o Homo erectus não seriam espécies diferentes de hominídeos, mas variações de uma mesma linhagem que possui diferenças anatômicas entre si, como acontece com os chimpanzés. Neves acredita que a descoberta da Jordânia e os resultados da pesquisa brasileira irão encerrar de vez essa discussão, pois mostram que a variação existente nos crânios de Dmanisi é exatamente o tipo de coisa que se espera de uma espécie transitória. Assim, o Homo erectus não teria surgido na África, mas evoluído primeiramente na região do Cáucaso e só então migrado para a África, onde as ossadas encontradas datam de 1,8 milhões de anos atrás.

A saída do Homo habilis da África também

ajudaria a explicar a descoberta recente de artefatos de pedra lascada em Shangchen, no leste da China, datadas de 2,1 milhões de anos atrás — ou seja, bem anteriores ao Homo erectus. Neves também acredita que essas ferramentas encontradas no país asiático foram produzidas pelo Homo habilis, o que tornaria a espécie não apenas a primeira a sair da África, mas também a primeira a ocupar a Eurásia.

Assim, Neves é um dos primeiros pesquisadores

a defender que o ―grande desbravador‖ da história da evolução humana não foi o Homo erectus, mas sim o Homo habilis. Apesar de ser bem menor do que o Homo erectus tanto em estatura (1,20 m contra 1,75 m) quanto em volume cerebral (650 cm³ contra 850 cm³), o Homo habilis já era bípede e perfeitamente capaz de andar longas distâncias — algo que os artefatos encontrados na Jordânia e na China parecem comprovar.

Além de Neves, o trabalho também é assinado

por outros seis pesquisadores: Fábio Parenti, arqueólogo do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do

Paraná (UFPR), Giancarlo Scardia, da Universidade Estadual Paulista (UNESP - Rio Claro), Astolfo Araújo, geoarqueólogo do

Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Axel Gerdes, do

Centro de Pesquisa de Elementos e Isótopos da Universidade

Goethe de Frankfurt (Alemanha) e Daniel Miggins, do

Laboratório de Geocronologia Argônica da Universidade do Estado do Oregon (Estados Unidos). O estudo foi publicado no último sábado (6) na revista Quaterly Science Reviews.

Escavação no Vale do Zarqa, onde as

ferramentas foram encontradas pelos pesquisadores brasileiros

(Imagem: Astolfo Araújo)

O lugar de publicação pode parecer meio

estranho, já que normalmente estudos dessa importância — que podem mudar toda a narrativa sobre a evolução do ser humano — costumam ser publicados em revistas de maior impacto, como a Nature ou a Science. Mas Neves explica que nenhuma das duas publicações quis saber do que se tratava o estudo por conta de ter sido uma descoberta brasileira.

Neves afirma que ainda há muito preconceito no

mundo acadêmico da paleoantropologia e que a comunidade científica internacional não acredita que existam pesquisadores sérios e inteligentes em qualquer outra universidade que não esteja nos Estados Unidos ou na Europa. Assim, além das maiores publicações do mundo não terem mostrado interesse em publicar o estudo, o pesquisador sabe que as descobertas brasileiras serão vistas com muito ceticismo pela comunidade acadêmica internacional, pois haverá um movimento muito forte de não aceitação das descobertas pelo fato de elas terem sido feitas por pesquisadores brasileiros.

Mas Neves ainda conta que sempre teve um

único objetivo em mente: não se aposentar sem antes colocar o Brasil no ―mapa‖ dos estudos da paleoantropologia mundial. E, ao fazer com o que provavelmente será o seu último grande projeto de pesquisa seja algo que prove que todo mundo estava errado não apenas em seu preconceito, mas também em sua narrativa de como se deu a evolução humana, será a versão mais próxima que teremos no mundo acadêmico de alguém indo embora chutando a porta e mostrando os dois dedos do meio em riste para todo mundo.

Um estudo recente indica que pode haver um

pouco mais de neandertal no Homo sapiens moderno do que se pensava até agora. Um trabalho coordenado por pesquisadores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, de Leipzig, na Alemanha, estima que a porcentagem de DNA desse hominídeo, extinto entre 30 mil e 40 mil anos atrás, presente nas populações humanas atuais de origem não africana varia entre 1,8% e 2,6% (Science, 5 de outubro). As populações da Austrália e Oceania, seguidas dos asiáticos e europeus, são as que mais apresentam material genético de origem neandertal (ver mapa). Dados anteriores sugeriam que a contribuição dos neandertais, espécie mais próxima do ponto de vista evolutivo do H. sapiens, no DNA humano flutuava entre 1,5% e 2,1%. Na Europa, as duas espécies podem ter coexistido por alguns milhares de anos e houve cruzamentos sexuais entre elas. A nova comparação tomou como base um sequenciamento de alta qualidade do genoma completo de uma fêmea neandertal que viveu há cerca de 55 mil anos. Um fragmento de osso da mulher neandertal foi encontrado na caverna Vindija, na Croácia, a partir do qual foi possível extrair uma amostra de DNA. 

 

Também foram levados em conta nas análises

outros DNAs sequenciados de neandertais, de hominídeos de Denisova (outra espécie extinta) e dos humanos modernos de diferentes partes do globo. Segundo o estudo, há indícios no DNA dos neandertais de que eles receberam material genético dos humanos entre 130 mil e 145 mil anos atrás. Outro achado do trabalho foi ter encontrado nas populações atuais de seres humanos variações de genes de origem neandertal que estão ligadas a aspectos da saúde: níveis de colesterol e de vitamina D no plasma, distúrbios alimentares, acúmulo de gordura visceral, artrite reumatoide, resposta a drogas psicotrópicas e até esquizofrenia.

 

 

 

 

 

Dinossauros da Biométrica

 

 

 

Mas para a teoria da Seleção Biométrica, os

dinossauros e muitos dos animais dessa época, e de todas as

épocas, que desaparecerem da fase da Terra, foram extintos pela a

Seleção Biométrica das eras (e subdivisões), cada época produziu seus próprios processos fisioquímicos pelos os quais se

desenvolveu a biometricidade de cada época. Assim, como demonstra o estudo de cada era.

 

 

Vários fatores fisioquímicos contribuíram para

as mudanças das eras geológicas (e suas subdivisões), na Seleção

Biométrica, como densidade do ar, temperaturas, a densidade do oxigênio, gás carbônico, termodinâmica do ambiente e dos

corpos, efeito estufa, reações vulcânicas, ou seja, a Seleção

Biométrica, acopla todos os fenômenos fisioquímicos  que formam um sistema biológico. O que inclui a movimentação da Terra, dos planetas em torno do Sol, e do Sol, em torno da Via láctea, e da Via láctea, em torno do seu aglomerado galáctico...

 

Para o planeta manter nosso atual movimento de

rotação e de translação. Várias causas agem para manter esses

dois efeitos, inclui-se, por exemplo, as rajadas solares que chegam

a até a Terra de oito em oito minutos. Hipoteticamente se o Sol aumentasse sua intensidade para, 7 em 7 minutos, 6 em 6

minutos, 5 em 5 minutos... Aumentaria gradativamente a

incidência de calor sobre o planeta, o ciclo da água, entraria em

colapso, o núcleo da Terra aumentaria muito sua temperatura, que prejudicaria a térmica em suas placas tectônicas. E afetaria o campo magnético da Terra, e seus movimentos de rotação e translação seriam transformados em outras mediadas (E aumentando esses fenômenos, ela até sairia de orbita do sistema solar).

 

E nesse novo clima haveria uma nova ‗Seleção

biométrica‘, ‗extinguindo‘ os animais de sangue quente, os

mamíferos, principalmente aqueles que dependem de muita

gordura, como os ursos polares. Assim, como a ‗Seleção

biométrica‘, no passado, eliminou os animais de grandes portes e de sangue frio: os dinossauros (as plantas gigantes...), o novo

clima já não lhes era mais favorável, era chegada a hora para os

mamíferos, e neste exemplo acima, os mamíferos é que seriam convidados a se retirarem do ‗baile da vida‘. A Seleção Biométrica (tanto como Conservação, como extinção), é derivada da Teoria X.

 

Os dinossauros foram extintos pela seleção

biométrica das eras: viviam numa era em que fauna e flora,

clima... eram propicias aos animais, plantas... biometricamente

maiores, principalmente os terrestres (e hoje ocorre o inverso), a

atmosfera não possuía totalmente a formação gasosa... da atual. À medida que a atmosfera transformava-se, fauna, flora...

Modificavam-se, os dinossauros não se adaptaram, ou não tiveram tempo para estes novos processos foram extintos. 

Um dos processos biométricos que

exterminou os dinossauros (ou outras espécies) pode ter origem na sexualidade, advinda de uma causa térmica, fazendo com se reproduzissem mais machos do que femeas... de ter demorado milhares de anos com todos esses fatores... assim como a termodinâmica pode ter afetado a reprodução de varias espécies da época, e como a termodinâmica atua hoje, na natureza. 

 

E nesse percurso os mamíferos cada vez mais se

desenvolviam na densa mata, até chegar a hora deles dominarem o planeta.

 

 

 

Mamíferos eram notívagos até extinção dos

dinossauros, diz estudo.

  

 

 

Quando coexistiam com dinossauros, mamíferos

teriam preferido viver escondidos durante o dia para não se tornarem presa fácil. Cientistas recorreram a árvores genealógicas para sustentar teoria.

 

Somente após a extinção dos dinossauros, há

cerca de 65 milhões de anos, é que surgiram os primeiros mamíferos de hábitos diurnos, aponta um estudo publicado nesta segunda-feira (06/11) na revista científica Nature Ecology & Evolution.

"Nós nos baseamos no tempo ativo de

mamíferos vivos para reconstruir as fases ativas dos protomamíferos", afirma Roi Maor, ecologista da Universidade de Tel Aviv e coautor do estudo, feito em parceria com a University College London.

"Os primeiros mamíferos começaram a ter

hábitos diurnos exatamente após o desaparecimento dos dinossauros", prosseguiu. Antes disso, os mamíferos preferiam viver escondidos durante o dia por medo de se tornarem presas fáceis para os dinossauros, apontam os pesquisadores.

 

Os pesquisadores classificaram membros de 2.415 espécies vivas entre diurnos, noturnos ou ambos. Foram utilizados dados de elefantes, cangurus e até morcegos, sendo que esses últimos são notívagos ainda hoje. "Tentamos cobrir toda a diversidade de mamíferos", disse Maor.

Com a ajuda de duas árvores genealógicas, os

pesquisadores tentaram determinar como os diferentes antepassados se comportavam – se eram ativos durante o dia ou a noite ou ambos.

 

 

Viagem de 150 milhões de anos

 

 

"Voltamos mais de 150 milhões de anos para

trás", disse Maor. "Observamos um padrão muito claro: o de que todos os mamíferos que viveram durante a era dos dinossauros eram noturnos."

Naquela época, teriam vivido sobretudo animais

do tamanho de ratos, que comiam insetos e tinham hábitos noturnos. Acredita-se, no entanto, que também havia espécies do tamanho de cães.

 

 

Um dos primeiros animais a se tornar diurno foi,

segundo Maor, o antepassado do macaco. Já os antepassados dos chamados ungulados (mamíferos de casco), como a vaca ou o camelo, seriam ativos durante o dia e a noite.

Até agora, os cientistas tentavam tirar

conclusões sobre hábitos noturnos ou diurnos das espécies a partir das características físicas dos fósseis. Porém, isso é possível sobretudo em tecidos moles, como na retina, por exemplo, algo que geralmente não é preservado em fósseis. É sabido que os macacos de hoje veem cores que são úteis principalmente durante o dia.

Irina Ruf, chefe da seção de mamíferos do Instituto de Pesquisas Senckenberg, em Frankfurt, elogiou o novo método científico. 

 

 

"Os autores tentaram confirmar a hipótese com

um método completamente novo", disse. "Trata-se de uma boa publicação que confirma de forma muito plausível o que se supunha."

Ela criticou, no entanto, o fato de os cientistas

terem ignorado a hipótese alternativa baseada em achados fósseis. "Estes modelos se baseiam apenas em espécies de mamíferos vivos nos dias de hoje; nenhum fóssil foi levado em consideração", disse Ruf.

Achados fósseis sugerem que os grandes grupos

de mamíferos vivos atualmente não têm antepassados mamíferos com mais de 65 milhões de anos. Além disso, segundo tal hipótese, os mamíferos teriam evoluído de maneira incrivelmente rápida, e 65 milhões de anos de evolução seriam curtos demais para a diversidade de mamíferos, aponta Maor. "Eu acho que isso é extremamente improvável."

 

Apesar de comemorarem os primeiros

resultados, os pesquisadores observam que o estudo ainda necessita de árvores genealógicas mais precisas. "É muito difícil provar a teoria, mas nossos resultados a reforçam", disse Maor. IP/dpa

 

 


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